22 Religião e sociedade na América portuguesa Capítulo

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Transcrição da apresentação:

22 Religião e sociedade na América portuguesa Capítulo Aulas 22.1 – Evangelização e religiosidade popular na colônia 22.3 – Os pobres e os escravos da colônia HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO Capítulo 22 – Religião e sociedade na América portuguesa

Evangelização e Inquisição 22.1 – Evangelização e religiosidade popular na colônia Evangelização e Inquisição Um dos objetivos mais importantes da colonização portuguesa era a expansão da fé católica. Aliança entre o Estado e a Igreja → defesa de interesses comuns → colonização das terras americanas e evangelização de africanos e indígenas. Por isso, o projeto de catequização do indígena esteve presente nas intenções portuguesas desde a carta de Pero Vaz de Caminha.

Evangelização e Inquisição A partir da Reforma Protestante (1517), a Igreja Católica reativou o Tribunal do Santo Ofício → criado para combater as heresias. Depois da Reforma, também assumiu a tarefa de impedir o avanço do protestantismo. O Tribunal não foi instalado no Brasil, mas promoveu visitas esporádicas e perseguiu principalmente os chamados cristãos-novos e os judeus. A denúncia era prática comum entre os cristãos → o acusado era julgado e podia ser condenado à morte. As punições variavam: degredo, prisão, confisco de bens e até condenação à morte.

Religiosidade popular na colônia A religiosidade no Brasil colonial expressava a diversidade étnica da população → portugueses, indígenas e africanos de diferentes povos e culturas. As irmandades leigas foram muito importantes na expressão dessa religiosidade popular: Eram sedes de devoção e de assistência social. Na região das minas, a participação em uma irmandade era condição necessária para a inclusão na sociedade. As irmandades financiaram a construção de diversas capelas e igrejas → fundamentais para o advento do Barroco mineiro.

Uma festa religiosa Festa de Nossa Senhora do Rosário, 1835, de Johann Moritz Rugendas. Gravura retirada da obra Viagem pitoresca através do Brasil. A Ordem Terceira do Rosário dos Pretos era uma irmandade religiosa de negros. REPRODUÇÃO - FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

Características do Barroco mineiro Escultura: destaque para a obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho Pintura: destaque para a obra de Manuel da Costa Ataíde Uso de pedra-sabão para as esculturas Colunas brancas ornamentadas com ouro Pinturas alegóricas, multicoloridas e de efeitos ilusionistas Torres laterais cilíndricas

O Barroco mineiro ALEX SALIM - MUSEU DO OURO, SABARÁ Santana mestra, escultura de Aleijadinho, c. 1780. Madeira dourada policromada.

O Barroco mineiro DORIVAL MOREIRA/SAMBAPHOTO Fachada da igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto, Minas Gerais. Foto de 2007.

Tipos de família na colônia Na colônia, predominou a família patriarcal → caracterizada pela existência do chefe e, em torno dele, os parentes de sangue, os apadrinhados, amigos, os agregados e os serviçais e escravos. Havia também famílias nucleares, especialmente nas vilas e cidades, formadas pelo pai, sua esposa e os filhos legítimos → nesse tipo de família, a figura do pai tem menos poder. Apesar da proibição da Igreja, na colônia existiram práticas de uniões ilegítimas e separações de casais → para a população pobre, a união simples, não oficial, era o mais comum.

Os arraiais, as vilas e as cidades da América portuguesa 22.3 – Os pobres e os escravos da colônia A vida nas cidades coloniais As cidades coloniais tinham funções diferentes, dependendo da região em que se encontravam e das atividades que nelas eram desenvolvidas. Os arraiais, as vilas e as cidades da América portuguesa Na região açucareira: Pontos de contato entre a administração e os proprietários locais. Locais de culto religioso. Entrepostos comerciais. Na região das minas: Formam-se em torno das capelas e nos vales dos rios, perto das jazidas. O status de vila garantia a instalação do aparelho fiscal, o que interessava à Coroa. No interior da colônia: Resultado principalmente da expansão da pecuária. Povoados surgiram no caminho dos tropeiros. Locais para realização de feiras de animais.

Os grupos sociais desclassificados População da colônia, a maior parte pobre, sem condição social definida Escravos libertos Mulatos e mamelucos Índios aculturados Brancos pobres Exerciam pequenos ofícios, esporádicos e incertos Homens: sapateiros, alfaiates, barbeiros etc. Mulheres: costureiras, lavadeiras, vendedoras, ambulantes etc.

Setores intermediários e a aristocracia Formou-se também um grupo intermediário, majoritariamente de brancos, o chamado “povo” em Portugal → pequenos proprietários, soldados, artesãos, pequenos comerciantes. O comando da sociedade colonial cabia aos senhores de engenho, aos donos das ricas lavras de mineração, aos contratadores e aos grandes comerciantes.

Escravidão africana no Brasil O trabalho escravo e a resistência Escravidão africana no Brasil Predominante a partir do século XVII nos campos e cidades Nos campos: principalmente na monocultura de exportação, como no caso da cana-de-açúcar, executando diferentes trabalhos Na mineração: na extração de ouro e diamantes Nas cidades: Atividades domésticas Escravo de ganho: funções remuneradas Escravo de aluguel: alugado a terceiros Resistência escrava: fugas, rebeliões, recusa do trabalho, formação de quilombos, realização de práticas religiosas de origem africana, suicídios, negociações com os senhores etc.

Possuir escravos: instrumento de status social Extração de bicho-de-pé, cena no Brasil, c. 1822, pintura de Augustus Earle. Mesmo os grupos sociais menos abastados podiam ter escravos, evidência incontestável da sua condição de livres na sociedade colonial. BIBLIOTECA NACIONAL DA AUSTRÁLIA, CANBERRA

A “brecha camponesa” “Brecha camponesa” → concessão de pequenos lotes de terra aos escravos para produzir gêneros para a sua subsistência e para o mercado interno. Esse sistema permitia ao senhor minimizar os custos de manutenção e reprodução da força de trabalho e possibilitava ao escravo obter recursos para garantir uma melhor condição de vida. A “brecha camponesa” significou mais uma forma de negociação entre os cativos e os senhores → condição necessária para a vida em sociedade diante dos grandes conflitos gerados pelo sistema escravista.

Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna   EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres   © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO