Circulação Geral da Atmosfera

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Transcrição da apresentação:

Circulação Geral da Atmosfera

O CLIMA DO BRASIL O clima de qualquer região pode ser entendido em termos da circulação de grande escala da atmosfera – CGE (ex. células convectivas de Hadley-Walker) associada aos sistemas atmosféricos de escala sinótica (ex. para o NEB: frentes frias, VCAN) e da circulação de escala local – CEL (ex. circulações de brisas, convecção por ascensão dinâmica, circulações vale-montanha). A CEL é influenciada pelas características da superfície: topografia, cobertura vegetal, água/gelo/terra, diferenças térmicas continente-oceano. CGE têm como fonte física térmica importante de influência direta as chamadas condições de contorno (ex. TSM). A CGE é resultado: (i) do aquecimento diferenciado do globo pela radiação solar. (ii) da distribuição assimétrica dos oceanos e continentes. Os padrões de circulação gerados na atmosfera redistribuem calor, umidade e momento pelo globo de forma não homogênea, podendo aumentar ou diminuir diferenças regionais. O clima é o resultado “médio” da interação da circulação geral da atmosfera com as características locais, podendo ou não apresentar variações segundo a época do ano => O clima não pode ser alterado em curtos períodos de tempo.

Circulação Geral da Atmosfera Os movimentos atmosféricos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões As diferenças de pressão são devidas à incidência e absorção da radiação solar de maneira distinta entre duas regiões Na macro-escala, devido à posição relativa Terra-Sol, os raios solares são mais intensos e mais absorvidos na região Equatorial do que nos Pólos Isso faz com que a atmosfera seja mais expandida no equador e mais contraída nos pólos

Circulação Geral da Atmosfera Modelo Teórico Ventos de E (“easterlies”) Ventos de W (“westerlies”) Alísios de NE (“trade winds”) Alísios de SE Ventos de W Ventos de E

Circulação Geral da Atmosfera (a) Modelo teórico da circulação geral da atmosfera (b) Condição média observada da circulação geral da atmosfera

O CLIMA DO BRASIL – CÉLULA DE HADLEY Célula de Hadley: direção norte-sul. A Zona de Convergência Intertropical – ZCIT está localizada no ramo ascendente da célula de Hadley. Um dos sistemas meteorológicos mais importantes que atuam nos trópicos. Parte integrante da circulação de grande escala da atmosfera. Circulação geral da atmosfera. Fonte: http://www.geology.um.maine.edu/ges121/lectures/20-monsoons/hadley.jpg

O CLIMA DO BRASIL – ZCIT Essa circulação atua no sentido de transferir calor e umidade (dos oceanos) dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para médias e altas latitudes (manutenção do balanço térmico global). Principal fonte de precipitação nos trópicos. Banda de nuvens convectivas alinhadas na direção leste-oeste identificadas em imagens de satélite. Circulação geral da atmosfera. Fonte: http://www.geology.um.maine.edu/ges121/lectures/20-monsoons/hadley.jpg

ZCIT – CARACTERÍSTICAS GERAIS zona da banda de máxima cobertura de nuvens convectivas; zona do cavado equatorial; zona de confluência dos alísios (ZCA); zona de máxima convergência de massa; zona de máxima temperatura da superfície do mar. OBS.: Essas zonas não se apresentam sobre a mesma faixa de latitude e sim próximas umas das outras interagindo entre si (Hastenrath e Lamb, 1977; Hastenrath e Heller, 1977; Estoque e Douglas, 1978).

ZCIT – IDENTIFICANDO A POSIÇÃO Diferentes variáveis físicas são utilizadas para se estudar a ZCIT: cobertura de nuvens; componente meridional do vento; temperatura de brilho; radiação de onda longa; pressão ao nível médio do mar (PNMM); temperatura da superfície do mar.

ZCIT – IDENTIFICANDO A POSIÇÃO Latitude Média da ZCIT – Longitude 45ºW -8 -6 -4 -2 2 4 6 1 3 5 meses Latitude Mínima temp. de brilho Vento meridional nulo Latitudes médias mensais da ZCIT em função da banda de nebulosidade e do vento meridional nulo para a longitude de 45ºW. Fonte: Marques e Baungartner, 2008 Flutuação da ZCIT em abril de 1974. O ano de 1974 foi um ano muito chuvoso no Ceará. Fonte: Xavier et al, 2000. Média climatológica de ROL (W/m2) para o período de 21 anos (1979-1999) para o mês de março. Fonte: Coelho et al, 2004

ZCIT – POSICIONAMENTO A ZCIT apresenta uma variabilidade sazonal com relação à sua posição geográfica. O conjunto de características que forma a ZCIT possui um deslocamento latitudinal no decorrer do ano e varia de acordo com o movimento aparente do Sol (equador térmico). A ZCIT tem uma dependência direta com o aquecimento da superfície, estando sempre mais próxima do hemisfério de verão. Alcança a posição média mais ao sul (~1ºS) nos meses de março e abril e mais ao norte (~8ºN) nos meses de agosto e setembro (Uvo, 1989) Em média, a ZCIT ao longo do globo fica para o norte do equador durante o verão no HN e para o sul durante o verão do HS. Além da oscilação sazonal, a ZCIT apresenta oscilações com maiores freqüências com períodos variando de semanas a dias. Essa variação na posição da ZCIT pode resultar em períodos de estiagem ou de chuvas intensas sobre o sertão nordestino durante a estação chuvosa (FMAM) (Kousky, 1985).

ZCIT – POSICIONAMENTO: INFLUÊNCIA DAS ÁREAS CONTINENTAIS A distribuição global dos continentes influencia os sistemas de ventos de grande escala nos trópicos. Na região dos Oceanos Atlântico e Pacífico, os continentes têm menor influência, predominando os ventos alísios de leste (variação leste-oeste na termoclina/profundidade das águas). A grande quantidade de terra que envolve o Oceano Índico faz com as monções que cruzam o equador terrestre sejam mais proeminentes do que os alísios. Posição na superfície da ZCIT em julho e janeiro. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:ITCZ_january-july.png

ZCIT – POSICIONAMENTO: INFLUÊNCIA DAS ÁREAS CONTINENTAIS Pequena oscilação latitudinal entre as longitudes de 160ºW e 10ºE (Pacífico leste e Atlântico) Grande migração da ZCIT nas longitudes a leste da África, Austrália e Ásia. Posição na superfície da ZCIT em julho e janeiro. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:ITCZ_january-july.png

ZCIT – INFLUÊNCIAS NO TEMPO E NO CLIMA Influencia a precipitação nas áreas tropicais dos continentes africano, americano e asiático (Hastenrath e Heller, 1977; Lamb, 1978). Um dos principais sistemas geradores de precipitação na região Norte e Nordeste do Brasil. Máximo de precipitação sobre o norte e nordeste do Brasil ocorre em março e abril, época que a ZCIT atinge suas posições mais ao sul. Nas regiões equatoriais, define-se estação seca e chuvosa ao invés de estação de verão, outono, inverno e primavera. Um aspecto importante para prever a qualidade da estação chuvosa é prever quando a ZCIT iniciará o seu retorno para o norte após atingir sua posição mais ao sul (Nobre e Uvo, 1989). A permanência da ZCIT em torno de suas posições mais ao sul é o fator mais importante na determinação da qualidade da estação chuvosa no NNE do Brasil, pois define a duração da estação chuvosa (Nobre e Uvo, 1989).

ZCIT – POSIÇÃO CLIMATOLÓGICA: MARÇO E ABRIL A ZCIT encontra-se sobre todo o Oceano Atlântico Tropical; Numa faixa de latitude de 6ºN - 5ºS; A banda convectiva localizada sobre a região costeira nordestina e africana confunde-se com a convecção tropical sobre os continentes e também com os sistemas frontais da AS no mês de março. Média climatológica de ROL (W/m2) para o período de 21 anos (1979-1999) para: a) mês de março, b) mês de abril. Fonte: Coelho et al, 2004

ZCIT – POSIÇÃO: MARÇO, ABRIL e MAIO de 2008 15 de MARÇO de 2008 15 de ABRIL de 2008 15 de MAIO de 2008 15ºN 5ºS Fonte: http://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/cartas/cartas.htm

ZCIT – POSIÇÃO: JUNHO, JULHO e AGOSTO de 2008 15 de JUNHO de 2008 15 de JULHO de 2008 15 de AGOSTO de 2008 15ºN 5ºS

ZCIT – POSIÇÃO: SETEMBRO de 2008 15 de SETEMBRO de 2008 15 de OUTUBRO de 2008 15ºN 5ºS Fonte: http://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/cartas/cartas.htm

ZCIT – PRECIPITAÇÃO REGIÃO NORTE:

ZCIT – PRECIPITAÇÃO REGIÃO NORDESTE: