“Vendo o invisível” utilizando materiais simples e de baixo custo

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
B . RECORDANDO A AULA ANTERIOR:    PONTO OBJETO PONTO IMAGEM
Advertisements

Radiação do corpo negro
Introdução à Detecção Remota
Geomática Aplicada à Gestão de Recursos Hídricos
Transmissão de Calor.
Luzes e Cores: A visão da Física
Sensoriamento Remoto Prof. Francisco de Assis de Carvalho Pinto
Iana Alexandra Alves Rufino
João Francisco Carvalho de Melo Matheus Gehling Liska
Visão Computacional Imagem: Reflexão
COLÉGIO MACHADO DE ASSIS - CEMA
COR.
FÍSICA TERCEIRO ANO Giovani.
Nomes:Mateus,Marco,Rafael,Mayke,krystian
Introdução à Óptica Geométrica
ÓPTICA GEOMÉTRICA.
Prof. Regis Guimarães Colégio Planeta Transmissão do Calor.
Revisão de Conceitos Básicos Hardware (Parte 2)
Instrumentação Eletrônica Prof: Luciano Fontes Cavalcanti
Professor: Diones Charles
Teoria da Cor.
Sensoriamento Remoto: uma breve introdução
Como funciona o CCD Este é o CCD.
Acção da atmosfera sobre a radiação solar

Óptica Introdução à Óptica.
Computação Gráfica - Cor
Fotografia Prof. Fabio Aguiar
Óptica Para enxergar as coisas a seu redor ( luz do Sol, de tocha, de vela, de lâmpada ), o ser humano sempre necessitou de luz. Sem ela seria impossível.
MOUSE LASER Trabalho da disciplina de Física 4
Emissão e absorção de radiação
ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI.
Prof. Wosney Ramos de Souza
Estrutura e funcionamento de um computador
Que informações podemos obter a partir da luz emitida pelas estrelas?
Capítulo II – Imagem Digital
Termômetro de infravermelho digital
Universidade Federal de Itajubá
SEMICONDUTORES.
FÍSICA Do grego, que significa natureza, pois nos primórdios eram estudados aspectos do mundo animado e inanimado. Atualmente, é a ciência que estuda.
LUZ.
Radiação do corpo negro
FENÔMENOS ÓPTICOS E ESPELHO PLANO
Radiação Solar. Balanço de Radiação
Introdução à Detecção Remota. Algumas referências John R. Jensen, Remote Sensing of the Environment: An Earth Resource Perspective (Prentice Hall).
Leis de Radiação para Corpos Negros
Optoeletrônica - fotodetectores e fotoemissores
Prof: Hugo Cesário.
Origem do Universo.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Ciências
Unidade Um Do Sol ao Aquecimento
Comportamento e Natureza da Luz
Conceitos Básicos de Óptica Geométrica
Sustentabilidade na Terra
1. ENERGIA – DO SOL PARA A TERRA
Professor: Diones Charles
Fenômenos Ópticos.
Óptica Geométrica: Conceitos e princípios
ESPECTROS/RADIAÇÕES/ENER GIA
Luz e a Biologia.... A Luz e Sua Natureza Corpuscular A luz é conhecida por agir em forma de corpúsculos de energia conhecidos como fótons. Os fótons.
Prof. Rodrigo Alves do Carmo
Ondas Onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio. Uma onda transfere energia de um ponto para outro, mas nunca transfere.
Energia solar 4ª Conferência de FMA 1. Energia solar A energia que o sol irradia é a que é libertada durante as reacções de fusão nuclear na sua parte.
É uma onda eletromagnética
LUZ E COR.
Espectroscopia no Ultravioleta e no visível
Apresentação e Aplicações de Óptica Geométrica (ENEM/UERJ)
Prof.: Raphael Carvalho. ÓPTICA GEOMÉTRICA É a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a luz e sua interação com meios materiais quando.
Noções de cores Cor é como o olho dos seres vivos animais interpreta a reemissão da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio.
Proposta Experimental 3.1 do livro
Transcrição da apresentação:

“Vendo o invisível” utilizando materiais simples e de baixo custo Daniel Micha1,2,3,4,Germano Penello2,3,4, Rudy kawabata2,4, Teo Camarotti2,4 1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UnED Petrópolis – RJ 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos Semicondutores – CNPq - Brasil 3Instituto de Física – Universidade Federal do Rio de janeiro – RJ 4Laboratório de Semicondutores – CETUC – PUC - RJ 1 - Introdução II – Aplicações secundárias A luz que enxergamos é apenas parte de um amplo espectro de radiação existente na natureza. Nossa visão é limitada à radiação na faixa de comprimentos de onda entre 400 e 700 nm, denominada luz, mas existem diversas aplicações que utilizam as radiações invisíveis fora dessa faixa. Exemplos cotidianos são o forno de microondas, aparelhos de raio-X, rádio, TV, etc. Aplicações secundárias com a radiação infravermelha são aquelas que utilizam a radiação advinda do processo de interação com um corpo ou material. Como exemplo podemos citar a detecção de gases. Todo gás absorve radiação. Isso se deve ao fato de que, com a absorção da energia contida na radiação, há uma excitação nos graus de liberdade internos das moléculas do gás. Como a estrutura geométrica das moléculas de cada gás é diferente, a radiação absorvida também será diferente. Por esse motivo, cada gás tem um espectro de absorção único, que o caracteriza. Geralmente, os espectros de absorção dos gases possuem peculiaridades no infravermelho. Dessa forma, detectando a radiação infravermelha transmitida, é possível identificar o tipo e a quantidade de gás presente em um ambiente. A radiação infravermelha tem diversas aplicações em nosso cotidiano. Dentre as mais comuns podemos citar os sensores de presença, controle remoto em TV e videogames, câmeras de imageamento térmico e de visão noturna, etc. Neste trabalho mostraremos um jeito interessante de visualizar a radiação infravermelha detectada por uma câmera digital de computador (webcam). Para atingir esse propósito, a webcam deve ser alterada, já que originalmente ela não detecta esse tipo de luz. 3 – Detectando a luz infravermelha A câmera digital (webcam) 2 – Aplicações com infravermelho Uma câmera digital é um sistema de imageamento que utiliza um material semicondutor – o silício – para a captação da luz. Esse material possui um espectro de absorção de radiação que possibilita sua utilização em diversas aplicações. Isto se dá pelo fato de captar tanto a luz visível (400 – 700 nm) quanto o infravermelho próximo (700 – 1400 nm). I – Aplicações primárias Aplicações primárias com a radiação infravermelha são aquelas que utilizam diretamente sua interação com o detector. Dentre elas podemos citar os sensores de presença, o controle remoto e as câmeras de imageamento térmico e noturno. O uso dessas aplicações se dá em diversas áreas do conhecimento humano: medicina, astronomia, meteorologia, militar, engenharias, etc. 4 Uma câmera digital convencional possui um filtro de infravermelho para que essa radiação não atinja o sistema de imageamento e interfira na imagem. Para que a câmera volte a ser sensível à essa radiação, devemos remover o tal filtro. A remoção do filtro da câmera é um processo simples. Após a abertura do invólucro, deve-se separar a parte eletrônica (CCD e placa) da parte óptica (sistema de lentes). Isolado o sistema de lentes, deve-se retirar seus componentes do suporte (como fazer isso vai depender de cada câmera), prestando bastante atenção à ordem em que estão montados. Um desses componentes será o filtro de infravermelho. Monte novamente o sistema de lentes, na mesma ordem observada anteriormente, sem colocar esse filtro. Feche a câmera. (a) (b) (c) (d) A imagem térmica de um corpo é baseada na detecção da radiação emitida por ele. Todo corpo a uma determinada temperatura T emite um espectro de radiação característico. Através da informação da quantidade e da qualidade da radiação detectada, pode-se inferir a temperatura de um corpo. Experimento II 4 – Os experimentos "Vendo o invisível” Material utilizado: -Câmera digital de computador com saída USB (webcam); -Filtro de luz visível: Interior de um disquete floppy de 3,5” ou negativo de máquina fotográfica;; -Fonte térmica de luz branca (lanterna); -Colimador (cartolina preta com um furo quadrado); -Elemento de difração ou dispersão da luz branca: CD, DVD, grade de difração ou prisma; -Anteparo; -Computador. Os experimentos que realizamos são situações cotidianas observadas com a câmera digital alterada. Por serem feitos dessa forma, consegue-se captar a radiação infravermelha geralmente não observada, o invisível. Experimento I Material utilizado: - Câmera digital de computador com saída USB (webcam); - Filtro de luz visível: Interior de um disquete floppy de 3,5” ou negativo de máquina fotográfica; -Diodo emissor de luz (LED) infravermelho (pode ser um controle remoto); -Computador. Neste experimento, dispersamos a radiação proveniente de uma fonte de luz branca com um elemento dispersivo, como por exemplo um DVD ou CD. Projetamos a radiação dispersada em um anteparo neutro (de cor branca e bom refletor). Aponta-se a câmera digital alterada para o anteparo e a imagem que se verá será as cores do arco-íris e uma mancha branca após o vermelho. A olho nu, essa mancha não é visível. Portanto, estamos vendo o invisível na tela do computador. Ao colocar-se um filtro de luz visível na frente da fonte, o que se verá é o desaparecimento das cores visíveis e a permanência da mancha branca. Isso comprova mais uma vez a existência de outro tipo de radiação que não vemos – o infravermelho. 1 O primeiro experimento é a visualização da radiação infravermelha emitida por um controle remoto. Para que a câmera digital somente capture a radiação infravermelha, é colocado a sua frente um filtro de luz visível. Esse filtro pode ser simplesmente o interior de um disquete floppy 3,5’’. Com a câmera digital alterada conectada ao computador, observa-se a imagem formada quando aciona-se um botão do controle remoto. 2 Referências: [1] Micha, D N, Penello, G M, Kawabata, R M S, Camarotti, Teo, Submetido para Revista Brasileira de Ensino de Física, 3 Apresentado na SNC&T 2010