SEGUNDA FASE - 1930 a 1945 A POESIA MODERNISMO NO BRASIL SEGUNDA FASE - 1930 a 1945 A POESIA.

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Transcrição da apresentação:

SEGUNDA FASE - 1930 a 1945 A POESIA MODERNISMO NO BRASIL SEGUNDA FASE - 1930 a 1945 A POESIA

Segunda Guerra Mundial

A fotografia retrata a realidade do dia-a-dia, como a evacuação de cidades, os ataques aéreos, a distribuição de comida e os efeitos da guerra na escola e nas brincadeiras.

A revolução de 30 resultou na deposição de Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. O governo, que deveria ser provisório, foi, aos poucos, tornando-se duradouro.

Os paulistas, inconformados com a perda do poder político, desencadearam, em 1932, a Revolução Constitucionalista, mas logo foram derrotados.

No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. Carlos Drummond de Andrade

Características da poesia de 30 1. Manutenção das conquistas da primeira fase Cota zero Stop. A vida parou ou foi o automóvel? Carlos Drummond de Andrade

2. Retomada das formas fixas (soneto, uso de redondilhas, rimas) Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento E assim, quando mais tarde me procure antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Quem sabe a morte, angústia de quem vive que mesmo em face do maior encanto Quem sabe a solidão, fim de quem ama dele se encante mais meu pensamento. Eu possa me dizer do amor (que tive): Quero vivê-lo em cada vão momento Que não seja imortal, posto que é chama E em seu louvor hei de espalhar meu canto Mas que seja infinito enquanto dure. E rir meu riso e derramar meu pranto Vinicius de Moraes Ao seu pesar ou seu contentamento

3. Intimismo Canção Pus o meu sonho num navio O vento vem vindo de longe, e o navio em cima do mar; a noite se curva de frio, - depois, abri o mar com as mãos, debaixo da água vai morrendo para o meu sonho naufragar. meu sonho, dentro de um navio... Cecília Meireles Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas.

4. Religiosidade O sono antecedente Parai tudo que me impede de dormir: esses guindastes dentro da noite, esse vento violento, o último pensamento desses suicidas. Parai tudo o que me impede de dormir: esses fantasmas interiores que me abrem as pálpebras, esse bate-bate do meu coração, esse ressonar das coisas desertas e mudas. Parai tudo que me impede de voltar ao sono iluminado que Deus me deu antes de me criar. Jorge de Lima

5. Preocupação social A rosa de Hiroxima Pensem nas crianças A rosa radioativa Mudas telepáticas Estúpida e inválida Pensem nas meninas A rosa com cirrose Cegas inexatas A anti-rosa atômica Pensem nas mulheres Sem cor sem perfume Rotas alteradas Sem rosa sem nada. Pensem nas feridas Vinicius de Moraes Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária

6. Sensualidade A mulher que passa Meu Deus, eu quero a mulher que passa, Seu dorso frio é um campo de lírios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanças na boca frescal Oh! Como és linda, mulher que passas Que me saciais e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias! Teus sentimentos são poesia Teus sofrimentos, melancolia. Teus pêlos leves são relva boa Fresca e macia. Teus belos braços são cisnes mansos. Longe das vozes da ventania. Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Vinicius de Moraes

Principais representantes

Carlos Drummond de Andrade Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.     De Alguma poesia (1930)  

Dados biográficos Nasceu em Itabira-MG, em 31/10/1902 Estudou no Colégio Anchieta de Nova Friburgo-RJ, de onde foi expulso por “insubordinação mental” Iniciou a carreira literária como colaborador do Diário de Minas Formou-se em farmácia Fundou A Revista, que divulga as idéias modernistas lançadas na Semana de Arte Moderna

Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais. Dois anos depois, nasceu seu primeiro filho, que morreu após meia hora. Em 1928, nasceu sua filha Maria Julieta, sua grande companheira. Durante grande parte de sua vida, conciliou sua atuação como funcionário público com a criação literária Além de ser reconhecido como um dos maiores poetas brasileiros, foi contista e cronista

Recebeu inúmeros prêmios e teve sua obra traduzida para várias línguas Em 1986, ficou internado doze dias após um enfarto Em 31/01/1987, escreveu seu último poema: “Elegia a um tucano morto” É homenageado pela Mangueira, com o samba-enredo “No reino das palavras” Em 17/08/1987, morreu Carlos Drummond de Andrade, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha, Maria Julieta

No reino das palavras Mangueira De mãos dadas com a poesia Traz para os braços do povo Este poeta genial Carlos Drummond de Andrade Suas obras são palavras De um reino de verdade Itabira Em seus versos ele tanto exaltou Com amor Eis aí a verde e rosa O que ao poeta inspirou É Dom Quixote Ô É Zé Pereira É Charles Chaplin No embalo da Mangueira Olha as carrancas Do rio São Francisco Rema rema remador Primavera vem chegando Inspirando o amor O Rio toma conta do sambista Como o artista imaginou

As várias fases de Drummond

1ª Fase: GAUCHE Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! Ser gauche na [vida (...) Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o [diabo. Fragmentos do Poema de sete faces

2ª Fase: SOCIAL Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus [companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes [esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos [afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos [dadas. Fragmento do Poema Mãos Dadas

3ª Fase: O SIGNO DO NÃO Tão delicados (mais que um arbusto) e [correm e correm de um para outro lado, sempre [esquecidos de alguma coisa. Certamente, falta-lhes não sei que atributo essencial, posto se [apresentem nobres e graves, por vezes. Ah, espantosamente [graves, até sinistros. Coitados, dir-se-ia não [escutam nem o canto do ar nem os segredos do [feno, Como também parecem não enxergar o [que é visível Fragmento do Poema Um boi vê os homens

A poesia filosófica Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? (...) Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa [ingratidão, e na concha vazia do amor a procura [medrosa, paciente, de mais e mais amor. Fragmento do Poema Amar

A poesia nominal O árvore a mar o doce de pássaro a passa de pêsame o cio da poesia a força do destino a pátria a saciedade o cudelume Ulalume o zumzum de Zeus o bômbix o ptyx Fragmento do Poema publicado na obra Lição de coisas

4ª Fase: TEMPO DE MEMÓRIA Guardo na boca os sabores da gabiroba e do jambo, cor e fragrância do mato, colhidos no pé. Distintos. araticum, araçá, ananás, bacupari, jatobá... Todos reunidos congresso verde no mato, e cada qual separado, cada fruta, cada gosto no sentimento composto das frutas todas do mato que levo na minha boca tal qual me levasse o mato. Poema Antologia