CONTOS Machado de Assis.

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Transcrição da apresentação:

CONTOS Machado de Assis

VÁRIAS HISTÓRIAS (1896) MACHADO DE ASSIS http://www.vestibular1.com.br/resumos_livros/varias_historias.htm <acesso 21/02/14 às 19:32h>

OBRA ANALISADA VÁRIA HISTÓRIAS GÊNERO CONTOS ÍNDICE 16 CONTOS AUTOR JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS DADOS BIOGRÁFICOS * 21/06/1839 - RJ +29/09/1908- RJ

Tema: A sociedade Professora Elis

“O homem é lobo do homem” Thomas Hobbes Thomas Hobbes, filósofo inglês, afirma em LEVIATÃ que é impossível ao homem viver plenamente seu instinto, pois isso equivaleria a ação de todos contra todos e prevaleceria a lei do mais forte. Para sobrevivência de maior número de homens, foi criado um pacto no qual nasce o Estado para proteger os mais fracos.

11- Mariana (1891) É um conto de lição cruel, mas realista, ao narrar as mudanças por que passou uma paixão no espaço de 18 anos. Evaristo e Mariana mantiveram uma relação tórrida e descabelada, entrando em crise no momento em que, por pressões, ela estava para se casar com Xavier.  

Mariana Diante do amante, nosso protagonista, jura que a união “oficial” não ia diminuir a intensidade do enlace que, clandestinamente, estabeleciam. Pouco depois, por meio de flashback, sabemos que Mariana havia tentado suicídio, provavelmente em nome do sentimento que tinha por Evaristo, conflitante com a união que iria contrair.

Mariana Este é impedido de vê-la. Parte, então, para a Europa num quase autoexílio, desligando-se quase que por completo das coisas do Brasil. Sem grande explicação, 18 anos depois sente necessidade de voltar à pátria. Ao chegar, visita Mariana, encontrando-a mergulhada na dor de ter o marido, Xavier, doente terminal. É o que o impede de um contato mais aprofundado.

Mariana Com a morte do moribundo, fica sabendo por meio de várias pessoas da intensidade do amor que havia entre o casal, o que já tinha sido indicado pela dor dela quando do último suspiro do esposo. Pouco depois, flagra-a voltando da igreja e percebe que ela fez de conta que não o havia visto.

Mariana Uma paixão tão fulminante fora esmagada pelo tempo, pois terminava de forma tão fria, ela evitando-o, ele encarando o fato num misto de indiferença e chiste.

12- Conto de Escola(1884) Conto que segue a tradição do estilo delicioso com que Machado de Assis se apresenta como memorialista. O narrador-protagonista, Pilar, é um garoto de inteligência superior à dos seus companheiros de sala. O problema é que o seu comportamento não é nada recomendável, principalmente pelo fato de estar acostumado a cabular aula.

Conto de Escola No momento tratado pela narrativa, só não tinha ido cabular porque havia apanhado do pai, que descobrira essa falha. Na sala de aula, entediado por já ter terminado a lição muito antes dos outros, recebe uma proposta de Raimundo, filho do professor Policarpo: em troca de umas explicações de sintaxe, daria uma moedinha de prata.

Conto de Escola Tudo às escondidas, já que o professor era extremamente severo, muito mais com o seu próprio filho, que, para piorar, tinha inteligência tarda. O problema é que outro aluno, Curvelo, flagrou a transação e a denunciou ao professor.

Conto de Escola O castigo foi severo, sem contar a humilhação e o fato de o mestre, indignado, ter atirado a moedinha pela janela, não esquecendo que Curvelo conseguira se safar, sumindo na hora da saída,  impossibilitando o narrador de surrá-lo.

Conto de Escola No dia seguinte, ainda preocupado com a moedinha (tinha esperança de encontrá-la), acaba por cabular aula, seduzido que foi por um pelotão que marchava de forma animada.

Conto de Escola Interessante é notar neste conto que a escola, apresentada como prisão, algo sufocante, acaba preparando de fato a personagem para a vida, mesmo que de forma torta, pois a fez entrar em contato com a delação e a corrupção (é curiosa a mudança dos valores de certos costumes.

Conto de Escola Tirar dúvidas em troca de dinheiro fora visto como corrupção naquela época. Hoje, poderia ser considerado um procedimento normal. No entanto, a delação ainda é tema bastante polêmico em nossa sociedade), duas terríveis realidades da convivência humana.

13- Um Apólogo (1885) Famoso conto que narra o desentendimento entre a agulha e a linha. A primeira vangloriava-se por ser responsável pela abertura do caminho para a segunda. Tudo isso ocorre enquanto a costureira ia preparando o vestido de uma baronesa.

Um Apólogo No final, com a ida da nobre para a festa, a linha joga na cara que, se a agulha abrira caminho, agora iria voltar para a caixa de costura, enquanto o fio iria no vestido frequentar os salões da alta sociedade. A frase final do conto, de alguém que ouvira essa história (um professor de melancolia) – “Também tenho servido de agulha a muita linha ordinária” –, é bastante sintomática.

Um Apólogo Faz lembrar um aspecto muito comum na obra machadiana que é, na busca por status, as pessoas acabarem sendo usadas e depois descartadas. É o que ocorre, por exemplo, em Quincas Borba, na relação entre o casal Palha e Rubião. Ou mesmo em Memórias Póstumas de Brás Cubas, na conveniência do casamento entre Eulália Damasceno de Brito (linha) e Brás Cubas (agulha).

14- D. Paula (1884) A protagonista, que dá nome ao conto, fica sabendo, por meio de uma confissão entre choros, que sua sobrinha Venancinha havia brigado com o marido, Conrado, porque este achava que a esposa estabelecia um relacionamento adulterino.

D. Paula De maneira diplomática a senhora consegue a reconciliação, desde que a mocinha passasse alguns dias com ela, como uma recuperação de caráter. Ao se despedir, fica sabendo o nome de quem estava atacando a virtude da sobrinha: Vasco.

D. Paula Era o filho de alguém com quem ela, num passado distante, havia estabelecido um relacionamento escandaloso, apagado com o avanço do tempo. Já com a inconsequente no retiro, quando por acaso aparece o rapaz, pôde perceber pela reação da jovem, que havia se escondido em meio ao susto e medo, que o relacionamento atingira um nível seriamente perigoso.

D. Paula Consegue a confissão de Venancinha e descobre que a consumação carnal ainda não havia se realizado, mas a reputação já corria risco. Infunde na cabeça da menina a idéia do erro que quase cometeu, ajudada também pela visita recente de Conrado, que havia se comportado teatralmente de forma fria, o que a deixou amedrontada com a possibilidade de perder o marido.

D. Paula No entanto, o mais engraçado é que, enquanto infunde na mente da menina a necessidade de seguir a moral e os bons costumes, D. Paula praticamente se delicia com tudo o que é confessado, como se revivesse os pecados que experimentou em seu passado.

D. Paula Mas eram “glórias” alheias; as suas não voltariam mais. Percebe-se também mais uma vez um tema que já fora desenvolvido em “O Enfermeiro” e outros contos: a desconexão entre o externo e o interno, pois se dizia e pregava o moralismo, no seu íntimo desejava, ou pelo menos deliciava-se com algo imoral.

15- Viver! (1886) Conto de temática alegórica e grandiosa. Além disso, sua estrutura aproxima-o por demais do teatro. Trata-se do diálogo entre Ahasverus e Prometeu. A primeira personagem recebera a maldição de, por menosprezar Cristo em seu calvário, vagar pelo mundo sem encontrar abrigo e ser desprezada até que o último homem desaparecesse.

Viver! Sua longevidade, portanto, deu-lhe uma experiência massacrante sobre o gênero humano. A segunda personagem pertence à mitologia clássica e havia criado o homem, sendo, portanto, condenada pelos deuses a ter uma águia comendo seu fígado por toda a eternidade. Diante dessa revelação, Ahasverus fica indignado e faz com que Prometeu volte para o seu castigo, de onde havia escapado. 

Viver! No entanto, a entidade mitológica declara que faria de Ahasverus o início de uma nova espécie, mais forte do que a anterior, que estava findando na figura do rejeitado, que agora se tornaria o rei dessa nova raça. Diante desse futuro grandioso, Ahasverus mergulha em devaneios, feliz com sua nova condição, esquecendo até o fato de estar morrendo para realizá-la.

Viver! Como observam duas águias que voavam por ali, ainda na morte mostra um enorme apego à vida.

16- O Cônego ou Metafísica do Estilo (1885) Conto metalinguístico que em alguns aspectos antecipa as sondagens introspectivas e intimistas da prosa modernista. É a história de um cônego que se dedicava à escritura de um sermão.

O Cônego ou Metafísica do Estilo Tem sua tarefa interrompida porque não conseguia achar um adjetivo que se ligasse adequadamente ao substantivo que havia colocado em seu texto. Esforçava-se, mas a palavra não vem. Enquanto o protagonista espairece, para descansar a mente e buscar inspiração, o narrador mergulha no cérebro da personagem, defendendo a ideia de que as palavras têm sexo.

Assim, o substantivo, masculino, que é nomeado como Sílvio, está procurando um adjetivo, feminino, designado Sílvia.

O Cônego ou Metafísica do Estilo É interessante nesse ponto como todo o universo de elementos que povoam nossa mente – sonhos, impressões, sensações, lembranças – é bem metaforizado ao ser apresentado como os obstáculos que o casal tem de suplantar até que finalmente consiga efetuar o seu encontro. Concretizada a união, o estalo mental surge para o cônego.

O Cônego ou Metafísica do Estilo Finalmente conseguia dar prosseguimento a redação de seu sermão, terminando-o.