O motivo dominante da Liturgia desta solenidade é o da oferta, da entrega total a Deus. Cantado na antífona de entrada, repetindo o refrão do Salmo Responsarial proclamado na 2ª leitura: “Eis que venho fazer, ó Deus a vossa vontade”.
Exprime as disposições de Cristo e da sua Mãe intimamente unidos numa idêntica atitude de oferta e de aceitação. S. Paulo tirou estas palavras do saltério e as entendeu como pronunciadas pelo Filho de Deus no acto da sua encarnação: Entrando no mundo Ele diz:
“Não quisestes sacrifício nem oblações, mas formaste-me um corpo; não te agradaram holocaustos nem vítimas expiatórias Então eu disse: Eis que venho... para fazer, ó Deus, a tua vontade”.
Antes, porém, que pronunciasse, no tempo, o Filho de Deus, a sua oferta, antes que assumisse o corpo que o Pai determinara formar- lhe no seio virginal de uma humilde jovem, necessário foi que aquela que devia ser a Mãe fizesse a mesma oferta.
É que Deus, infinitamente respeitador da liberdade da criatura, “quer que a aceitação da predestinada Mãe precedesse a Encarnação”. Pronunciou-a Maria ao receber a mensagem do Anjo: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Funde-se a sua oferta com a de Cristo formando uma única oblação; Mãe e filho vivê-la-ão, inseparavelmente unidos, até consumá-la no Calvário para a glória do Pai e redenção dos homens.
Num momento crítico da história de Israel, o profeta anuncia ao rei Acaz um extraordinário Salvador enviado por Deus e que nascerá de uma Virgem: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho que se chamará Emanuel”.
Unicamente Jesus nasceu de uma Virgem, só ele é realmente “DEUS CONOSCO”. Ó Maria, hoje para nós germinou O Salvador. “O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”. Bendita sejais entre todas as mulheres da terra..