Esta é a história de um grande país que se perdeu. Um grande país em ruínas; uma grande família abandonada nas mãos da mais alta bandidagem. Um país desgovernado.
Um presidente desgovernado, quase sempre embriagado, defendendo amigos e inimigos. Um “marimbondo de fogo” presidindo um Senado, acusado das mais incríveis safadezas, safadezas que nada ficam a dever àquelas cometidas pela maioria de seus pares, de seus comparsas;
de seus parentes e aderentes. Uma Câmara ocupada com mais de trezentos “picaretas”. De juízes sem juízo... Uma verdadeira nau de insensatos...
Eles se agridem; eles se culpam mutuamente, porém eles se amam muito mais do que se odeiam e nunca desatam seus podres laços afetivos.
Nossos Oficiais Generais não passam de um “bando de Generais”, nas palavras do nosso comandante – em -- chefe... Hoje certamente ele nem se lembre mais desses seus dizeres irônicos, dessas suas metáforas comprometedoras.
-- Um bando de vis torturadores -- é como costumamos ser agredidos pelos inimigos de ontem, hoje no topo da lista dos mais bem sucedidos na vida; com os peitos cheios de medalhas, medalhinhas, comendas e medalhões.
Jamais desejaríamos tê-las nos nossos sagrados uniformes! - - Muito melhor merecê-las sem as ter, que possuí-las sem as merecer -- no sábio dizer de Camões.
Falhamos com o nosso Brasil. Falhamos com os nossos filhos, com os nossos amigos, com todos aqueles que um dia confiaram em nós; falhamos no exato momento em que permitimos que eles tomassem conta de nós, do nosso ultrajado Brasil.
-- Badalados terroristas! Ricos terroristas hoje livres de imposto de rendas e considerados “heróis da democracia”. Intelectuais de merda; artistas de merda, jornalistas de merda, hoje com os bolsos cheios de sujas indenizações.
Hoje não sabemos nem contar aos nossos filhos a verdade das suas vidas cheias dos mais abomináveis crimes! Seus crápulas, seus pulhas; seus filhos de pulhas...
Da descarada ambição pelo poder; da crueldade que serão capazes se continuarmos a deixá-los livres, com as rédeas soltas, galopando pelas estradas esburacadas deste pobre país em ruínas.
Texto : Coronel Maciel Enviado por: Sylvio Rego Música : Gal Costa – Terra de Ninguém Formatação: Nair Flores