SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE VIOLÊNCIAS E ACIDENTES

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IMPLEMENTAÇÃO DA PNPS E O DESAFIO DA ARTICULAÇÃO INTRA E INTERSETORIAL
Advertisements

OFICINA DE CUIDADOS AS CONDIÇÕES CRÔNICAS BASTOS-23/09/09 OFICINA DE CUIDADOS AS CONDIÇÕES CRÔNICAS BASTOS-23/09/09.
Epidemiologia do Envelhecimento I ENCONTRO ESTADUAL DE SAÚDE DO IDOSO Porto Alegre, 26 de setembro de 2006 SES/DAS/S.S.IDOSO Elaboração : Airton Fischmann.
A Escalada da Violência.
Discente: Elsa Branco nº20 9º B Docente: Susana Tavares
I Seminário de Segurança no Trânsito Brasileiro
CODIFICAÇÃO E ESTATISTICA DAS DECLARAÇÕES DE OBITO NO MUNICIPIO DE JAÚ
Epidemiologia e indicadores de saúde
Núcleos de Prevenção de Violências e
Mortalidade Hospitalar do HCM
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
Mortalidade - Exercícios
Outros Sistemas de Informações em Saúde
Centro de saúde sousas.
Centro de Saúde Taquaral
Violência: desafio contemporâneo para o Sistema Único de Saúde (SUS)
O Papel do Setor Saúde no Enfretamento das Lesões e Mortes no Trânsito e na Promoção da Paz no Trânsito Marta Maria Alves da Silva Salvador/BA, 30/10/2013.
IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS – RUE
Introdução Causa mais freqüente de morte
Ação e coração! Por: Iracema Umeda, membro do Departamento de Fisioterapia da SOCESP.
Estado do Rio Grande do Sul
MERGULHO AUTÔNOMO = MAUT =
Prof. Daniel Lima Vialôgo
Os Jovens no Brasil.
POPULAÇÃO RESIDENTE POR FAIXA ETÁRIA, SEGUNDO SER E SEXO, FORTALEZA, 2012 Fonte: IBGE(2010); Célula de Vigilância Epidemiológica/Centro de Informações.
SITUAÇÃO DE SAÚDE EM FORTALEZA
Impacto Socioeconômico dos acidentes de trânsito para o País
 Acho legal a gente tirar uma foto e se apresentar pra todos os colegas do PET!
Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis
SAÚDE DA MULHER Lutas do movimento feminista: promoção, proteção e recuperação dos corpos femininos, independentes do período reprodutivo e/ou gestacional.
Rede de Promoção da Saúde
PLANO DE ENFRENTAMENTO DAS DCNT DE PALMAS-TO
INDICADORES DE SAÚDE.
Saúde em Vitória da Conquista
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Ferramenta para a organização dos serviços
Monitoramento de Condições de Vida e Saúde em Áreas de Implantação de Grandes Empreendimentos: Desafios Metodológicos. Expositores: Prof. Luciano Medeiros.
Enfrentando Violências em Campinas
Maria Cristina Horta Vilar Núcleo de Vigilância de Violência e Acidentes
ACIDENTES DE TRABALHO Registrados no INSS cerca 410 mil acidentes de Trabalho; Registrados no INSS cerca 410 mil acidentes de Trabalho; Comparando.
Gggfj CONCLUSÕESCONCLUSÕES UFRGS, Faculdade de Medicina, Projeto PET-Saúde UFRGS-SMSPoA Diagnóstico situacional do PSF São Gabriel pelo Método da Estimativa.
Doenças relacionadas ao trabalho
Doenças não transmissíveis
Redução da Mortalidade Infantil Avaliação – SIM/SINASC
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fonte: SESA/LACEN-GAL/DVVTR
SAMU MACRO NORTE SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
A dinâmica da população brasileira
Vigilância das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis
Junho/2009 FCMSCSP Disciplina de Pediatria Social “comigo nada acontece" eram jovens de 10 aos 19 anos Isto é 70,1% de todas as mortes desses jovens.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): análise da demanda e sua distribuição espacial em uma cidade do Nordeste brasileiro Amanda Priscila de.
Indicadores indicadores 37 mantidos 11 modificados 02 acrescidos Indicador do Estado - mantido.
Violência matará 33 MIL ADOLESCENTES até 2012 Estudo da UERJ, publicado pelo jornal O GLOBO, afirma que número de assassinato, desde 2006, equivale a dois.
Do que se adoece e do que se morre no DF? Observatório de Saúde do DF Julho de 2014 João Batista Risi, Mariângela Cavalcante e Pedro Luiz Tauil.
Situação de Saúde do Rio Grande do Sul
Novembro de /01/11 SERVIÇOS DE URGÊNCIA Taxa de Fecundidade Nº médio anual de filhos População urbana Esperança de Vida ao Nascer% idosos (60.
RELATÓRIO DETALHADO DO QUADRIMESTRE ANTERIOR 3º QUADRIMESTRE ANO 2013.
PREFEITURA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE RELATÓRIO DETALHADO PRIMEIRO E SEGUNDO QUADRIMESTRE ANO 2014.
Concernente à área da saúde, as principais referências legais e de políticas públicas para o atendimento de mulheres em situação de violência, nas suas.
SAMU MACRO NORTE SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS.
Censo Populacional 2010 %Total >60a 10, Fonte: IBGE – Censo 2010.
Compilação dos Dados Pólo III Ana Carla Dantas Keila Márcia Luciana Carceroni Paola Batista.
A capacitação dos profissionais do Sistema de Garantia dos Direitos Fabiana Gadelha.
25ª OFICINA DE TRABALHO INTERAGENCIAL (OTI) REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA SAÚDE – RIPSA BRASÍLIA, 30 E 31 DE OUTUBRO DE 2012.
26ª Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) Rede Interagencial de Informações para Saúde – Ripsa Brasília, 05 e 06 de junho de 2013.
Os custos econômicos das mortes e incapacitação prematura provocadas pelos acidentes de trânsito CPES – Centro de Pesquisas e Economia do Seguro Escola.
 Dengue  Hipertensão  5 diferenças Traumatismos (acidentes/violências) Doenças genéticas Doenças relacionadas à assistência da gestação e parto Deficiências/carências.
SECRETARIA DE SAÚDE DE CAMPINAS COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Enfrentando Violências em Campinas Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes de.
REVISÃO DA MATRIZ DO IDB. INDICADORES DE MORTALIDADE
ACIDENTES DE TRABALHO JUNHO DE 2016.
Xx. x x xxx.
Transcrição da apresentação:

SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE VIOLÊNCIAS E ACIDENTES

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE SEGUNDO FAIXA ETÁRIA. BRASIL, 2009. <1 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ total 1ª Afecções Perinatais Causas Externas asfixia – acidente , afogamento ou violência maus tratos, violência ATT Homicídio DAC 2ª Anomalia congênita DAR Neoplasias DIP 3ª Sistema Nervoso 4ª Aparelho digestivo Endócrina 5ª asfixia – acidente ou violência DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório, DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias Causas externas – Cap. XX, CID-10 ATT – Acidentes de Transporte Terrestre Fonte: SIM SVS/MS

Marcos Legais Enfrentamento Violência contra Mulher Política Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual e/ou Doméstica contra a Mulher – SEPM/PR (2004) Lei no 10.778 de 24/11/2003 Notificação compulsória de violência contra a mulher em serviços de saúde públicos ou privados Lei nº 11.340, de 7/8/2006 –Lei Maria da Penha O Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (2007), Consiste em um acordo federativo entre o governo federal, os governos dos estados e dos municípios brasileiros

Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009 Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e o art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal e revoga a Lei no 2.252, de 1º de julho de 1954, que trata de corrupção de menores. Estupro: Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro libidinoso Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem – crimes sexuais contra vulneráveis. Decreto Nº 7.958, de 13 de março de 2013 Estabelece diretrizes para o atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e da rede de atendimento do Sistema Único de Saúde

Lei no 10.778 de 24/11/2003 – Notificação compulsória de violência contra a mulher em serviços de saúde públicos ou privados Inclui Violência doméstica, sexual e/ou outras violências na lista de notificação compulsória.

Universalização Inclui Violência doméstica, sexual e/ou outras violências na lista de notificação compulsória.

Em revisão será republicada Inclui Violência doméstica, sexual e/ou outras violências na lista de notificação compulsória.

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Em revisão será republicada Inclui Violência doméstica, sexual e/ou outras violências na lista de notificação compulsória. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA INTERSETORIAL SJRP – pioneiro notificação intersetorial Decreto específico

FICHAS DE NOTIFICAÇÃO E INSTRUMENTO DE ENTRADA DE DADOS

Por que fazer vigilância de violências e acidentes (notificar)? Conhecer o perfil das vítimas e autores/as da agressão Dimensionar a demanda por atendimentos de urgência e outros serviços Revelar a violência doméstica, silenciada e “camuflada” nos lares, interpessoais e auto-provocadas, urbana, rural ou intra-familiar Promover assistência adequada às vítimas Promover políticas públicas que reduzam os riscos e danos associados às violências; Identificar e encaminhar aos serviços da rede;

Ficha de Notificação/Investigação de Violência Doméstica, Sexual e outras violências O que notificar? SUSPEITA OU OCORRÊNCIA: Violência doméstica: Contra homens e mulheres, independente da faixa etária e da natureza da violência (física, sexual, negligência/abandono, psicológica) Violência Sexual: Contra homens e mulheres, independente da faixa etária e do tipo (estupro, exploração sexual, assédio sexual, pedofilia, outros) Tentativas de suicídio: contra homens e mulheres, em qualquer faixa etária Tráfico de Pessoas: contra homens e mulheres, em qualquer faixa etária Intervenção Legal: contra homens e mulheres, em qualquer faixa etária Outras violências: situações definidas por lei (ECA; Estatuto do Idoso e Lei nº 12.461/2011; Lei nº 10.778/2003). 11

Regionais

SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS

Resultados – VIVA SINAN/2011 Coeficiente de notificações de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, segundo Unidade da Federação (por 100.000 habitantes) – Brasil, 2009-2011

Resultados – VIVA SINAN/2011 Notificações de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, segundo sexo – Brasil, 2011

Resultados – VIVA SINAN/2011 Notificações de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, segundo raça/cor – Brasil, 2011

Resultados – VIVA SINAN/2011

Resultados – VIVA SINAN/2011

Resultados – VIVA SINAN/2011

Resultados – VIVA SINAN/2011

Resultados – VIVA SINAN/2011

Responsabilidade do notificador NOTIFICAÇÃO casos de suspeita ou evidência de violência que tiver conhecimento, estando sujeito às penalidades resultantes de sua omissão. Notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde, bem como os gestores, auxiliares e responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino. Código Penal Brasileiro: art. 269 - crimes contra a saúde pública Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa”. A Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei 3.688 de 1941), em seu artigo 66, reconhece como contravenção penal, a omissão do profissional de saúde que não comunicar crime do qual tenha tomado conhecimento por meio do seu trabalho. Códigos de ética médica, odontológica, de enfermagem, psicologia, do assistente social e biomédico fazem referência à obrigação que estes profissionais têm de zelar pela saúde, dignidade, integridade humana e coibir e comunicar maus tratos. Lei no 10.778 de 24/11/2003 DECRETO Nº 7.958, DE 13 DE MARÇO DE 2013 – art. 4º

Notificação Compulsória de Violências Instrumento público de diagnóstico Não tem caráter definitivo de julgamento Não está vinculado a juízo de valor Omissão: responsabilidade penal e civil do agente que deveria notificar independe de laudo IML Boletim de Ocorrência (Queixa) Denúncia Denúncia: Nome técnico dado à peça processual que dá início à ação penal promovida pelo Ministério Público Boletim de Ocorrência(queixa) documento que registra suposto fato criminoso para conhecimento da polícia que deverá instaurar inquérito policial para investigação. Perfil epidemiológico Da violência Responsabilidade Penal do agressor

Apuração, Instrução, Comprovação e Julgamento do crime Cabe ao Sistema de Garantia de Direitos, ao Sistema de Justiça e não ao notificador

Políticas do Setor Saúde no Enfretamento das Violências Fabiana Gadelha CGDANT/DEVDANTPS/SVS Ministério da Saúde

Marcos Legais – SUS: 2001: Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências 2004: Rede Nacional de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde 2006: Política Nacional de Promoção da Saúde 2006: Vigilância e Violências e Acidentes (VIVA)

Divulgação Artigos científicos Publicações temáticas Congressos, seminários, oficinas dentre outros eventos Meios de comunicação (mídia) Boletim Epidemiológico (em preparação)

Análise do Sistema Viva: Vigilância de Violências e Acidentes NÚMERO TEMÁTICO Análise do Sistema Viva: Vigilância de Violências e Acidentes Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,  v.17, n.9, set. 2012

Notificação Compulsória de Violência Doméstica, Sexual e Outras Violências INDICADOR DO COAP: Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (Decreto Nº 7.508, de 28 de junho de 2011**) Serviços com Notificação de Violência Doméstica, Sexual e Outras Violências Garante a sustentabilidade e Compromisso político 31

NÚCLEOS DE PREVENÇÃO DAS VIOLÊNCIAS E PROMOÇÃO DA SAÚDE E CULTURA DE PAZ www.saude.gov.br/redevivapaz 32

Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde – Núcleos de PVPS (Portaria MS/GM nº 936/2004) Atribuições Esfera Municipal – SMS Elaborar o Plano Municipal de PVPS; Promover e participar de políticas e ações intersetoriais e de redes sociais que tenham como objetivo a PVPS; Qualificar e articular a rede de atenção integral às pessoas vivendo situações de violência e desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde para segmentos populacionais mais vulneráveis; Garantir a implantação/implementação da notificação de maus-tratos e outras violências; Estimular o estudo e pesquisas estratégicas; Capacitar os profissionais, movimentos e conselhos sociais para o trabalho de prevenção da violência. 33

Obrigada! Fabiana Gadelha Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis Departamento de Análise de Situação de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde fabiana.gadelha@saude.gov.br www.saude.gov.br