Criação, texto e formatação Caldas Novas - Goiás setembro de 2009 Músicas: Unchanged Melody Distância Sarabanda - opus 5 -

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TALVEZ....
Transcrição da apresentação:

Criação, texto e formatação Caldas Novas - Goiás setembro de 2009 Músicas: Unchanged Melody Distância Sarabanda - opus 5 - nº 8 Clicar para avançar

Nasci de família pobre, em uma casinha de pau a pique, num pé de serra; Se na vida não finco o pé, esquecendo que existe o tal pé frio, jamais eu sairia da condição de um pé rapado ou de um pé de chinelo. Até meus doze anos, por andar sempre descalço, eu era chamado de pé rachado e, por ter os pés grandes, também fui apelidado de pé de lancha. Meu primeiro calçado foi número trinta e sete. Nunca tive problema de pé de atleta, mas tive muito bicho de pé, o que era comum naquela época.

Assim como meus irmãos mais velhos, no trabalho eu era um pé de boi. Trabalhando sempre juntos, enfrentamos muito pé de vento e, debaixo de muito pé d’água plantamos muitos pés de pau de todas as espécies, frutíferas ou não. Tínhamos também nosso gadinho pé duro. Dentre nossas ferramentas mais leves posso citar o pé de cabra e outras como o machado, a enxada, a foice, etc. Aos doze anos, vendo que aquela vida não dava pé, tive uma conversa de pé de ouvido com meu pai, quando expus minha intenção de dar no pé e ir para a cidade. Contrariado, meu pai reprovou minha decisão mas, finquei pé e não mudei de idéia. Foi então que botei o pé na estrada e fui tentar, na cidade, fazer meu pé de meia.

Na cidade quase fraquejei, e cheguei a pensar que realmente eu não era um pé quente; Tudo pra mim era mais difícil do que para os outros; Não que eu fosse menos capaz que eles, muito pelo contrario, e o tempo veio comprovar isso; É que eu nunca quis nada de mão beijada; Sempre finquei pé e corri atrás do que eu queria. Comecei com o pé firme por isso todos diziam que eu tinha começado com o pé direito. O meu primeiro carro era velho, um pé de bode modelo mil novecentos e pouca coisa e, aos pouco, fui tirando o pé da lama; Então ninguém mais achava que eu era um pé de chinelo ou um pé rapado.

Para não tirar o pé do chão, nunca fui boêmio nem mulherengo, nunca enfiei o pé na jaca, mesmo porque na minha humildade não era nenhum pé de mesa; Mas sempre gostei de dançar; Eu era um verdadeiro pé de valsa. Tudo o que eu fazia era em pé de igualdade com muitos outros colegas pé de chumbo; Alguns deles se tornaram verdadeiro pé de cana.

Dos chefes que tive, alguns foram pessoas inteligentes outros imbecis; Desses últimos tive muitas vezes em pé de briga; Por isso, sempre fiquei com um pé atrás com esses caras; Nunca dei pé para discórdias, mesmo sendo esses caras um pé no saco; Se conseguissem, me dariam um pé na bunda, mas sempre precisaram de mim para salvar suas imbecilidades, pois nunca fui um funcionário pé de porco; Mas confesso que muitas vezes tive vontade de pregar a mão no pé da orelha deles.

E assim, sempre com o pé no chão, fui aos poucos, fazendo meu pé de meia. Até comprei o um pé de borracha novinho em folha; Com esse carro novo eu poderia sair por aí enfiando o pé na tábua, mas não, sempre fui prudente e mantive o pé no freio. Hoje, volto a dizer: Eu sou um cara do pé quente; Com meu pé de meia feito, estou numa boa, de pé pro alto!

O único problema é que o tempo passa e, pelos pés de galinha que vem aumentando em meu rosto, percebo que estou quase com o pé na cova, mas farei pé firme até o fim. Quando eu amarelar o pé e for para a cidade dos pés juntos, se realmente restar alguma coisa ativa em quem vai para lá, quero continuar fincando o pé e trabalhar para que todos, em pé de igualdade, deixem de ser pé de chumbo e façam o pé de meia de suas almas.