RESULTADOS E DISCUSSÃO

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RESULTADOS E DISCUSSÃO ANÁLISE TERMODINÂMICA DAS SONDAGENS DA CIDADE DE BELÉM-PA DURANTE UM PERIODO SECO Nº do Resumo 167 Simone de Paula de Almeida Ribeiro – paulasimom@yahoo.com.br Maria Aurora Santos da Mota – aurora@ufpa.br Universidade Federal do Pará - Departamento de Meteorologia RESUMO Esta pesquisa fez uma análise do comportamento termodinâmico da atmosfera e a sua relação com a precipitação ocorrida na cidade de Belém-PA. Para tanto, utilizou-se totais diários de precipitação e dados de radissondagens nos horários de 00, 12 e 18 UTC, obtidos durante o experimento de campo do Projeto Impacto do desmatamento junto ao litoral Atlântico da Amazônia (PC-401) do Projeto LBA, no período de 09 a 14 e 24 a 31 de agosto de 2001. Os dados de radiossondagens foram submetidos a uma triagem e tratamento, para correção de erros, mediante análise criteriosa dos gráficos das temperaturas potencial, potencial equivalente e potencial equivalente saturada. O principal critério utilizado na análise foi o de consistência, e baseou-se no fato de existir uma tendência de continuidade temporal das variáveis termodinâmicas. A atmosfera em média se apresentou instável com características de regime convectivo II (convecção diurna), segundo classificação proposta por Betts, (1974), e adaptada para Belém, por Ribeiro e Mota (1994). Porém, 49% das sondagens estão classificadas no regime I (seco), 16% regime II (convecção diruna), 22% regime III (Convecção Elevada) e 13% regime IV (distúrbio), o que é justificável pois o período estudado, quando ocorreu o experimento de campo, foi durante a época seca da região. O estudo e observação da variação do estado de quase equilíbrio da atmosfera da Amazônia, com o desenvolvimento da convecção, é de grande importância para a melhoria das teorias de parametrizações da convecção utilizadas nos modelos numéricos de previsão de tempo para a região. Regime Convectivo Prec (mm) Nº Dias Sondagens % I. Seco <0,4 10 18 49 II. Convecção Diurna 0,5-3,7 3 6 16 III. Convecção Elevada 3,8-8,8 4 8 22 IV. Distúrbio >8,8 5 13 INTRODUÇÃO  A cidade de Belém(PA), por situar-se na zona equatorial (1o 27’ S e 48 27’W) é caracterizada por um clima quente e úmido, onde ocorre uma grande quantidade de precipitação que estão relacionadas não só com as condições locais dos movimentos convectivos, uma vez que existe grande quantidade de calor e umidade sendo transportado verticalmente na atmosfera. Mas também, pela influência de sistemas de meso e grande escala que penetram na região, como El Niño, ZCIT, frentes, etc. DADOS E METODOLOGIA  Os dados utilizados são totais diários de precipitação e dados de ar superior, obtidos durante a campanha do experimento Impacto do desmatamento junto ao litoral Atlântico da Amazônia (PPG-7) do Projeto LBA, no período de 08 a 14 e 22 a 31 de agosto de 2001.Foram realizadas 37 (trinta e sete) sondagens, nos horários diários de 00, 12, e 18 UTC. Foi calculada Também a Energia Potencial Disponível para Convecção (CAPE). Cuja fórmula é: em que: NCE – é o nível de convecção espontânea; NE- é o nível de equilíbrio; TVp é a temperatura virtual da parcela ; TVA é a temperatura virtual do ambiente.   RESULTADOS E DISCUSSÃO Pode ser verificado que a atmosfera esteve instável (CAPEmédio=2392,4J/kg) ficando classificada no regime convectivo II (convecção diurna) segundo a classificação proposta por Betts (1974) e adaptada para Belém por Ribeiro e Mota (1994). Como o período em que ocorreu o experimento de campo foi na estação seca (mês de agosto), significa que devido ao aquecimento local a atmosfera esteve propícia a atividade convectiva. Figura 2. Perfil vertical das temperaturas potecial equivalente (e) e potencial equivalente saturada (es), média de todo o período do experimento.   Tabela I. Classificação das sondagens de Belém-PA de acordo com os regimes convectivos durante o experimento. A chuva foi quase completamente convectiva, com cumulus congestus espalhado em dias de pouca precipitação.E dias com muita precipitação devido a grandes cumulonimbus. Fig. 1- Localização Geográfica do ecossistema. Área de estudo CONCLUSÃO Nesta pesquisa o principal critério utilizado na análise foi o de consistência, e baseou-se no fato de existir uma tendência de continuidade temporal das variáveis termodinâmicas. REFERÊNCIAS BETTS, A.K. Thermodynamic Classification of tropical Convective Soundings, Mon. Wea. Rev., v. 102, p. 760-764, 1974. BETTS, A.K. Non-precipitating cumulus convection and its parameterization, Quart. J. R. Met. Soc., v. 99, p. 178-196, 1973. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus ao projeto Milênio-LBA, a UFPA, a minha orientadora e a todos os meus amigos. Figura 3 . Variação temporal do CAPE durante o período do experimento (08 a 14 e 22 a 31 de agosto de 2001).