Célula, oficina da vida.

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Transcrição da apresentação:

Célula, oficina da vida

A primeira descoberta Em 1660, o microscopista italiano Marcello Malpighi observou, pela primeira vez, os vasos capilares sangüíneos presentes na cauda de peixes. Malpighi é considerado ainda hoje como o precursor da embriologia e da histologia, e sua descoberta foi de grande importância para elucidar uma importante questão da fisiologia animal.

Na época, acreditava-se que o sangue era produzido pelos intestinos, viajava para o fígado e coração, de onde era distribuído pelas veias para ser consumido pelo corpo. Em 1639, o médico inglês William Harvey formulou uma teoria afirmando que o sangue circulava continuamente pelo corpo, impulsionado pelo coração. Faltava apenas descobrir a conexão entre as artérias ( o caminho de ida do sangue) e as veias ( o caminho de volta do sangue), o que foi feito por Malpighi em 1660.

As "células" de Hooke Em 1663, o cientista inglês Robert Hooke dedicou-se à observação da estrutura da cortiça, para tentar descobrir o que fazia dela um material tão leve e flutuante. Então, teve a idéia de cortá-la em fatias finas o bastante para que pudessem ser observadas ao microscópio. Através das lentes de aumento, ele constatou que a cortiça era formada por um grande número de cavidades preenchidas com ar. Dois anos depois, Hooke publicou a obra Micrographia, onde denominou as estruturas ocas de "células".

O surgimento do microscópio O crédito pela invenção do microscópio é dado ao holandês Zacharias Jansen, por volta do ano 1595. Como era muito jovem na época, é provável que o primeiro microscópio, com duas lentes, tenha sido desenvolvido pelo seu pai, Hans Jansen. Contudo, era Zacharias quem montava os microscópios, distribuídos para realeza européia. No início, o instrumento era considerado um brinquedo, que possibilitava a observação de pequenos objetos.

Na mesma época em que Hooke publicou a Micrographia, começaram a surgir outras obras sobre a observação microscópica, principalmente dos vegetais. Os cientistas usavam o termo célula para muitas outras estruturas, além de usarem expressões como "poros microscópicos", "bolhas", "sáculos" e "utrículos".

Descobrindo as células As pesquisas sobre a estrutura dos vegetais avançaram tanto que, a partir da segunda década do século XVIII, já havia um consenso de que as plantas eram formadas por espaços microscópicos. Essas estruturas eram tão variadas que pensava-se não constituírem uma estrutura básica única, partilhada por todos os vegetais. Durante muito tempo houve polêmica: seriam os vegetais formados por células, ou por um tecido no qual as células não passavam de meras cavidades? Somente em 1805 foi possível isolar as células, confirmando-se sua individualidade e resolvendo a questão.

Nada disso foi levado em conta por Robert Hooke, que interpretou de um modo muito diferente os poros que observou na cortiça. Contudo, deve-se a ele o pioneirismo da observação e a criação do termo célula.

As células animais Em 1673, o microscopista Leeuwenhoeck observou as primeiras células animais: os glóbulos vermelhos de sangue. Por serem as células animais muito menores, pensava-se na época que apenas o sangue era formado por estruturas microscópicas. Inicialmente, os glóbulos não foram considerados células, pois os cientistas não esperavam encontrar estruturas básicas em comum para animais e vegetais. Por algum tempo, os glóbulos continuaram a ser observados em várias partes dos animais, como nervos, músculos e pele, mas não se suspeitava que os tecidos fossem formados totalmente por essas estruturas.

Por dentro da célula A partir de 1744, os cientistas começaram a pesquisar uma substância viscosa encontrada no interior de várias microestruturas animais. Quatorze anos depois, a mesma substância foi reconhecida nas microestruturas vegetais, reafirmando a similaridade entre as células animais e vegetais. Em 1860, a substância recebeu o nome oficial de protoplasma, e passou a suspeitar-se que ela estaria presente em todos os seres vivos.

O núcleo celular Os estudos sobre o núcleo das células também foram importantes para a compreensão de seu papel nos seres vivos. O núcleo já havia sido observado por Leewenhoeck em 1700, mas somente no final do século XVIII passou a ser considerado parte das células. O exame mais detalhado do núcleo levou à descoberta, em 1781, de uma outra estrutura em seu interior, mais tarde batizada de nucléolo. Em 1836, os cientistas reconheceram a presença do núcleo em todas as células do tecido humano, com exceção das hemácias.

A teoria celular Em 1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann publicou a obra Investigações Microscópicas sobre a Estrutura e Crescimento dos Animais e das Plantas, que passou a ser conhecida como a Teoria Celular. Na obra, Schwann afirma que todos os tecidos animais e vegetais são formados por células. Ele se baseou no fato da presença do núcleo em todos os tipos de células, e na obediência a um processo básico comum de formação comandado pelo núcleo.

Célula Vegetal Todas as células têm um revestimento externo, chamado matriz extracelular. Ela desempenha funções como o reconhecimento entre as células, facilita a comunicação entre elas e também as mantém juntas, grudadas umas às outras. As plantas desenvolveram um tipo especializado de revestimento, mais espesso, mais forte e, o mais importante, mais rígido: a parede celular.

A membrana plasmática reveste toda a célula A membrana plasmática reveste toda a célula. Ela é mais do que uma simples barreira. Trata-se de um filtro que seleciona cuidadosamente o que pode entrar ou sair da célula e mantém diferenças importantes entre o interior e o exterior da célula.

O retículo endoplasmático possui uma estrutura de lâminas achatadas, sacos e tubos de membrana conectados uns aos outros, que se estendem através de todo o citoplasma da célula. O retículo endoplasmático granular (ou rugoso) é salpicado de ribossomos na face externa, sendo responsável pela síntese de proteínas. O retículo endoplasmático agranular (ou liso) é tubular e não possui ribossomos aderidos na sua face externa. Sua função principal é a síntese de lipídios.

Os vacúolos podem ocupar até 95% do volume celular Os vacúolos podem ocupar até 95% do volume celular. Servem de depósito para a estocagem de alimentos ou produtos tóxicos que serão excretados. São formados pela fusão de vesículas originárias do complexo de Golgi.

As mitocôndrias são as principais usinas de energia da célula eucariota. As mitocôndrias são responsáveis pelo processo de respiração celular, que é como uma combustão controlada em uma usina, liberando a energia contida em moléculas grandes e disponibilizando para o uso. As mitocôndrias possuem seu próprio material genético e tudo que precisam para fabricar muitas de suas proteínas, se reproduzindo independentemente dentro das células.

O complexo de Golgi é composto por um sistema de sacos e vesículas de forma achatada que realiza modificações nas moléculas produzidas pela célula, empacota-as e as distribui para o resto da célula e seu exterior.

Os lisossomos são de uma estrutura semelhante a dos vacúolos e possuem enzimas em seu interior responsáveis pela digestão intracelular.

Os cloroplastos trabalham na produção de moléculas ricas em energia, aproveitando a luz solar, o gás carbônico e a água ( processo de fotossíntese). Também possuem seu próprio material genético e tudo que precisam para fabricar muitas de suas proteínas.

O núcleo é a central de comando da célula O núcleo é a central de comando da célula. Ele é constituído por uma membrana dupla com poros, por onde entram proteínas e outras moléculas e saem moléculas carregando informações que vão ser decodificadas no citoplasma. Dentro dele está o genoma da célula, composto por material genético organizado por proteínas (a cromatina).

Célula Animal Todas as células têm um revestimento externo, chamado matriz extracelular. Ela desempenha funções como o reconhecimento entre as células, facilita a comunicação entre elas e também as mantém juntas, grudadas umas às outras.

Os centríolos são duas estruturas cilíndricas que estão próximos ao núcleo, cada um composto por nove trios de tubinhos (microtúbulos) que tem a função de organizar a divisão do material genético entre as células-filhas, durante a divisão celular. Eles também se duplicam pouco antes da divisão das células e são responsáveis pela organização e localização dos flagelos, estrutura de locomoção que é formada a partir deles.