Aula 1 - Conceitos básicos de instrumentação e controle

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IFTO ESTRUTURA DE DADOS AULA 05 Prof. Manoel Campos da Silva Filho
Advertisements

Instrumentação de Sistemas - INS
Tecnologia de Comando Numérico
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas Centro Superior de Educação Tecnológica Divisão de Telecomunicações Propagação de Ondas e Antenas Prof.Dr. Leonardo.
Controle Digital Prof. Cesar da Costa 1.a Aula – Variável de Processo.
Controle Digital - CDG Prof. Cesar da Costa
Amintas engenharia.
Material pedagógico Multiplicar x 5 Clica!
Vamos contar D U De 10 até 69 Professor Vaz Nunes 1999 (Ovar-Portugal). Nenhuns direitos reservados, excepto para fins comerciais. Por favor, não coloque.
Introdução à Programação usando Processing Programação Gráfica 2D Animações Exercício Animações 14/10/09 Bruno C. de Paula 2º Semestre 2009 > PUCPR >
14/10/09 Uma animação possui: Início; Passo; Fim; 1.
Exercício do Tangram Tangram é um quebra-cabeças chinês no qual, usando 7 peças deve-se construir formas geométricas.
1 INQUÉRITOS PEDAGÓGICOS 2º Semestre 2003/2004 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS OBTIDOS 1.Nº de RESPOSTAS ao inquérito 2003/2004 = (42,8%) 2.Comparação.
Sumário Bem ou serviço compósito = dinheiro Exercícios 2 Exercícios 3.
Sumário, aula 9 Elasticidade Elasticidade arco Elasticidade no ponto
Sumário, aula 10 Exercícios sobre elasticidade Elasticidade e despesa
Ludwig Krippahl, 2007 Programação para as Ciências Experimentais 2006/7 Teórica 9.
Modelos no Domínio do Tempo de Sistemas LTI Contínuos
PRINCÍPIOS DE CONTROLE - Semana1
Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial
ES723 - Dispositivos Eletromecânicos
Relações Adriano Joaquim de O Cruz ©2002 NCE/UFRJ
PERSPECTIVA CONCEITUAL
1. SINAIS Contém informações sobre uma variedade de coisas e atividades em nosso mundo físico. PROCESSAMENTO DE SINAIS Ato de extrair as informações necessárias.
TMA 01 Misturas Simples Diferenciação entre substâncias Puras e misturas simples Assume-se em geral que em misturas simples não existe reação Termodinamicamente.
FUNÇÃO MODULAR.
Análise da Oferta de Mercado
Mecânica dos Sólidos não Linear
Técnica de Contagem.
Provas de Concursos Anteriores
Secador de Ar por Refrigeração CPX
APRESENTAÇÃO Está prevista a utilização de 6 aulas (6 blocos de 90 minutos) para o ensino do Subtema das Funções Quadráticas. Todas as aulas servirão.
Hamburgo, Alemanha Definir o caminho que irá permitir a Lions Clubs International alcançar o seu potencial pleno como organização.
MECÂNICA - ESTÁTICA Cabos Cap. 7.
Festo Didactic - BR H510 Automação Hidráulica.
(CESPE/ Técnico Judiciário do TRT 17ª Região/ES) O Superior Tribunal de Justiça entende que o candidato aprovado em concurso público dentro do limite.
Conceitos e Definições – Parte 01
ME623 Planejamento e Pesquisa
7 Resultados de Medições Indiretas
6 Resultados de Medições Diretas
MECÂNICA - ESTÁTICA Vetores Forças Cap. 2.
MECÂNICA - DINÂMICA Cinemática de uma Partícula Cap Exercícios.
Oferta e Demanda A Curva de Oferta
2 Campo Elétrico Livro texto:
Coordenação Geral de Ensino da Faculdade
Medidas de posição  Estudando as distribuições de  frequência,  percebe-se que existe uma  posição de  concentração dos valores, que podem estar mais concentrados no início, no meio ou no 
Coordenação Geral de Ensino da Faculdade
Instrumentação Industrial
Deslocamentos e deformações
Introdução teórica A modulação em freqüência consiste na variação da freqüência da portadora proporcionalmente ao sinal de informação. Dado o sinal modulador.
Engenharia Ambiental – UNISUL Profa. Denise Esteves Moritz
Estudo dos Gases Prof. Fabio Costa.
Modelagem Estatística
Medidas Eletromagnéticas
Aspectos gerais da área de instrumentação
Irradiações 1- Definição 2- Mecânica da Irradiação
Aula 7 instrumentos digitais
Computação Gráfica Aula 3 Transformações Geométricas
MATRICIAL CONSULTORIA LTDA. PREFEITURA MUNICIPAL DE GARIBALDI 23/10/ : ATENÇÃO Os locais descritos nas planilhas anexas não correspondem ao total.
Estatística Aula 9 – 28/02/2011.
01. Conceitos Básicos e definições
Máquina de Turing Universal
Circuitos Combinacionais Exercícios 2 POSCOMP e ENADE
CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Módulo Compras Relatórios e Relações 1. Objetivo 2 Conhecer os relatórios e as relações do sistema disponibilizadas no módulo Compras.
Aula 6 Disciplina: Sistemas de Controle 1 - ET76H
Introdução aos Sistemas de Controle
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
Autor : Lênin Charqueiro. Pelotas,8 de março de
Transcrição da apresentação:

Aula 1 - Conceitos básicos de instrumentação e controle Prof.ª Patricia Pedroso Estevam Ribeiro Email: patriciapedrosoestevam@hotmail.com Portal do site do liceutec / Downloads / Apostila do Professor / Prof. Patricia / 02/08/2014

Ementa 1. Conceitos básicos de instrumentação e controle 2. Telemetria – Transmissão em Instrumentação 3. Variáveis do processo 3.1. Medição de Pressão 3.2. Medição de Nível 3.3. Medição de Vazão 3.4. Medição de Temperatura 3.5. Medição de Variáveis Diferenciadas

Bibliografia Básica 1. DUNN. W. C. Fundamentals of. Industrial Instrumentation and Process Control. McGraw-Hill. 2005. 2. DeSá, Douglas O. J. Applied Technology and Instrumentation for Process Control. New York: Taylor & Francis, 2004. Taylor & Francis. 2004.

Critérios de avaliação Duas provas e listas de exercícios em sala de aula. onde: Cada prova valerá 70% da nota e as lista de exercícios 30% da nota para cada bimestre. Média = (1º Prova + 2º Prova)/2

Introdução Instrumentação A Instrumentação é a ciência que aplica e desenvolve técnicas de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis físicas em equipamentos nos processos industriais.

Introdução O uso de instrumentos em processos industriais visa: A obtenção de produtos de melhor qualidade com menor custo e menor tempo. Aumentar a produção e o rendimento. Obter e fornecer dados seguros da matéria prima e quantidade produzida.

Introdução O uso de instrumentos em processos industriais visa: Reduzir a agressão ao meio ambiente. Substituir o homem em tarefas repetitivas afastando-o, também, de ambientes agressivos.

Introdução A utilização de instrumentos nos permite: Incrementar e controlar a qualidade do produto; Aumentar a produção e o rendimento; Obter e fornecer dados seguros da matéria prima e quantidade produzida além de ter em mãos dados relativos à economia dos processos.

Introdução Aplicações de Instrumentação e Controle na Indústria:

Conceitos básicos de instrumentação e controle Definições: Planta: Uma planta é um conjunto de equipamentos que funcionam conjuntamente objetivando um produto final.

Introdução Definições: Processo: É toda operação ou sequência de operações unitárias que envolvam uma ou mais alterações (físicas, químicas ou biológicas) na substância em tratamento e que resultará num produto final desejado. Um processo pode ser simples, como um bombeamento de água ou pode ser complexo, como a produção de gasolina por destilação da mistura de produtos químicos do óleo cru.”

Introdução Exemplo: De uma processo de destilação

Elementos de uma malha de controle Controle de Processo: Para produzir um produto com qualidade consistentemente alta, um controle de processo adequado é necessário. A figura a seguinte demostra um exemplo de controle de processo de fácil compreensão para o fornecimento de água a uma série de estações de tratamento, onde a temperatura da água deve ser mantida constante, independentemente da demanda.

Elementos de uma malha de controle Controle de Processo: Figura- Controle de processo (a) Controle manual envolvendo uma malha de processo em um trocador de calor simples. (b) Controle automático envolvendo uma malha de processo em um trocador de calor.

Classificação dos instrumentos Há vários métodos de classificação dos instrumentos de medição. Função Sinal transmitido ou suprimento Tipo de sinal

Classificação dos instrumentos Função: Os instrumentos podem estar interligados entre si para realizar uma determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos chama-se malha e em uma malha cada instrumento executa uma função.

Classificação dos instrumentos Sinal transmitido ou suprimento: Os instrumentos podem ser agrupados conforme o tipo de sinal transmitido ou o seu suprimento. Tipo de sinal: Tipo pneumático Tipo Hidráulico Tipo elétrico Tipo Digital Via Rádio Via Modem

Variáveis de Controle São grandezas físicas ou químicas que podem alterar seu valor com o tempo, as quais podem ser mensuráveis. Em princípio, qualquer variável de processo que venha a produzir um movimento ou uma força, poderá ser detectada por instrumentos.

Variáveis de Controle Variáveis de processo mais importantes: Pressão, temperatura, vazão, nível, umidade, velocidade, tensão, etc. A partir do controle dessas variáveis se consegue o controle da composição do produto final. As variáveis de controle são classificadas em: –Medida, controlada ou de processo (PV); –Manipulada (MV); – Aleatórias ou distúrbios.

Variável de Processo (Medida) – PV: É a variável mantida dentro de um valor desejado ou entre valores pré-determinados pelo processo. Às vezes, se mede uma variável indiretamente, por meio da medição de outra variável. Para toda variável controlada, possuímos um meio controlado. Meio controlado é a energia ou material que está contida na variável controlada. A figura a seguir demostra o processo de um meio controlado, que é a mistura (A+B).

Variável de Processo (Medida) - PV

Variável Manipulada - MV É uma variável de entrada do processo, que sofrerá modificações para manter a variável controlada no valor desejado.

Variável Manipulada - MV Para toda variável manipulada, possuímos um agente de controle, que, no caso do aquecimento da mistura (A+B) no exemplo de destilação, é o vapor. A maioria das variáveis manipuladas é a vazão de um fluido, que passa através da válvula.

Variáveis Aleatórias ou Distúrbio São todas as variáveis que o processo possui, que não são medidas, controladas e manipuladas, mas que afetam a estabilidade da variável controlada.

Variáveis Aleatórias ou Distúrbio Esses distúrbios podem ocorrer: na entrada do processo; na saída do processo.

Variáveis Aleatórias ou Distúrbio São também considerados distúrbios do processo: condições de operação; condições ambientais; desgaste dos equipamentos e dos instrumentos; falha de equipamentos; fenômenos internos ao processo, como reações, endotérmicas e exotérmicas.

Malha de Controle

Malha de Controle Fechada - Manual

Malha de Controle Fechada - Manual O controle manual não permite a eliminação do erro, resultando em uma amplitude de variação excessiva do valor da variável que se deseja controlar

Malha de Controle Fechada - Automática

Malha de Controle Fechada - Automática As tarefas de controle, antes executadas pelo homem, foram substituídas por instrumentos com funções pré-determinadas. Melhor desempenho que o manual.

Malha de Controle Fechada - Automática O controle automático permite através de sua ação a redução do erro, com um tempo de atuação e precisão impossíveis de se obter no controle manual.

Malha de Controle Fechada - Automática Justificativas e objetivos do controle automático: Conseguir uniformidade na qualidade do produto final, ou seja, os produtos finais estarão dentro das especificações previstas; Reduzir a quantidade de perdas; Diminuir os custos de energia gasta e as quantidades de matérias primas; Diminuir o tempo de processo parado;

Malha de Controle Fechada - Automática Justificativas e objetivos do controle automático: Aumentar a segurança do pessoal de operação; Proteger também os equipamentos, tais como bombas e caldeiras; Conseguir resultados impossíveis de serem conseguidos por controle manual, por envolverem processos muito rápidos, de alta precisão, radioativos, tóxicos, explosivos, etc.

Malha de Controle Fechada - Automática Os processos que mais utilizam o controle automático são: químico, petroquímico, petróleo, borracha, plásticos, fibras têxteis, medicamentos, cosméticos, celulose e papel, cimento, fertilizantes, mineração, metalurgia, gases industriais (oxigênio, hélio, nitrogênio, hidrogênio e gases nobres).

Terminologia e simbologia

Terminologia Faixa de indicação (FI) A faixa de indicação (FI) é o intervalo entre o menor e maior valor que o dispositivo mostrador do Sistema de Medição teria condições de apresentar como indicação direta (ou indicação). Nos medidores de indicação analógica a FI corresponde ao intervalo limitado pelos valores extremos da escala. Exemplos de faixas de indicação: Termômetro: 700 a 1200°C Contador: 5 dígitos (isto é, 99999 pulsos) Voltímetro: ± 1,999 V (isto é, ± 3 ½ dígitos)

Terminologia Faixa de indicação (FI) Quando o mesmo sistema de medição permite que várias faixas de medição sejam selecionadas através da ação de controles do Sistema de Medição, isto é, em seu mostrador estão presentes várias escalas, sendo que apenas uma é selecionada ativa a cada momento, cada uma destas faixas é denominada de faixa nominal.

Terminologia Faixa de medição (FM) – range É o conjunto de valores de um mensurando para o qual admite-se que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro de limites especificados. Exemplos: Termômetro: FM = -50 a 280 °C Medidor de deslocamento: FM = ± 50 mm (ou FM = - 50 a + 50 mm) A faixa de medição é menor ou, no máximo, igual a faixa de indicação.

Terminologia Amplitude da Faixa Nominal – span Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal. Exemplo: para uma faixa nominal de -10V a +10V a amplitude da faixa nominal é 20V. Observação: Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.

Terminologia Precisão Variabilidade dos resultados de medições sucessivas.

Terminologia Exatidão de Medição Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro convencional. Popularmente é a aproximação a um valor teórico.

Terminologia EXATIDÃO e PRECISÃO são conceitos que não podem ser atribuídos individualmente a algum fator, tais como, à uma máquina, operador ou condição ambiental. Estes conceitos somente podem ser relacionados ao conjunto destes fatores, que são os PROCESSOS. A exatidão pode ser descrita de três maneiras: Percentual do Fundo de Escala (% do F.E.) Percentual do Span (% do Span) Percentual do Valor Lido (% do V.L.)

Terminologia Exemplo: Para um sensor de temperatura com range de 50°C a 250°C e valor medido 100°C determine o intervalo provável do valor real para as seguintes condições: Exatidão de 1% do Fundo de Escala Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 250) = 100,0°C ± 2,5°C Exatidão de 1% do Span Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 200) = 100,0°C ± 2,0°C Exatidão 1% do Valor Lido (Instantâneo) Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 100) = 100,0°C ± 1,0°C

Terminologia Rangeabilidade (Largura de Faixa) - É a relação entre o valor máximo e o valor mínimo, lidos com a mesma exatidão na escala de um instrumento. Exemplo: Para um sensor de vazão cuja escala é 0 a 300 GPM (galões por minuto), com exatidão de 1% do span e rangeabilidade 10:1, significa que a exatidão será respeitada entre 30 e 300 GPM.

Terminologia Histerese

Terminologia Sensibilidade

Terminologia Resolução

Terminologia Linearidade

Terminologia Resposta em frequência