MODERNISMO PRIMEIRA FASE

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Transcrição da apresentação:

MODERNISMO PRIMEIRA FASE Professora: Amanda Magalhães

MODERNISMO – PRIMEIRA FASE 1922 A 1930 CARACTERÍSTICAS

ROMPIMENTO COM TODAS AS ESTRUTURAS DO PASSADO CARÁTER ANÁRQUICO E DESTRUIDOR BUSCA DO MODERNO, DO ORIGINAL E DO POLÊMICO VOLTA ÀS ORIGENS DO PAÍS PROCURA DE UMA “LÍNGUA BRASILEIRA”

PARÓDIAS, HUMOR VALORIZAÇÃO DO ÍNDIO VERDADEIRAMENTE BRASILEIRO DUAS VERTENTES DO NACIONALISMO: DE UM LADO, O CRÍTICO, LIDERADO POR OSWALD DE ANDRADE; POR OUTRO, UM NACIONALISMO UFANISTA, LIDERADO POR PLÍNIO SALGADO

LIBERDADE FORMAL (VERSOS LIVRES E BRANCOS) POEMA-PÍLULA TEMAS LIGADOS AO COTIDIANO O ESPAÇO URBANO

PRINCIPAIS OBRAS E REPRESENTANTES MÁRIO DE ANDRADE “Eu sou um escritor difícil  Que a muita gente enquisila,  Porém essa culpa é fácil  De se acabar de uma vez:  E só tirar a cortina  Que entra luz nesta escuridez.” (A Costela de Grão Cão)

EU SOU TREZENTOS... Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, As sensações renascem de si mesmas sem repouso, Ôh espelhos, ôh ! Pirineus ! Ôh caiçaras ! Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro ! Abraço no meu leito as milhores palavras, E os suspiros que dou são violinos alheios; Eu piso a terra como quem descobre a furto Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos ! Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, Mas um dia afinal toparei comigo... Tenhamos paciência, andorinhas curtas, Só o esquecimento é que condensa, E então minha alma servirá de abrigo. Mário de Andrade

DESCOBRIMENTO Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! muito longe de mim Na escuridão ativa da noite que caiu Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos, Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu. Mário de Andrade

HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA POESIA HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA PAULICÉIA DESVAIRADA CLÃ DO JABUTI REMATE DE MALES LIRA PAULISTANA

PROSA AMAR, VERBO INTRANSITIVO MACUNAÍMA

TARSILA DO AMARAL O BATIZADO DE MACUNAÍMA

ALDEMIR MARTINS, “MACUNAÍMA, 1982”

OSWALD DE ANDRADE POESIA: PAU-BRASL CÂNTICO DOS CÂNTICOS PARA FLAUTA E VIOLÃO

MANUEL BANDEIRA

Pardalzinho O pardalzinho nasceu Livre. Quebraram-lhe a asa Pardalzinho O pardalzinho nasceu Livre. Quebraram-lhe a asa. Sacha lhe deu uma casa, Água, comida e carinhos. Foram cuidados em vão: A casa era uma prisão, O pardalzinho morreu. O corpo Sacha enterrou No jardim; a alma, essa voou Para o céu dos passarinhos! Petrópolis, 10-3-1943

Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.  

TREM DE FERRO Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho Da ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! Oô... (café com pão é muito bom) Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força (trem de ferro, trem de ferro)  

Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matar minha sede Oô... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... (trem de ferro, trem de ferro) (Manuel Bandeira in "Estrela da Manhã" 1936)

O último poema Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.  

LIBERTINAGEM ASPECTO FORMAL ALCANÇO DA MATURIDADE NA LINGUAGEM LINGUAGEM COLOQUIAL VERSO LIVRE

TEMÁTICA ASPECTO AUTOBRIOGRÁFICO PRESENÇA DO COTIDIANO METALINGUAGEM SAUDOSISMO

ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO PROSA BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA LARANJA DA CHINA

CARACTERÍSTICAS DA OBRA BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA ONZE CONTOS CARACTERIZADOS COMO NOTÍCIAS LINGUAGEM CONCISA FLASHES CINEMATOGRÁFICOS PERSONAGENS ÍTALO-BRASILEIRAS COSTUMES DE IMIGRANTES ITALIANOS QUE INFLUENCIARÃO A CULTURA PAULISTANA NARRATIVA ISENTA DE DESCRIÇÕES

DIVULGAÇÃO DAS NOVAS IDÉIAS LANÇADAS NA SEMANA REVISTAS: KLAXON (São Paulo) Festa (Rio de Janeiro) A Revista (Belo Horizonte) Manifestos: Manifesto da poesia Pau-Brasil Manifesto antropófago Manifesto regionalista de Recife Manifesto nhenguaçu verde-amarelo Escola de Anta

Estrada de Ferro Central do Brasil, 1924

MANIFESTO PAU-BRASIL (...) A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. Uma sugestão de Blaise Cendrars : - Tendes as locomotivas cheias, ides partir. Um negro gira a manivela do desvio rotativo em que estais. O menor descuido vos fará partir na direção oposta ao vosso destino. Contra o gabinetismo, a prática culta da vida. Engenheiros em vez de jurisconsultos, perdidos como chineses na genealogia das idéias. A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos. Não há luta na terra de vocações acadêmicas. Há só fardas. Os futuristas e os outros. Uma única luta - a luta pelo caminho. Dividamos: Poesia de importação. E a Poesia Pau-Brasil, deexportação.(...)

MANIFESTO ANTROPOFÁGICO Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago. Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa. O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.

Filhos do sol, mãe dos viventes Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande. Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil. Uma consciência participante, uma rítmica religiosa. Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar. Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem...”