EPIDEMIOLOGIA Colocar Umbrela Corporation ao fundo.

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Transcrição da apresentação:

EPIDEMIOLOGIA Colocar Umbrela Corporation ao fundo

Saúde e Doença 1) Conceito de Saúde Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. (OMS) 2) Doença Distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo que está associado a sinais e sintomas específicos. Resulta de consciência da perda da homeostasia de um organismo vivo, total ou parcial, estado este que pode ocorrer devido a infecções, inflamações, isquemias, modificações genéticas, seqüelas de trauma, hemorragias, neoplasias ou disfunções orgânicas. Conceito Bio-Psico-Social: Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o metabolismo, etc.; Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.; Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc. Principais determinantes da saúde (OMS): ambiente social e econômico, o ambiente físico e as características e comportamentos individuais da pessoa.

Saúde e Doença 3) Tipos de Doenças 3.1) Doenças Infecto-Contagiosas ou Doenças Infecciosas e Parasitárias São causadas por agentes infecciosos, como os vírus, viróides e príons, por microorganismos como as bactérias, os protozoários, por vermes, por artrópodes como as carraças, ácaros, pulgas e piolhos, por fungos e por outros macroparasitas. 3.2) Doenças Crônico-Degenerativas ou Doenças Crônicas Não Transmissíveis Doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. Determinantes sociais das DCNT Fatores não modificáveis: Sexo, Genética, Idade. Fatores de risco modificáveis: Tabagismo, Alimentação não saudável, Uso nocivo de álcool, Inatividade física. 3.3) Doenças Psicológicas, Psiquiátricas e Psico-somáticas São distúrbios de origem mental, que podem ter consequências somáticas. Derivam de inúmeros fatores. Mais comuns: Depressão, Distúrbio de Ansiedade Generalizado, Distúrbio do Pânico, Transtorno Bipolar, Esquizofrenia, Transtorno Obssessivo-Compulsivo, Anorexia, Bulimia, Estresse, Orterexia, Vigorexia, etc. 3.4) Erros Inatos de Metabolismo ou Doenças Genéticas São distúrbios de natureza genética devido à falta ou excesso na síntese de uma proteína ou enzima. Albinismo, Fenilcetonúria, Alcaptonúria etc.

Exemplo: Malária na região Norte do Brasil Endemia É a presença constante de uma doença ou de um agente infeccioso em determinada área geográfica (Organização Pan-americana de Saúde, 1992). Exemplo: Malária na região Norte do Brasil

Exemplo: Dengue no centro-oeste em meses de maior incidência de chuvas Epidemia Denominação da ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo (ROUQUAYROL, 1993) Exemplo: Dengue no centro-oeste em meses de maior incidência de chuvas

Exemplo: AIDS, tuberculose, etc. Pandemia Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações (ROUQUAYROL, 1993) Exemplo: AIDS, tuberculose, etc.

Mortalidade por Poliomielite Período Endêmico Período Epidêmico

Índices Epidemiológicos Prevalência Nº. total de casos de uma doença num período de tempo ou numa população. Ex: 5176 casos de tuberculose/2014 em Goiânia Incidência Nº. de casos novos de uma doença num certo período de tempo. Ex: 223 casos novos de tuberculose/dezembro 2014/Goiânia

Índices Epidemiológicos Mortalidade Nº. óbitos / população. EX: Raiva = 1/1.000.000 habitantes Letalidade Nº. de óbitos / nº. casos da doença. Ex: 100% para raiva, 30% para tuberculose

Glossário Epidemiológico Agente etiológico: é o causador ou responsável pela doença. Infecção: é a penetração e desenvolvimento, ou multiplicação de um agente infeccioso no homem ou animal. Reservatório: é um animal ou local que mantém um agente infeccioso na natureza.

Vetor Vetor biológico: é o hospedeiro onde o parasita desenvolve parte do seu ciclo evolutivo, possibilitando a transmissão para novo hospedeiro. Caracteriza-se pelo caráter de obrigatoriedade para sua sobrevivência ou aumento da densidade populacional do parasito. Pode-se dizer que os microrganismos desenvolvem obrigatoriamente neste vetor fase do ciclo, antes de serem disseminados no ambiente, ou transportados para novo hospedeiro. Vetor mecânico: é o organismo que pode se contaminar com formas infectantes do parasito, transportando-os mecanicamente para determinado hospedeiro. Neste caso o vetor participa apenas como carreador de agentes infecciosos, sendo que estes não sofrem qualquer modificação no interior do seu organismo.

Matemática relacionada à transmissão de doenças. Epidemiologia Moderna: Matemática relacionada à transmissão de doenças.

Objetivos da Epidemiologia Moderna: Determinar e isolar o agente etiológico (causador da doença). Estudo da Forma de Transmissão: Direta (Contato – água, alimentos, ar, etc). Indireta (Vetor - Biológico ou Mecânico). Patogenicidade – habilidade de um agente infeccioso provocar lesões.

R-Zero ou Multiplicador da Doença Número médio de indivíduos que podem contrair a doença a partir de cada pessoa infectada. Varia conforme a doença.

Exemplo 1: AIDS 20/02/1953 30/03/1984 “Paciente zero” na América – Gaetan Dugas, um comissário de bordo da Canadian Air Lines. Homossexual extrema-mente promíscuo (lem-brem-se que estamos falando da época pré-AIDS) Morreu em 1984 – Falência renal associada à imunodeficiência

Dugas SF4 ST1 SF5 CH1 ST2 SF1 TX1 CH2 SL1 TX2 CH3 SF2 SL2 BS1 NM2 NM1 LV1 OK1 BS2 LV3 OK2 LV2 BS3 SF – San Francisco / NM –Novo México / OK – Oklahoma / TX – Texas LV – Las Vegas / BS – Boston / CH - Chicago

O caso da AIDS Se um portador de HIV tem 3 parceiros sexuais, ele contaminará 3 outras pessoas. Se cada um deles tem apenas outros 3 parceiros, além do parceiro transmissor, no final das contas (e se ninguém morrer), só nessa primeira etapa, teremos 13 contaminados. Seguiremos este padrão para 10 etapas.

Observando uma variação de SEIS MESES entre cada etapa, teremos: 1 indivíduo 1 + 3 (31) = 4 indivíduos 1 + 3 + 9 (32) = 13 indivíduos 1+ 3 + 9 + 27 (33) = 40 indivíduos 1+3+9+27+81 (34) = 121 indivíduos 1+3+9+27+81+243 (35) = 364 indivíduos 1+3+9+27+81+243+729 (36) = 1093 indivíduos 1+3+9+27+81+243+729+2187 (37) = 3280 indivíduos 1+3+9+27+81+243+729+2187+6561 (38) = 9841 indivíduos 1+3+9+27+81+243+729+2187+6561+19683 (39) = 27794 indivíduos

Partindo da premissa que cada infectado transmite a doença para APENAS outros 3 indivíduos em um tempo de 6 meses, teremos em 54 meses, ou 4,5 anos ( 9 intervalos de tempo de 6 meses cada) um total de 27.794 indivíduos infectados e possíveis transmissores. Obs  partimos do pressuposto que NENHUM dos indivíduos morreu nesse intervalo de tempo.

Esses cálculos correspondem à realidade? NÃO!

Por que? Um indivíduo pode contaminar muito mais do que apenas 3 outros. Então, a situação real é muito pior do que a calculada por nós (lembramos que a AIDS demoooooora para manifestar sintomas, e nesse período assin-tomático, o indivíduo pode contaminar outros...)

Os sintomas manifestam-se rapidamente. Exemplo 02: Gripe O contágio é direto (pessoa a pessoa). Os sintomas manifestam-se rapidamente.

Vamos imaginar um caso semelhante à Gripe Espanhola (1918-1919), em que o paciente morria devido à doença (mas antes contaminava muita gente, pois no período assintomático, ele era transmissor).

Vítima da Gripe Espanhola morta em 1918, enterrada no permafrost do Alasca e desenterrada em 1997 por Johan Hultin e Jeffrey Taubenberger, que conseguiram recuperar o vírus.

Gripe espanhola Supondo que um indivíduo, após contrair essa doença, venha a óbito em um mês e que nesse período, ele transmita-a para 10 outros indivíduos, teremos o seguinte modelo matemático:

Observando uma variação de UM MÊS entre cada etapa, teremos: Um indivíduo (100) 10 indivíduos (101) 100 indivíduos (102) 1.000 indivíduos (103) 10.000 indivíduos (104) 100.000 indivíduos (105) 1.000.000 indivíduos (106) 10.000.000 indivíduos (107) 100.000.000 indivíduos (108) 1.000.000.000 indivíduos (109) Neste caso, a seqüência de termos constitui uma progressão geométrica de primeiro termo 1 e razão 10.

Esse é um exemplo que pode ser real? Sim!

Então... Podemos concluir que a dissemi-nação de uma doença segue um padrão matemático. Cada paciente pode transmitir a doença para um número X de pessoas. Dependendo da forma de contágio, o X varia...cada doença tem uma média diferente de contágio.

Continuando... Doenças de contágio direto (Gripe) são mais facilmente disseminadas do que uma doença sexualmente transmissível (AIDS) ou transmitida por vetor biológico (Dengue).

Lembramos que... Casos extremos! A Seleção Natural não elimina TODOS os indivíduos... Qualquer doença pode ser contida (nem que seja fazendo o isolamento TOTAL dos pacientes – o que ocorreu com o surto de Ebola no Zaire em 1996 e com a Pneumonia Asiática na China em 2002) Casos extremos!

E segura na mão de Deus e vai!!! Bom final de semana e bom estudo! E segura na mão de Deus e vai!!!