Diretrizes e Estratégias para a Modernização de Coleções botânicas brasileiras: Infra-estrutura, capacitação e gestão da informação Leonor Costa Maia leonormaia@botanica.org.br Mariângela Menezes mmenezes@mn.ufrj.br Ariane Luna Peixoto ariane@jbrj.gov.br Maria Regina Barbosa mregina@dse.ufpb.br

Documentos Temáticos 1.Sistemática: tendências e desenvolvimento, incluindo impedimentos para o avanço do conhecimento na área 2.Coleções de plantas avasculares e fungos como base de conhecimento para a diversidade biológica brasileira: uma reavaliação 3.Coleções de plantas vasculares: diagnóstico, desafios e estratégias de desenvolvimento 4.Herbários Virtuais: Conceitos, estado da arte, usos e recomendações. 5.Xilotecas brasileiras: diagnóstico e perspectivas 6.Flora do Brasil: diagnóstico e estratégias para sua consolidação 7.Bancos brasileiros de DNA

Coordenação : Ariane Luna Peixoto Autores dos documentos Ana Odete Santos Vieira (UEL) Ariane Luna Peixoto (JBRJ) Carlos Eduardo de Mattos Bicudo (IBSP) Cassio van den Berg (UEFS) Cláudia Franca Barros (JBRJ) Denise Pinheiro da Costa (JBRJ) José Rubens Pirani (USP) Leonor Costa Maia (UFPE) Maria Regina de V. Barbosa (UFPB) Mariângela Menezes (MN/UFRJ) Mike Hopkins (UFRA) Vera Rauber Coradin (IBAMA) William Wayt Thomas (NYBG)

Distribuição Mundial de Espécies de Plantas Vasculares

Diversidade de Plantas Neotropicais

Coleções Botânicas Brasileiras 144 herbários 10 didáticos 5 em implantaçao 4 sem informações atualizadas 125 ativos (87 no Index Herbariorum) 23 Fieis depositários 27 Xilotecas A maior parte vinculadas a herbários

Tamanho do acervo 81,6% dos herbários até 50 mil espécimes 58 até 10 mil exemplares 12 de 10 a 20 mil 11 de 20 a 30 mil 9 de 30 a 40 mil 5 de 40 a 50 mil 18,4% (25) com mais de 50 mil espécimes 16 (12%) mais de 100 mil espécimes 70 mil amostras de madeiras em xilotecas (a maior do mundo tem 105 mil)

Espécimes herborizados Evolução do acervo dos herbários brasileiros nas diferentes regiões geográficas do país   Região Área total Espécimes herborizados Espécie/Km2 Especialistas Espécimes/ geográfica (Km2) crescimento % especialistas 1998 * 2004 Norte 3 851 560,4 548.692/ 616.421 0,14 0,16 43 14335 12,5% Nordeste 1 556 001,1 490.603/ 639.037 0,31 0,41 61 10476 24,3% Sudeste 924 266,3 1.913.355/ 2.290.350 2,07 2,47 170 13472 16,1% Sul 575 316,2 898.467 1.083.085 1,56 1,89 73 14836 17,6% Centro-Oeste 1 604 852,3 336.037/ 438.45 0.21 0,27 30 14615 22,2% BRASIL 8 511 996,3 4.187.154 5.067.343 0,49 0,60 377/503 10074 18,33% 33,4%

Número de botânicos por 10.000 km2 (fonte: Index Herbariorum 2002)

Número de pesquisadores na área de taxonomia/sistemática botânica, ordenado por grupos de organismos e titulação (fonte: www.cnpq.br) Doutor Mestre Graduação e Especialistas Total Angiospermas 140 72 34 246 Gimnospermas 2 1 3 Pteridófitas 13 6 5 24 Briófitas 7 8 17 Algas 84 33 44 161 Fungos 9 41 270 128 94 492

Programas de Pós-Graduação em Botânica no país (fonte: www.capes.gov.br) BIODIVERSIDADE VEGETAL E MEIO AMBIENTE IBT SP M/D BIOLOGIA DE FUNGOS UFPE PE BIOLOGIA VEGETAL UFMG MG UNICAMP BIOTECNOLOGIA VEGETAL UFRJ RJ BOTÂNICA UEFS BA UnB DF M UFV UFRPE UFPR PR JBRJ UFRGS RS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS UFRA PA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BIOLOGIA VEGETAL) UNESP/RC CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BOTÂNICA) INPA AM USP UNESP/BOT UFSC SC UEL

Distribuição dos 21 Programas de Pós-Graduação em Botânica no país, por região geográfica (fonte: www.capes.gov.br)

Distribuição dos Programas de Pós-Graduação no país, por subárea de conhecimento (fonte: www.capes.gov.br)

Os Programas de Pós-Graduação em Botânica, no ano de 2003, englobavam: 380 docentes (doutores e sem dupla contagem) 149 em Taxonomia vegetal Angiospermas – 65 Pteridófitas - 4 Briófitas – 4 Algas – 38 Fungos – 38 143 docentes mantêm vínculo institucional, seis são aposentados 84 são bolsistas em produtividade do CNPq 1010 discentes (497 mestrandos e 513 doutorandos). Titulados em 2003 - 115 mestres e 92 doutores

Artigos sobre taxonomia de angiospermas publicados em revistas indexadas (fonte: www.cnpq.br) Legenda: AI= Qualis A Internacional; AN= Qualis A Nacional; BI = Qualis B Internacional; BN = Qualis B Nacional; CI = Qualis C Internacional; CN = Qualis C Nacional; S/C = Sem Classificação.

Artigos sobre taxonomia de pteridófitas publicados em revistas indexadas (fonte: www.cnpq.br). Legenda: AI= Qualis A Internacional; NA= Qualis A Nacional; BI = Qualis B Internacional; BN = Qualis B Nacional; CI = Qualis C Internacional; CN = Qualis C Nacional; S/C = Sem Classificação.

Artigos sobre taxonomia de briófitas publicados em revistas indexadas (fonte: www.cnpq.br). Legenda: AN= Qualis A Nacional; BI = Qualis B Internacional BN = Qualis B Nacional; CL = Qualis C Local; S/C = Sem Classificação.

Artigos sobre taxonomia de algas publicados em revistas indexadas (fonte: www.cnpq.br). Legenda: AI= Qualis A Internacional; AN= Qualis A Nacional; BI = Qualis B Internacional BN = Qualis B Nacional; CI = Qualis C Internacional; CN = Qualis C Nacional; S/C = Sem Classificação.

Artigos sobre taxonomia de fungos em revistas indexadas (fonte: www.cnpq.br) Legenda:AI= Qualis A Internacional. NA= Qualis A Nacional; BI = Qualis B Internacional; BN = Qualis B Nacional; CI = Qualis C Internacional; CN = Qualis C Nacional; S/C = Sem Classificação.

Capacitação de recursos humanos CAPES 2001 2002 2003 2004 DS Mestrado e Doutorado 1.317,36 1.450,48 1.712,68 1.924,64 PIDCT 561,24 501,92 305,68 177,57 *Valores em mil reais

Capacitação de recursos humanos CNPQ 2001 2002 2003 Bolsa de Iniciação Científica 135.004 205.042 232.574 Bolsa de Iniciação Científica/PIBIC 554.024 587.111 573.103 Bolsa de Mestrado 536.145 499.919 544.115 Bolsa de Doutorado 973.111 823.980 1.100.785 Bolsa de Pós-doutorado país 19.967 53.245 75.431 Bolsa de Pós-doutorado exterior 4.767 79.357 101.355 Bolsa de Recém-doutor 70.416 172.230 152.573 Bolsa de Desenv. Regional 279.360 138.829 156.775 Bolsa de Apoio Técnico a Pesquisa 594.179 356.447 448.294 Bolsa de Produtividade em Pesquisa 428.835 149.302 398.794 *Valores em mil reais

Informatização dos Acervos 1998 - lenta e desordenada (Peixoto & Barbosa, 1998) 2002 52% com mais da metade ou com o acervo totalmente informatizado. 37% iniciaram o processo ou estão com menos da metade do acervo informatizado (grandes herbarios) 11% sequer iniciaram o processo de informatização. Os herbários da região Norte estão mais avançados Os herbários informatizados a mais tempo são os herbários de médio e pequeno porte. BRAHMS é atualmente o programa mais utilizado no país.

Avanços no Conhecimento O exemplo do Checklist das Plantas do Nordeste Famílias 1996 2005* Incremento % Asteraceae 329 557 69% Fabaceae 482 549 14% Poaceae* 580 528 Rubiaceae 277 377 36% Caesalpiniaceae 344 360 5% Mimosaceae 302 357 18% Euphorbiaceae 295 343 16% Melastomataceae 213 298 40% Bromeliaceae 90 260 189% Orchidaceae 153 226 48% Cyperaceae 197 212 8% Myrtaceae* 220 192 Bignoniaceae 139 191 37% Malpighiaceae 104 168 61% Apocynaceae 126 136 6941 9856 42%

Ampliar e modernizar as coleções botânicas do país Modernização do gerenciamento dos herbários brasileiros   Melhoria na infra-estrutura e ampliação da capacidade instalada  Garantia de recursos mínimos para curadoria, manutenção e segurança das coleções associadas (xilotecas, bancos de DNA, etc.)  Diversificação e aprimoramento dos acervos  Ampliar a representatividade da flora e micota brasileiras nas coleções  Melhorar qualidade das identificações e informações geradas nos herbários

Formar recursos humanos capacitados Capacitação de pessoal para a lida com os acervos Estabelecimento de projetos institucionais e interinstitucionais que estimulem a coleta e dinamização dos acervos  Ampliação do número de taxonomistas e sua absorção pelas instituições  Formação de especialistas em anatomia de madeira  Formação de pessoal técnico especializado nas atividades de curadoria de herbarios e coleções associadas 

Informatizar e gerenciar a informação Fortalecimento da Rede Brasileira de Herbários, ampliando as suas atividades Disponibilização de informações sobre herbários e seus acervos   Implementação de um Herbário Virtual Nacional Implantação da Rede Brasileira de Xilotecas. 

125.897.990,00 AÇÕES 3 anos 5 anos 10 anos VALOR TOTAL (R$) Informatização dos acervos 996.000,00 964,00 1.660,00 3.620.000,00 Equipamentos de informática 516.030,00 344.020 860.050,00 1.720.100,00 Adequação de infra-estrutura (obras, climatização, armários, prevenção de incêndios) 3.840.000,00 2.560.000,00 6.400.000,00 12.800.000,00 Equipamentos p/pesquisa 3.540.000,00 Literatura taxonômica 320.000,00 Visitas de especialistas 98.721,00 65.814,00 164.535,00 329.070,00 Coletas 2.160.000,00 1.440.000,00 3.600.000,00 7.200.000,00 Repatria mento de tipos 360.000,00 1.080.000,00 2.880.000,00 Capacitação de técnicos 25.000,00 R$ 25.000,00 75.000,00 Programa treinamento básico em taxonomia 82.500,00 Programa de bolsas (em diferentes níveis) para formação de taxonomistas 91.684.320,00 Workshop para fortalecimento da Rede Brasileira de Herbários 36.000,00 Workshops regionais Construção de “home page” para coleções Implantação do Herbário Virtual 450.000,00 300.000,00 750.000,00 1.500.000,00 TOTAL 125.897.990,00