Conseqüências das Mudanças climáticas na Região Costeira da Mata Atlântica A sociedade enfrenta, atualmente, impactos profundos decorrentes do modelo de.

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Transcrição da apresentação:

Conseqüências das Mudanças climáticas na Região Costeira da Mata Atlântica A sociedade enfrenta, atualmente, impactos profundos decorrentes do modelo de desenvolvimento adotado, do intenso processo de globalização, e de padrão de consumo, com consequências para o meio ambiente e a população, tais como forte e ampla degradação dos recursos naturais, poluição atmosférica, mudanças climáticas, profundas crises econômicas, que afetam os indivíduos e a coletividade, com desdobramentos políticos, sociais, culturais … Não é possível evitar o fenômeno, pois ele está instalado em função do acúmulo já existente de gases estufa na atmosfera. O que podemos alterar é sua radicalidade, caso consigamos emitir menos, atuando sobre os fatores de geração de emissões de gás. Se formos muito eficazes, conseguiremos (nós, a humanidade) que o clima fique mais quente uns 2 graus centígrados, “apenas” .

Cenário Natural do Brasil O Brasil detém uma das mais extensas zonas costeiras e maiores áreas de manguezais do mundo,contendo inúmeros estuários e regiões de pradarias de plantas submersas, população concentrada na faixa litorânea e altas taxas de crescimento econômico nestas áreas. Tradicionalmente famoso por quase não ser acometido por desastres como terremotos, maremotos, tufões e tornados, vem mudando recentemente, desde que se registrou no mundo que a temperatura global tem aumentado, em função das mudanças climáticas. Hoje, principalmente no verão, já é realidade ocorrências como enchentes de grandes proporções, que terminam em deslizamentos de terra, inundação de cidades e, não só com perdas materiais, mas registram-se mortes e vê-se famílias inteiras desabrigadas. (publicado pelo EcoDebate, 08/06/2011)

Mudança do Clima Nesse uso mais recente, especialmente no contexto das políticas ambientais, o termo alterações climáticas refere-se freqüentemente apenas às mudanças no clima moderno, incluindo o aumento da temperatura média global na superfície da Terra, conhecida como aquecimento global. É também muitas vezes usado com a presunção de que essas alterações são causadas pela atividade humana. Causas Embora as mudanças climáticas globais possam ter origem em causas naturais são observadas na atualidade mudanças que podem ter outras causas, essas supostas causas vem sendo explicadas de formas diversas e a partir de diferentes perspectivas. Não há, no entanto, uma teoria comprovada capaz de concluir o que realmente está provocando o aquecimento global que é, sem dúvida, um fato. Entre as causas comprovadas e as prováveis encontram-se as seguintes: Naturais Antropogênicas ( Emissão de gases do efeito estufa). Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Implicações decorrentes as mudanças climáticas Suas implicações configuram como mudanças ambientais, com impactos diferenciados e de forma potencializada, na região metropolitana da baixada santista: maior calor, as temperaturas extremas serão um pouco mais agudas, progressivamente; mudanças nas chuvas: maior volume, de forma mais freqüente eventos climáticos extremos (tempestades tropicais) – mais freqüentes e radicais aumento progressivo, lento, do nível do mar. As estimativas mais favoráveis são de aumento de nível de um pouco mais de meio metro até o fim do século. possíveis repercussões em fenômenos associados a doenças tropicais (ocorrência de mosquitos. ( IAC 06/2011)

Aumento de vulnerabilidade socioambiental As características ecológicas da zona costeira do litoral paulista é muito sensível a qualquer alteração climática, como chuvas intensas. Com o aumento do número de moradores nos últimos anos, atraídos pela oferta de emprego principalmente no setor petróleo e gás, impactos ambientais estão ocorrendo somadas ao crescimento populacional .   Para identificar essas vulnerabilidades apresentadas pelos municípios que constituem a baixada santista ,em relação, aos possíveis impactos das mudanças climáticas, pesquisadores fizeram um levantamento em políticas públicas existentes na região relacionadas ao enfrentamento das mudanças climáticas. A população mais vulnerável é a mais pobre, que ocupa lugares menos seguros (morros, mangues, lugares próximos a instalações industriais). A proteção da floresta deverá ser reconhecida como medida estratégica, já que diante de chuvas mais catastróficas, esse é um fator estrutural de estabilidade dos terrenos e regulação dos fluxos hídricos. O planejamento das soluções de moradia popular se torna ainda mais importante, pois as cidades poderão ter a necessidade de mudança ampla na sua configuração. O saneamento (abastecimento de água, sistemas de esgoto, lixo, drenagem) precisa acompanhar esse processo, ou será outro fator de colapso. As políticas e programas de saúde pública deverão ser planejadas de forma mais integrada com a gestão ambiental e defesa civil. O eixo geral deverá ser a redução da vulnerabilidade socioambiental, pois hoje as populações estão muito expostas aos riscos ambientais. Em cada lugar, a análise das mudanças abrirá questões específicas, em função das características dos ecossistemas urbanos . fonte:FAPESP/Elton Alisson – Pesquisa (Nepam)

Outras Ameaças – locais de mais riscos O ambiente marinho é, por natureza, um ambiente altamente dinâmico e complexo onde as abordagens reducionistas são, com freqüência, insuficientes e parciais para explicar o que observamos. A Ponta da Praia em Santos, a Praia do Góes e Enseada no Guarujá e o Gonzaguinha em São Vicente costumam apresentar problemas e existem muitas afirmações que esses eventos decorrem dos efeitos climáticos., porém, a comprovação científica desses fatos ainda é muito frágil. - São Vicente ocupado por residências permanentes, ocorre com frequência enchentes, erosão... - Guarujá com amplas áreas ainda não ocupadas, deslizamentos, enchentes, erosão e os setores censitários com domicílios. Bertioga ocupação mais recente e em crescimento na intensificação das atividades turísticas. Santos a urbanização com o estabelecimento de moradias temporárias, condomínios de elevado padrão ou prédios, em geral ocupando também áreas de restinga, ocupação referem-se à eliminação da vegetação natural, ao estímulo dos processos erosivos.

Ecossistemas da Baixada Santista As praias tenderão a diminuir suas larguras atuais com uma elevação do nível do mar, seja pela elevação simples, que seria a inundação, seja pelo fato de que a parte superior das praias vai sofrer erosão. Nas ressacas nós temos ventos fortes do mar que naturalmente sobre elevam o nível do mar, porque sopram do mar. Assim, haverá a perda de importantes áreas de praias e de manguezais e comprometimento da biodiversidade, com o desaparecimento e introdução de novas espécies e de alguns ecossistemas. Por alto, vamos ter metade dos manguezais desaparecendo da região porque a água invadindo os bosques de mangues eles não tem como subir , devido a intensa urbanização e do Pólo Petroquímico de Cubatão . Em cada lugar, a análise das mudanças abrirá questões específicas, em função das características dos ecossistemas. (Pesquisadora Helenice Vizaco / Bióloga / Especialista). Entre as principais ameaças estão o aumento de perigos, de vulnerabilidades e dos riscos associados aos desastres naturais (erosão costeira, erosão lateral em canais fluviais, estuarinos e lagunares, inundações/enchentes e alagamentos, movimentos gravitacionais); elevação da intrusão da cunha salina e do nível do lençol freático; modificações na rede de drenagem e no balanço sedimentar costeiro; assoreamento, aumento da turbidez e eutrofização de corpos d'água; alteração nos processos metabólicos, fisiológicos e comportamentais de muitos organismos. (Pesquisadora Dra. Celia Regina de Gouveia Souza.)

Ressaca - Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral. (04/5) - O chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, informou que a tábua das marés atingiu 1,6 metro entre 15h e 16h de quarta-feira. Em Guarujá, a situação se agravou no trecho entre a Praia do Góes e a Fortaleza da Barra, que são atingidos constantemente pela erosão do costado e efeitos da profundidade do canal. Já em São Vicente, a ressaca causou transtornos e o transbordamento do canal. Alguns bairros ficaram alagados. Fonte: Jornal A Tribuna Fotos da Imprensa local e internautas (03/5) - A forte ressaca que ontem atingiu três cidades da Baixada Santista provocou estragos em moradias, estabelecimentos comerciais e nas vias públicas. O pior cenário foi registrado em Santos, onde o avanço das águas atingiu um prédio, quebrou muretas e danificou postes de luz, o que provocou queda de energia no trecho da orla da praia. Diversas ruas ficaram totalmente alagadas e acumularam resíduos (lixo e lama) trazidos pelo mar. A garagem de um edifício também foi atingida pela água do mar, mas os moradores foram alertados do problema por um alarme instalado no prédio.Os veículos foram retirados antes do alagamento

Mudança de Habitat A ressaca que atingiu o litoral paulista no início do mês de maio causou outros estragos, prejuízos na orla. Encontrada espécie de caranguejo que nunca havia visto na praia da Enseada, Guarujá. Provavelmente o animal foi trazido com as ondas até a praia, pois parecia ser um caranguejo de maiores profundidades.  Parece pertencer à família Majidae, a mesma do Caranguejo-Aranha-Gigante do Japão (Macrocheira kaempferi), pois apresenta uma espécie de rasto na região anterior, sua carapaça tem ornamentações e suas patas são relativamente compridas.   Postado por Daniela Ingui - 07/6

Desafio das Cidades Costeiras O planejamento da adaptação das cidades costeiras, que ficam no nível do mar, para a subida desse nível, é um grande desafio. Quanto antes isso se iniciar, menos dramática será a situação quando as marés atingirem um volume um pouco maior – o que é algo com muita força, pois não é uma onda, é todo o mar – provocando colapso de drenagens, sistemas de saneamento, estradas e ruas, construções em geral, inclusive as redes técnicas que transportam produtos químicos. As políticas e programas de saúde pública deverão ser planejadas de forma mais integrada com a gestão ambiental e defesa civil. O eixo geral deverá ser a redução da vulnerabilidade socioambiental, pois hoje as populações, a fauna e flora, estão muito expostas aos riscos ambientais. A partir dessas constatações percebe-se a importância do monitoramento visando avaliar o impacto das Mudanças Climáticas.

Pesquisa – Mudança Climática na Região metropolitana da Baixada Santista Helenice de Queiroz Vizaco Bióloga/Especialista Coordenadora diocesana da CF – Diocese de Santos Guarujá, 10 de junho de 2011