Variação Linguística: Dialetos, Registros e Norma Linguística

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Transcrição da apresentação:

Variação Linguística: Dialetos, Registros e Norma Linguística Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Variações são transformações que ocorrem nas línguas em função de influências geográficas, sociais e históricas. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

As variações linguísticas podem ocorrer em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico, sintático, pragmático e semântico. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Variação geográfica ou dialeto, também chamadas de variação diatópica são as variedades linguísticas próprias de cada região. Ex: Macaxeira na região norte e nordeste; e no sul e sudeste, mandioca ou aipim. Essas variações são denominadas variações lexicais. As variações fonéticas que determinam os sotaques existentes no Brasil, como o /S/ chiante do carioca e o /r / fechado do paulista e do norte do estado do Paraná. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Variações históricas ou variações diacrônicas são transformações que a língua sofre ao longo do tempo, essas variedades aparecem quando comparamos textos de diferentes épocas. Essas diferenças são verificadas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia. Exemplo: o vocábulo farmácia, já foi escrito com “ph” (Pharmacia).O vocábulo “você”, que tem origem etimológica na expressão de tratamento de deferência “vossa mercê” e que se transformou em “vosmecê”, “vancê” e hoje com a (internet), “vc”. . Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Variação social ou diastrática são as variações ligadas aos grupos sociais, bem como ao grau de instrução das pessoas. O grau de formalidade em determinada situação comunicacional definirá qual registro será adotado, formal ou informal. Exemplo: as gírias e os jargões. Gírias: linguagem dos surfistas, dos rappers e outros. Já os jargões estão ligados a profissionais da área médica, aos advogados e outros profissionais, por tratar-se de um linguajar técnico. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Norma linguística ou norma culta é uma variedade linguística associada às classes sociais mais cultas, que se impõe como uma variedade de prestígio, a qual é instituída como modelo a seguir em situações de uso mais institucional da língua. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Segundo Halliday, as variedades linguísticas são devidas tanto aos fatores inerentes ao próprio usuário como à situação de comunicação em que ele se encontrar. Há variáveis do próprio falante: origem geográfica e classe social, o que se pode entender como dialeto. Outros dados, são típicos dos diversos contextos de comunicação em que se integra o usuário ao longo de seu dia. Esses são chamados registros ou níveis da fala. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

Fatores ligados ao falante, que determinam/ influenciam a fala de um indivíduo: idade, sexo, raça, profissão, posição social, grau de escolaridade. Local em, que reside na comunidade. (Preti, 1994) Fatores pertinentes à situação de comunicação: ambiente, tema, estado emocional do falante, grau de intimidade entre os interactantes. Leite, M. Q. Variação linguística: dialetos, registros e norma linguística (pp.183-210). In: SILVA, L. A. da. A língua que falamos. Português: história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.