Ricardo Motta Pinto-Coelho Depto. Biologia Geral

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Energia na Atmosfera e nos Oceanos
Advertisements

A ATMOSFERA.
Absorção de radiação.
RADIAÇÃO TÉRMICA.
MÉTODOS ESPECTRAIS E ÓPTICOS
Aula de Física Junho de TRANSMISSÃO EM QUE A ENERGIA TÉRMICA SE PROPAGA POR MEIO DA AGITAÇÃO MOLECULAR.
Seminário de Física O EFEITO ESTUFA.
Sistema de Monitoramento Meteorológico Remoto - SIM
Radiação do corpo negro
Aquecimento global Aula n.º5 (90 minutos).
Transmissão de Calor.
Luzes e Cores: A visão da Física
Sistemas Terrestres.
Curso Ciências Biológicas Ecologia Energética Ricardo Motta Pinto-Coelho Depto. Biologia Geral UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental.
Radiação e Penetração da luz na água
Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho Departamento de Biologia Geral
Tópico 7: Transferência de Calor por Radiação
Capítulo 34 Ondas Eletromagnéticas
QUÍMICA GERAL ESTRUTURA ATÔMICA Prof. Sérgio Pezzin.
CLIMATOLOGIA.
2.3. SENSORIAMENTO REMOTO 2.3. Energia Eletromagnética
FÍSICA E QUÍMICA A 10º A.
FÍSICA MODERNA 1 Prof. Cesário EFEITO FOTOELÉTRICO.
3. INTERACÇÃO RADIAÇÃO-MATÉRIA. ESTRUTURA DA ATMOSFERA TERRESTRE
A atmosfera.
A atmosfera é constituída de cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. O ar se torna mais rarefeito quanto mais a gente.
Prof. Regis Guimarães Colégio Planeta Transmissão do Calor.
Transferência de Calor
Lei de Stefan-Boltzmann e Lei do deslocamento de Wien
Modelo atômico de Bohr.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR AULA 3
Prof. M.Sc. Hamilton Ishiki
Elementos e fatores climáticos
Final do Século XIX Professor Leonardo
Professor: José Tiago Pereira Barbosa
Espectro eletromagnético total
SATÉLITES INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS Produtos imagens
TEORIA CINÉTICA DOS GASES Moléculas que colidem com a parede é
Óptica Para enxergar as coisas a seu redor ( luz do Sol, de tocha, de vela, de lâmpada ), o ser humano sempre necessitou de luz. Sem ela seria impossível.
Final do Século XIX Professor Leonardo
Emissão e absorção de radiação
Efeito Estufa.
Revisão 2 – UEPA 2013 Prof.:Marco Macêdo.
Energia: do Sol para a Terra
Que informações podemos obter a partir da luz emitida pelas estrelas?
Conversão de energia Segunda lei da termodinâmica (lei da entropia): nenhum processo que implique transformação de energia ocorrerá espontaneamente,
Termologia Professor John Disciplina Física E.
Questão 01: Em um terminal de cargas, uma esteira rolante é utilizada para transportar caixas iguais, de massa M = 80 Kg, com centros igualmente espaçados.
TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA PROF: ADELÍCIO
Introdução à Radiação Eletromagnética
Problemas Ambientais.
Curso Ciências Biológicas Ecologia Energética O ambiente energético da biosfera Ricardo Motta Pinto-Coelho Depto. Biologia Geral UFMG – ICB – Depto. Biologia.
PROJETO UV - CNPq.
Leis de Radiação para Corpos Negros
ATMOSFERA Neste curso, estuda-se a Meteorologia Física, que estuda os fenômenos atmosféricos relacionados diretamente com a Física e a Química como,
Dinâmica Climática.
O Efeito Estufa.
Ondas Eletromagnéticas
“O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA”
Unidade Um Do Sol ao Aquecimento
CALOR Transferência de energia
Sustentabilidade na Terra
1. ENERGIA – DO SOL PARA A TERRA
ESPECTROS/RADIAÇÕES/ENER GIA
Luz e a Biologia.... A Luz e Sua Natureza Corpuscular A luz é conhecida por agir em forma de corpúsculos de energia conhecidos como fótons. Os fótons.
Radiação I Radiação Leis da radiação Relações Terra-Sol
Ondas Onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio. Uma onda transfere energia de um ponto para outro, mas nunca transfere.
Energia solar 4ª Conferência de FMA 1. Energia solar A energia que o sol irradia é a que é libertada durante as reacções de fusão nuclear na sua parte.
É uma onda eletromagnética
EFEITO ESTUFA.
Transcrição da apresentação:

Ricardo Motta Pinto-Coelho Depto. Biologia Geral Curso Ciências Biológicas Ecologia Energética O ambiente energético da biosfera Ricardo Motta Pinto-Coelho Depto. Biologia Geral UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

Bases Teóricas Energia: É a capacidade de realizar trabalho. Esta capacidade pode-se manifestar sob várias formas: radiação eletromagnética, energia potencial ou incorporada, energia cinética, energia química (dos alimentos) e calor. 1ª Lei da Termodinâmica: (Conservação da energia) A energia pode ser transformada de um tipo em outro, mas não pode ser criada nem distruída. Exemplos destas transformações: luz em calor, energia potencial em cinética. 2ª Lei da Termodinâmica: (Lei da Entropia, S) Nenhum processo que implique numa transformação energética ocorrerá expontaneamente, a menos que haja uma degradação de energia de uma forma concentrada numa forma mais dispersa (ou desorganizada). Assim sendo, nenhuma transformação de energia é 100% eficiente. A entropia (S) é uma medida de energia não disponível, que resulta das transformações energéticas. Sua variação é sempre positiva em qualquer transformação. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A luz violeta tem um comprimento de onda (lambda) igual a 0 A luz violeta tem um comprimento de onda (lambda) igual a 0.43 :m e a radiação na faixa do infravermelho tem 0.76 :m de comprimento de onda. Radiações com comprimentos de onda abaixo do ultravioleta são designadas por raios: raio gama, raio X e raios cósmicos. Radia ções de comprimentos de onda superiores ao infra-vermelho são tradicionalmente designadas por ondas: ondas de radar, ondas de rádio e ondas hertzianas. Estas ondas possuem a capacidade de serem refletidas pela atmosfera. A vista humana é sobretudo sensível ao amarelo e ao verde. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

O sol emite energia eletromagnética cujo comprimento de onda vai de centenas de metros até valores inferiores a 10-10 metros. No entanto, cerca de 99% desta energia concentra-se num espectro limitado a 0.15-4.0 :m. A luz visível restringe-se entre 0.40-0.70 :m (4000-7000 Å). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A luz solar que atinge o topo da biosfera iluminada terrestre chega a uma taxa constante, a chamada constante solar (1.94 cal/cm2.min ou 135.3 mW/cm2). Um máximo de 67% da constante solar (~ 1.34 cal/cm².min) pode atingir a superfície terrestre. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

Energia Radiante e o espectro da luz solar Quase toda a energia é eletromagnética, sendo uma pequena porção de natureza corpuscular. A energia radiante compõe-se de dois campos: o campo elétrico e o campo eletromagnético e é capaz de propagar-se no vácuo. A energia radiante pode ser tipificada segundo sua quantidade (unidades de energia) e sua qualidade (frequência/comprimento de onda). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A energia radiante pode ser tipificada segundo sua quantidade (unidades de energia) e sua qualidade (frequência/comprimento de onda). Toda radiação eletromagnética propaga-se no vácuo a uma velocidade constante (c = 3.0 x 108 m.s-1). UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

Em 1900, Max Planck enunciou a teoria dos quantas segundo a qual a emissão de energia radiante se faz de forma descontínua, implicando numa estrutura "granular" de energia ou os quanta. A constante de Planck (h) tem um valor provável de 6.625 x 10-34 J.s. A energia de um quantum de luz é igual a um fóton. Quanto menor for o comprimento de onda (lambda), maior será sua freqüência (nu) e portanto fótons na região do violeta são mais energéticos do que na região do vermelho. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

Qual é o equivalente molar do azul (lambda = 0.45:m) lambda.v = c Exercício: Qual é o equivalente molar do azul (lambda = 0.45:m) lambda.v = c v = 3.0x 108 m / 0.45 x 10-6 m.s v = 6.67 x 1014 s-1 E (fóton) = h.v E = 6.625 x 10-34 J.s x 6.67 x 1014 s-1 E = 4.42 x 10-19 J E (mol) = 4.42 x 10-19 J x 6.0 x 1023 mol E (mol) = 2.65 x 105 J = 6.3 x 104 cal = 63.4 Kcal (1 cal = 4.18 J) UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A radiação solar sofre consideráveis modificações qualitativas e quantitativas ao atravessar a atmosfera terrestre. Tais modificações são influenciadas por vários fatores dentre eles a topografia, a latitude, o clima bem como composição gasosa da atmosfera. A água e o gás carbônico absorvem ativamente a radiação na faixa do infra-vermelho.

O ozônio absorve quase toda a radiação de ondas curtas (UV<0 O ozônio absorve quase toda a radiação de ondas curtas (UV<0.3:m) ainda nas camadas altas da atmosfera (h>25 Km). Esta radiação é letal para os seres vivos. A composição qualitativa da radiação que chega à superfície num dia típico é apresentada na tabela 1.

A luz visível é aquela menos afetada quando atravessa a atmosfera A luz visível é aquela menos afetada quando atravessa a atmosfera. A figura a seguir demonstra que a luz visível é aquela que menos alterações sofre ao passar pela atmosfera. Os totais de radiação infra-vermelha são muito afetados pela composição gasosa da atmosfera, principalmente pelo vapor de água e o CO2. Os absorventes gasosos mais importantes da atmosfera são O2, O3, CO2, H2O, N2O e CH4. O gás carbono, em particular, é capaz de absorver a radiação infra-vermelha de modo muito intenso na faixa de comprimentos de onda que vai de 2.0 a 20.0 :m, enquanto que a molécula de água absorve na faixa de 0.8 a 10.0 :m. O gradual aumento das concentrações médias atmosféricas de CO2 ao longo das últimas décadas tem sido associado ao aumento da temperatura média da biosfera, o chamado "efeito-estufa".

Normalmente, percentuais cuperiores a 50% da radiação incidente no topo da atmosfera terrestre não atingem a superfície terreste. A dissipação energética relativa da radiação solar ao atravessar a atmosfera está representada na tabela e figura a seguir (Figura 3)

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

As diferentes rotas da radiação solar ao atravessar a atmosfera terrestre.

A latitude exerce uma considerável influência nos totais de radiação recebidos na superfície terrestre. Mesmo nas regiões de baixa latitude, como ao longo da costa brasileira, podemos ver claramente o efeito da latitude no aquecimento da água superficial do oceano Atlântico. Muitos ecólogos que trabalham na região tropical acreditam que a temperatura e a radiação solar (sempre “favoráveis”) não seriam fatores reguladores importantes a serem considerados nas pesquisas. Discuta esse “mito” com os seus colegas e procure referências na literatura especializada validando ou não tal afirmativa. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A radiação e a ecologia das plantas UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

A radiação nos ambientes aquáticos UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios

UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Gestão Ambiental de Reservatórios