PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO {Walter A. Henrichsen}

ESBOÇO 1. A interpretação é para todos. 2. Princípios gerais de interpretação. 3. Princípios gramaticais de interpretação. 4. Princípios históricos de interpretação. 5. Princípios teológicos de interpretação.

1. A INTERPRETAÇÃO É PARA TODOS

A Bíblia como um “livro simples”. Há quatro partes básicas no estudo correto da Bíblia: 1) Observação; 2) Interpretação; 3) Correlação; 4) Aplicação.

2. PRINCÍPIOS GERAIS DE INTERPRETAÇÃO

REGRA UM Trabalhe partindo da pressuposição de que a Bíblia tem autoridade.

Quem é nossa autoridade última Quem é nossa autoridade última? A razão, a tradição, a experiência ou sola scripturae? Somos pressuposicionalistas. A autoridade da Bíblia é exposta de várias formas: a. Uma pessoa age como quem tem autoridade, e a passagem explica se o ato é aprovado ou reprovado (Gn 3.4; 2Sm 7.3,4-17).

b. Uma pessoa age com atitude de autoridade e a passagem não mostra aprovação nem reprovação. Neste caso a ação precisa ser julgada pelo restante das Escrituras. c. Deus ou um dos Seus representantes declara a mente e a vontade de Deus. Às vezes vem na forma de mandamentos (O cuidado que se deve ter é o de não aplicar universalmente os mandamentos de caráter imediato).

A Bíblia é seu intérprete; a Escritura explica melhor a Escritura. REGRA DOIS A Bíblia é seu intérprete; a Escritura explica melhor a Escritura. Mc 6:34; Nm 27.12-17; IºRs 22.17; Ez 34.1-10,23.

REGRA TRÊS A fé salvadora e o Espírito Santo são-nos necessários para compreendermos e interpretarmos bem as Escrituras. 2Co 4.4; 1Co 2.12-14; Jo 16.13.

REGRA QUATRO Interprete a experiência pessoal à luz da Escritura, e não a Escritura à luz da experiência pessoal.

REGRA CINCO Os exemplos bíblicos só tem autoridade quando amparados por uma ordem.

REGRA SEIS O propósito primário da Bíblia é mudar as nossas vidas, não aumentar o nosso conhecimento.

REGRA SETE Cada cristão tem o direito e a responsabilidade de investigar e interpretar pessoalmente a Palavra de Deus.

REGRA OITO A história da igreja é importante, mas não decisiva na interpretação da Escritura.

A igreja não determina o que a Bíblia ensina; a Bíblia determina o que a igreja ensina. Não podemos, porém, ignorar a importância da história da igreja, pois ela pode nos dar equilíbrio em nosso estudo pessoal. Charles Spurgeon disse: “Parece estranho que certos homens que falam muito do que o Espírito Santo lhes revela pensem tão pouco do que Ele revelou a outros”.

REGRA NOVE As promessas de Deus na Bíblia toda estão disponíveis ao Espírito Santo a favor dos crentes de todas as gerações.

Suponhamos que a promessa não se cumpra Suponhamos que a promessa não se cumpra. Será que Deus pode não cumprir o que prometera? A que conclusões podemos chegar? 1) Deus o deixou na mão. 2) Você errou ao reclamar a promessa. 3) A promessa se cumprirá numa ocasião posterior e/ou de um modo que você não espera. Cabe a distinção entre os aspectos gerais e os específicos das promessas.

3. PRINCÍPIOS GRAMATICAIS DE INTERPRETAÇÃO

REGRA DEZ A Escritura tem somente um sentido, e deve ser tomada literalmente.

Quando uma passagem ou palavra parece ter mais de um sentido, escolha a interpretação mais clara. O significado mais óbvio geralmente é o correto.

REGRA ONZE Interprete as palavras no sentido que tinham no tempo do autor.

Quando você estudar uma palavra particular, deverá determinar quatro coisas: 1) O uso que dela fez o escritor. 2) Sua relação com o contexto imediato (Mc 9). 3) Seu uso corrente na época em que foi escrita. 4) Seu sentido etimológico.

REGRA DOZE Interprete a palavra em relação à sua sentença e ao seu contexto.

O contexto determina os significado da palavra. P.ex., o termo “fé”. 1) Em Gálatas 1.23: “Aquele que nos perseguia agora prega a fé que outrora procurava destruir”. Fé significando a doutrina do evangelho (cf. Ef 4).

2) Em Romanos 14:23: “Mas aquele que tem dúvidas, é condenado, se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo que não provém de fé é pecado” - Fé significando “convicção de que é isto que Deus quer que você faça”.

REGRA TREZE Interprete a passagem em harmonia com o seu contexto.

É preciso encontrar o propósito global do livro a fim de determinar o sentido de palavras e passagens. Faça a pergunta: Como a passagem se relaciona com: 1) O material circunvizinho? 2) O restante do livro? 3) A Bíblia como um todo? 4) A cultura e com o quadro de fundo em que foi escrita?

REGRA QUATORZE Quando um objeto inanimado é usado para descrever um ser vivo, a proposição pode ser considerada figurada. Is 35,1.2; Pão (Jo 6:35); luz (Jo 8:12); porta (Jo 10:7).

REGRA QUINZE Quando uma expressão não caracteriza a coisa descrita, a proposição pode ser considerada figurada. Fp 3.2,3 (cães); raposa (Lc 13.32); cordeiro (Jo 1:36); leão (Ap 5.5).

Duas coisas importantes: 1) Uma palavra não pode significar mais de uma coisa de cada vez. Não pode ter sentido figurado e literal ao mesmo tempo. 2) Sempre que possível, a passagem deve ser interpretada literalmente.

REGRA DEZESSEIS As principais partes e figuras de uma parábola representam certas realidades. Considere somente essas principais partes e figuras quando estiver tirando conclusões.

Três coisas importantes: 1) Determine o propósito da parábola. 2) Certifique-se de que explica as diferentes partes em harmonia com o fim principal. 3) Use somente as principais partes da parábola ao explicar a lição. É quando as pessoas tentam interpretar os pormenores que o erro pode insinuar-se facilmente. Não faça a parábola falar demais!

REGRA DEZESSETE Interprete as palavras dos profetas no seu sentido comum, literal e histórico, a não ser que o contexto ou a maneira como se cumpriram indiquem claramente que têm sentido simbólico. O cumprimento delas pode ser por etapas, cada cumprimento sendo uma garantia daquilo que há de seguir-se.

“Muitas vezes uma profecia se cumpre parcialmente numa geração, com o restante cumprindo-se noutra época” (p.53).

4. PRINCÍPIOS HISTÓRICOS DE INTERPRETAÇÃO

REGRA DEZOITO Desde que a Escritura originou-se num contexto histórico, só pode ser compreendida à luz da história bíblica.

REGRA DEZENOVE Embora a revelação de Deus nas Escrituras seja progressiva, tanto o Velho quanto o Novo Testamento são partes essenciais desta revelação e formam uma unidade.

REGRA VINTE Os fatos ou acontecimentos históricos se tornam símbolos de verdades espirituais, somente se as Escrituras assim o designarem.

5. PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS DE INTERPRETAÇÃO

REGRA VINTE UM Você precisa compreender gramaticalmente a Bíblia, antes de compreendê-la teologicamente.

REGRA VINTE DOIS Uma doutrina não pode ser considerada bíblica, a não ser que resuma e inclua tudo o que a Escritura diz sobre ela.

REGRA VINTE TRÊS Quando parecer que duas doutrinas ensinadas na Bíblia são contraditórias, aceite ambas como escriturísticas, crendo confiantemente que elas se explicarão dentro de uma unidade mais elevada.

REGRA VINTE QUATRO Um ensinamento simplesmente implícito na Escritura pode ser considerado bíblico quando uma comparação de passagens correlatas o apóia.