SANDRO CELSO S. DE OLIVEIRA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
«Forte do Bom Sucesso (Lisboa) – Lápides 1, 2, 3» «nomes gravados, 21 de Agosto de 2008» «Ultramar.TerraWeb»
Advertisements

POLUIÇÃO DO AR.
Curso sobre concorrência em transmissão, 10/2007
EXERCÍCIOS RESULTADO.
Limites de Emissão para Ônibus Diesel ônibus a etanol de 3ª geração Euro I NOx (g/kWh) Euro II Euro III Euro V Euro IV 2,0.
Ambiente e sociedade: atmosfera e hidrosfera
CVRD e Petrobras Distribuidora
Cálculo Estequiométrico.
(Perigo ambiental do planeta, principalmente 3o.Md)
Nome : Resolve estas operações começando no centro de cada espiral. Nos rectângulos põe o resultado de cada operação. Comprova se no final.
Petróleo Surgimento do petróleo
Avaliação da Viabilidade de Colectores Híbridos Fotovoltaicos e Térmicos para Aplicação ao Aquecimento de Águas e Micro-Geração de Electricidade Trabalho.
Ônibus movido a Etanol.
Curso de ADMINISTRAÇÃO
Preço do óleo diesel e seus impactos na agropecuária
Fornecimento de Diesel S50
Carvão Mineral.
DECRETOS /02 e / 04 UNICAMP - 08 de março de 2005.
Fórum Permanente de Energia&Ambiente
Guilherme Augusto Marques Araujo
USINAS TERMELÉTRICAS Dispositivos em que a queima de combustível (GN) libera calor, expansão dos gases que giram a turbina.
A política climática paulistaq e o contexto nacional
ENERGIA & SUSTENTABILIDADE.
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
Estimativa de Emissões de GEE
CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
Força Total Cálculo Estequiométrico.
MASSAS MEDIDAS
Governo do Estado de Sergipe Secretaria de Estado da Fazenda AUDIÊNCIA PÚBLICA 3º Quadrimestre 2008 Fev/ AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação do Cumprimento.
Lucilio Monteiro Turma G9 Nº 5.
Biomassa.
Diagnósticos Educativos = Diagnósticos Preenchidos 100% = 1.539
André Oliveira.
MASSAS MEDIDAS.
Análise termodinâmica da Combustão
TMA 01 As Relações de Maxwell Matemática: Se e somente se,
Educação Pré-Escolar / 1º Ciclo do Ensino Básico
Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento Setembro de 2006.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA CONDUTA - AUXILIAR ANO III – Nº 05.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA CONDUTA - AUXILIAR ANO III – Nº 02.
Julho/2006 V JORNADAS LUSO-BRASILEIRAS DE PAVIMENTOS Recife-PE, 5 a 7 de julho de 2006 Engº INÁCIO BENTO DE MORAIS JÚNIOR Presidente da ABDER PAINEL 3:
Desafios tecnológicos para o
CICLO COMBINADO DE GASEIFICAÇÃO INTEGRADA IGCC Prof. Dr
Funcionários - Grau de Satisfação 2096 avaliações
Tributação da Exportação nas Empresas optantes pelo Simples Nacional
Vestibular1 Cálculo Estequiométrico.
01 - Vezes que visitou o Rio de Janeiro Média ponderada: 1,82 vezes Base filtro: não mora no Grande Rio de Janeiro (254 entrevistas)
2005 Gás Boliviano: Mm³/d Gás Argentino: Mm³/d Produção Nacional: Mm³/d Gás Natural Liquefeito: Mm³/d TOTAL: Mm³/d Consumo.
Núcleo de Mídia – Comercial Ranking Nacional de Circulação - Domingos Evolução Mês* 3,38% 2,20% 1,39% 1,13% -4,84% 0,49% -6,16% -0,07% -0,71% 0,27% 0,43%
Utilização eficiente de Grupos Geradores na Indústria
Projeto Medindo minha escola.
Energias renováveis e não-renováveis
1º SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS NO TRANSPORTE
Grupo A – Azul Claro, Marrom, Laranja
UNIDADE 2 Da Atmosfera ao Oceano
CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela. CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela.
Cálculo Estequiométrico.
Cálculo Estequiométrico.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA.
Rio Verde - Goiás - Brasil
DADOS DE REFERÊNCIA ACERCA DO ATEDIMENTO AOS USOS MÚLTIPLOS PELO SISTEMA HIDRÁULICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL Brasília-DF Julho/2014.
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
PETRÓLEO Líquido oleoso e viscoso, de coloração escura.
Usinas termoelétricas,vantagens e desvantagens.
3 Analisar perturbações ambientais Habilidades
Gustavo Camargo da Silva Igor Raineri Nunes João Pedro Cabral
Direito ambiental Aula 5 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões e zoneamento econômico- ecológico.
Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico de Vitória Programa de Pós Graduação em Saúde Humana e Meio Ambiente Maria Luiza Marinho Julyanne Goes.
Transcrição da apresentação:

SANDRO CELSO S. DE OLIVEIRA Avaliação da redução de emissões atmosféricas com a utilização do óleo OC-B1-RARO em substituição ao óleo OC-A1-BPF como combustível em uma caldeira. SANDRO CELSO S. DE OLIVEIRA Eng. Ambiental

Lei Estadual nº 13.798/2009 Política Estadual de Mudanças Climáticas de São Paulo-PEMC Tem por objetivo geral estabelecer o compromisso do Estado frente aos desafios das mudanças climáticas globais As emissões de GEE e o PIB do Estado de São Paulo e do Brasil, concluindo que a economia do Estado de São Paulo: 33% do PIB nacional, emite 6,5% das emissões totais do país. “Em outras palavras, para cada mil reais produzidos no país: - 0,72 tco2eq., Estado de São Paulo, a mesma produção corresponde a 0,14 tco2eq., o que equivale a 20% do indicador nacional”.

As emissões e remoções de CO2 se dividem nos seguintes Setores: Energia; Processos Industriais; Agropecuária; Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas – UTMUTF; Resíduos. No Estado de São Paulo, a maior parcela da estimativa das emissões líquidas de CO2 é proveniente do setor energético, que representou 84,7% das emissões de GEE em 2005, seguido pela Indústria, com 13,7% das emissões. O Setor Agropecuário contribuiu com 1,6%. Especificamente com relação ao Setor Energético, as emissões totais de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis evoluíram de 56.957 GgCO2 em 1990, para 79.231 GgCO2 em 2008, o que representa um crescimento de 39%, ou seja, um crescimento médio anual de 1,85%. No ano de 2008, dentre as emissões do Setor Energético, os combustíveis derivados de petróleo foram responsáveis por 78% das emissões de CO2, seguidos pelo carvão mineral e derivados (14%) e pelo gás natural (8%). IPCC para os inventários é o GgCO2 (Giga grama de CO2), sendo que 1GgCO2 equivale a 1.000 toneladas de CO2.

PROBLEMÁTICA GLOBAL O mundo vem presenciando um acúmulo de gases poluentes responsáveis pelos impactos diretos à saúde pública, considerados padrões universais de qualidade do ar: Fonte: AMBIENTE BRASIL (2009) e CETESB (2009).

Análise qualitativa e quantitativa da redução das emissões OBJETIVOS Analisar a viabilidade da substituição dois óleos, utilizados como combustíveis, em uma caldeira de linha de decapagem contínua pertencente à uma empresa siderúrgica. Análise qualitativa e quantitativa da redução das emissões Apresentar vantagens operacionais óleo OC-1A-BPF óleo OC-B1-RARO

CARACTERÌSTICAS DO EQUIPAMENTOS - Gerador de vapor de baixa dimensão - Características do Lavador de Gases

APRESENTAÇÂO ESTUDO DE CASO

LEVANTAMENTO DE LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS FEDERAIS: Definem Limites Máximos de Emissões para fontes de combustão CONAMA 008, 06 de Dezembro de 1990 Fontes fixas com potência nominal total ou inferior a 70 MW, que utilizam óleo como combustível e estejam em áreas de Classe II e III, ou seja, áreas não atmosfericamente preservadas e conservadas (APAs, lazer, turismo, estâncias climáticas, hidrominerais e hidrotermais) CONAMA 382, 26 de Dezembro de 2006 Processos de geração de calor a partir da combustão externa de óleo combustível, para fontes fixas com potência nominal entre 10 e 70MW Valores em gramas por milhão de quilocalorias Valores em mg/Nm³, base seca e 3% de excesso de oxigênio

ESTADUAIS: Decreto nº 52.469, de 12 de Dezembro de 2007 No Art. 20 define que o território do Estado de São Paulo fica dividido em Regiões, denominadas Regiões de Controle de Qualidade do Ar – RCQA. No Art. 23, determina o grau de saturação da qualidade do ar de uma sub-região quanto a um poluente específico, cotejando-se as concentrações verificadas nos últimos 3 (três) anos. Grau de saturação dos parâmetros no município de Guarulhos Valores expressos na unidade de concentração mg/Nm3, em base seca e 3% de excesso de oxigênio.

ÓLEOS ESTUDADOS Os óleos utilizados no estudo, ambos são provenientes do processo de refino, sendo estes: OC - A1 - BPF OC - B1 - RARO Óleo Combustível Baixo Ponto de Fluidez Alto teor de enxofre até 2,5 % (ANP) Óleo Combustível Baixo teor de enxofre até 1,0 % (ANP) Resíduo AROmático

O OC - A1 - BPF é proveniente dos processos de 1º geração da cadeia da indústria do petróleo, as refinarias; O OC - B1 - RARO é proveniente dos processos de 2º geração da cadeia da indústria petroquímicas;

COMPOSIÇÃO DOS ÓLEOS COMBUSTÍVEIS O Petróleo cru é uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, que apresenta composição variável e dependente de fatores geológicos, como localização da jazida, idade, profundidade, etc. É composto basicamente por: Carbono Hidrogênio Enxofre; Nitrogênio Oxigênio; Metais Pesados (Ni, V, Cu, Fe,Na)

Teor de compostos orgânicos BTEX (mg/kg). MÉTODOS E ANÀLISES Análise Elementar Análises das Emissões Atmosféricas Teor de compostos orgânicos BTEX (mg/kg).

MÉTODOS DE ANÁLISE UTILIZADOS MÉTODO CETESB 5 MÉTODOS BÁSICOS DA US EPA MÉTODOS ABNT L9.210 - Análise dos gases de combustão através do aparelho de Orsat. - L9.221 - Determinação dos pontos de amostragem. Método 1 - Determinação de locais e pontos transversos de amostragem. NBR 10700 - Planejamento amostragem versos de amostragem; NBR 10701 - Determinação de pontos; L9.222 - Determinação da velocidade e vazão dos gases. Método 2 - Determinação da velocidade e da vazão volumétrica dos gases na chaminé. NBR 11906 - Velocidade e vazão; L9.223 – Det. da massa molecular seca e excesso de ar no fluxo Gasoso. Método 3 - Determinação do ar em excesso e peso molecular na base seca. NBR 10702 - Massa molecular base seca; L9.224 - Determinação da umidade dos efluentes. Método 4 - Determinação da umidade dos gases na chaminé. NBR 11967 - Determinação da Umidade; L9.225 - Determinação de emissões de material particulado. Método 5 - Determinação das emissões de material particulado de fontes estacionárias. NBR 12019 - Determinação material particulado; NBR 12827 – Determinação de material particulado com filtro dentro da chaminé. L9.228 - Determinação de emissões de dióxido de enxofre (SO2) e de névoas de ácido sulfúrico e trióxido de enxofre (SO3). NBR 12021 - Determinação SO2, SO3 e névoa na chaminé; L9.229 - Determinação de emissões de óxidos de nitrogênio E016.030 – Calibração equipamentos NBR 12020 - Calibração equipamento;

EQUIPAMENTO DE AMOSTRAGEM Sonda de coleta Trem de amostragem Isocinética Imagem do Aparelho Orsat

Limpeza da sonda e do trem de EQUIPAMENTO DE AMOSTRAGEM Amostra para coleta de MP Limpeza da sonda e do trem de amostragem Filtro em caixa aquecida Filtro com sílica-gel

ANÁLISE ELEMENTAR E ANÁLISE DE AROMÁTICOS Análises elementares dos dois combustíveis COMPOSTOS OC-A1-BPF OC-B1-RARO Cinzas 0,02 ± 0,01 < 0,01 Carbono 89 ± 1 Hidrogênio 10,7 ± 0,3 8,3 ± 0,3 Nitrogênio 0,7 < 0,1 Enxofre Total 0,87 ± 0,01 0,10 Teor de compostos orgânicos BTEX (mg/kg) COMPOSTOS OC-A1-BPF OC-B1-RARO Benzeno (C6H6) 9 ± 1 1120 ± 30 Tolueno (C7H8) 65 ± 2 4050 ± 100 Etilbenzeno (C8H10) 30 ± 3 515 ± 5 (m+p) – Xilenos (C8H10) 140 ± 10 1690 ± 10 o-Xileno (C8H10) 87 ± 7 1170 ± 15 Estireno (C8H8) < 9 760 ± 7 Hidrocarbonetos aromáticos (C9H12) 615 ± 70 4650 ± 25 Hidrocarbonetos aromáticos (C9H10) 9 ± 3 9470 ± 250 Hidrocarbonetos aromáticos (C9H8) 770 ± 20 Hidrocarbonetos aromáticos (C10H14)

Comparação e apresentação de ganhos de Emissão entre os óleos OC-A1-BPF e OC-B1-RARO Data das coletas Campanha 2007 OC-A1-BPF Campanha 2008 OC-B1 - RARO Média OC-A1-BPF Média OC-B1-RARO variação Média BPF x RARO RES. CONAMA 28.08.07 29.04.08 1º coleta 2º coleta 3º coleta % 382/06 08/90 Conc corr de MP (mg/Nm3) 26,9 53,7 53 17,5 34,2 43,07 44,53 31,59 -29,05 250 --- Taxa de Emissão de MP(g/Gcal) 32,7 61,3 67,2 20,7 23,6 27,81 53,73 24,07 -55,20 350 Conc corr de SO2 (mg/Nm3) 67,7 81,8 75,4 1,6 28,0 3,03 74,96 10,90 -85,45 2700 Conc corr de SO3 (mg/Nm3) 40,4 32 12,1 1,0 0,43 0,93 28,16 0,78 -97,20 Conc corr de SOx (mg/Nm3) 96,1 103 83,3 2,29 3,08 3,64 94,13 3,00 -96,80 Taxa de Emissão de SOx(g/Gcal) 84,6 93,5 95,3 2,713 2,13 2,35 91,13 2,39 -97,36 5000 Conc corr de NOx (mg/Nm3) 715 909 865 52,13 41,28 107,1 863,66 100,32 -88,38 1000 956 962 883 49,58 45,28 76,8 920 904 659 282,3 150,4 98,0 Taxa de Emissão de NOx(Kg/h) 0,94 1,2 1,14 0,066 0,05 0,13 0,08 -92,79 1,27 1,17 0,036 0,03 1,22 0,87 0,193 0,10 0,07 Obs: Valores em base seca e 3% de excesso de oxigênio.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Redução de Material Particulado Redução de Oxido de Enxofre

RESULTADOS E DISCUSSÃO Redução de Oxido de Nitrogênio Durante a combustão há possibilidade de formação de HPAs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) associados ao material orgânico particulado, que de acordo com LORA (2002) tem efeito cancerígenos comprovado em animais, sendo necessário o seu monitoramento.

CONCLUSÃO ENVOLVEM A REDUÇÃO: Paradas para limpeza; Obstruções de linhas (consumo de óleo Diesel); Válvulas e bicos de queimadores; Redução efetiva no consumo de combustível por volta de 19%; Redução do consumo de energia (aquecimento da linha). É necessário realizar análises de HPAs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos), durante a queima do óleo OC-B1-RARO para verificar se existe a formação destes compostos. Ainda, deve-se atentar aos VOCs como fontes fugitivas que são considerados cancerígenos genotóxicos. óleo OC-A1-BPF óleo OC-B1-RARO MP, NOx e SOx MP - 55,9% SOx - 97,32% NOx– 92,79%

Obrigado!