Português Formação de palavras.

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Transcrição da apresentação:

Português Formação de palavras

Formação de palavras Uma sociedade em permanente mudança, que cria a to- do instante novas necessidades e novos objetos de consumo, precisa ter também uma linguagem dinâmica, que acompa- nhe essas transformações. O falante de uma língua poderá formar uma palavra nova: a partir de elementos já existentes, importando um termo de uma língua estrangeira ou alterando o significado de uma palavra antiga, sempre que for necessário um nome para designar uma idéia ou objeto novo.A palavras assim criadas, dá-se o nome de neologismos.

Os avanços na era da informática nos últimos tempos, por exemplo, acabaram por incorporar à língua portuguesa inúmeros termos novos. Há, na língua portuguesa, muitos processos pelos quais se formam palavras e cujos mecanismos são constantemente utilizados para traduzir, em palavras novas, novas realidades. Entre os processos de formação de palavras, dois são mais comuns em português: a derivação e a composição.

Derivação É o processo pelo qual a partir de uma palavra se for- mam outras, por meio do acréscimo de certos elementos que lhe alteram o sentido primitivo ou lhe acrescentam um sentido novo. Os processos de derivação são:  Derivação prefixal: ocorre quando há acréscimo de um prefixo a um radical. Contrapor contra + por prefixo radical

 Derivação sufixal:ocorre quando há acréscimo de um sufixo a um radical. arvoredo  arvor + -edo radical sufixo  Derivação parassintética: ocorre quando há acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical. Engarrafar  en- + garraf + -ar prefixo radical sufixo As formas parassintéticas são constituídas por substanti- vos e adjetivos e podem ser nominais (alinhamento, embarcação, desalmado) e verbais ( anoitecer, enraivecer, endurecer). Os pre- fixos que geralmente são empregados na formação de parassin- téticos verbais são: es-, em-,a-.

 Derivação prefixal e sufixal: ocorre quando há acréscimo não-simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical. imperdoável im- + perdo + -ável radical prefixo sufixo  Derivação regressiva: ocorre quando há eliminação de ele- mentos terminais (sufixos, desinências). Consumir  consumo Observação: Às vezes é difícil distinguir se a palavra é primitiva ou derivada. O filólogo Mário Barreto sugere “(...) se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas se o nome denota algum objeto ou substância, se verificará o contrário”. Assim choro, socorro e emprego, denotadores de ação, são palavras derivadas; azu- lejo, alimento e fumo são palavras primitivas que dão origem aos ver- bos azulejar, alimentar e fumar.

Derivação imprópria: ocorre quando há mudança de sentido e de classe gramatical. Só é possível identificar uma derivação imprópria dentro de um contexto ou de uma frase. O animal foi capturado pelo zoológico e a festa foi animal. substantivo adjetivo COMPOSIÇÃO Consiste na assoçiação de duas ou mais palavras (ou ra- dicais), para formar uma outra de significação nova, à qual se denomina palavra composta. Os dois tipos de composição são: justaposição e aglutinação.

 Composição por justaposição As palavras unem-se sem qualquer alteração fonética e gráfica. Ex.: guarda-noturno, dona-de-casa, obra-prima, pé-de-moleque, dia-a-dia, joão-ninguém, alma-gêmea etc.  Composição por aglutinação As palavras associadas se fundem num todo fonético, com um só acento tônico, e o primeiro componente perde al- guns elementos, normalmente acento tônico, vogal e consoan- te. Ex.: petróleo(pedra + óleo), aguardente (água + ardente), embora (em + boa + hora), vinagre (vinho + acre), fidalgo (filho + de + algo)

Outros processos  Hibridismo O hibridismo é a formação de palavras por derivação ou composição, a partir de elementos (radicais e afixos) pro- vindos de línguas diferentes. Ex.:burocracia (francês e grego), goiabeira (tupi e português), sociologia (latim e grego), asmático (português e latim)  Abreviação vocabular (ou redução) Consiste em reduzir as palavras, com o objetivo de eco- nomizar tempo e espaço na comunicação falada e escrita. Ex.: auto (automóvel), pneu (pneumático), ônibus (auto-ônibus), moto (motocicleta), foto (fotografia), quilo (quilograma).

 Siglas São empregadas principalmente como redução de no- mês de empresa, firmas, organizações internacionais, partidos políticos, serviços públicos, associações estudantis e recreati- vas. Ex.: IBOPE, ONU, UNE, IBGE, CD, AIDS, etc.  Abreviatura É a redução na grafia de certas palavras, geralmente, as limitando à letra inicial ou às letras iniciais e, às vezes à letra inicial com a final. Ex.: p. ou pág. (página), cal (caloria), Sr. (senhor), av. (avenida)

 Onomatopéia A onomatopéia consiste na formação de palavras que buscam reproduzir vozes de seres, sons ou ruídos da natureza. zas! tique-taque piu! bum! toque-toque miau! cabrum! zigue-zague au! Observação: em geral, os verbos e substantivos denotadores de vozes de animais têm origem onomatopéica. Ex.: ciciar (cicio da cigarra), coaxar (coaxo da rã e do sapo).  Palavra-valise Palavra-valise é uma redução que utiliza parte de duas palavras primitivas para formar uma palavra nova. Elefantástico (elefante + fantástico); portunhol (português + espanhol), brasiguaio (brasileiro + paraguaio).

 Estrangeirismo É o emprego de palavra estrangeira em frases de língua portuguesa. As palavras estrangeiras incorporadas à língua pelo uso constante podem ganhar ortografia portuguesa e/ou originar novas palavras por meio de processos típicos do português. Do ponto de vista formal podemos reconhecer 3 tipos de estrangeirismos: a) Decalque Versão literal do lexema modelo na língua originária. Ex.: antipoluente, bens de consumo, cartão de crédito, toca-fitas, freio, fim de semana, pára-brisa, supermercado, etc.

b) Adaptação da forma estrangeira à fonética e ortografia brasileira Isso ocorre em geral quando o estrangeirismo já foi ado- tado há muito tempo pela nossa cultura. Exemplo: Anglicismos: boicote (boy-cott), clube (club), coquetel (cocktail), drinque (drink), estoque (stock), filme (film), futebol (foot-ball), xampu (shampoo), sanduíche (sandwich), teste (test), etc. Galicismo: ateliê (atelier), bufê (buffet), boate (boite), patê (paté), pivô (pivot), ruge (rouge), toalete (toilette), chofer (chauffeur) etc

c) Incorporação do vocábulo com a sua grafia e fonética originais • anglicismos: best-seller,check-up, close-up,cowboy, gangster, hamburguer, hardware, know-how, layout, marketing, poster, play-boy, show, smoking, software, xerox, etc. • galicismos: avant-premiér, couvert, gourmet, lingerie, tournée, maitre-d’hôtel, pot-pourri, reveillón,etc. • outros idiomas: karatê (coreano), quibe (árabe), vodca (russo), iogurte (turco), pizza (italiano), campus, curriculum (latim), etc

Não há dúvida alguma de que, após a Segunda Guerra Mundial, os empréstimos e apropriações da língua inglesa pro- liferaram, seja porque a cultura norte-americana invadiu vários segmentos (cinema, informática, música), seja pelo poder polí- tico e econômico dos Estados Unidos.

 Gírias São palavras ou expressões de criação popular que nas- em em determinados grupos sociais ou profissionais e que, às vezes, por sua expressividade acabam se estendendo à lingua- gem de todas as camadas sociais. Gírias curiosas • Anos 60 e 70 bulhufas ou lhufas: nada. carango: carro cricri: chato gaita: dinheiro mora? Entende? tá ruço: tá ruim broto:moça boko-moko: pessoa que não sabe se comportar, seja no mo- do de falar, seja no modo de vestir. papo-firme: que não dá mancada na crista da onda: em pleno sucesso

• dos metaleiros capilas: dinheiro breja: cerveja pão molhado: policial • dos lutadores de jiu-jitsu amarelão: medroso cheio de marra: metido casca grossa : lutador muito bom tomar toco: levar o fora • dos internautas lemmar: falso internauta lag:demora no recebimento de mensagens [ ]e: abraços