Leonardo de Almeida Monteiro

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Transcrição da apresentação:

Leonardo de Almeida Monteiro ENSAIOS DE TRATORES Leonardo de Almeida Monteiro FCA - UNESP/Botucatu aiveca@fca.unesp.br

OBJETIVOS Avaliar o desempenho de tratores agrícolas. Gerar informações para dimensionar e racionalizar o uso de conjuntos moto mecanizados na agricultura. Comparar tratores independente do local da realização do ensaio.

HISTÓRICO CENTROS DE ENSAIOS Instituições Oficiais credenciadas pelos governos dos países que possuem uma indústria de tratores Principais centros de ensaios Brasil CENTRI, 1950 – Centro de ensaios e treinamento rural de Ipanema – MAPA CENEA, 1975 – Centro nacional de engenharia agrícola - Fazenda Ipanema – Sorocaba. Decreto nº 76.895, de 23 de dezembro de 1975.

HISTÓRICO DEA/IAC – Divisão de Engenharia Agrícola do IAC, localizado em Jundiaí – SP. Principais Centros de Ensaios no Exterior: Estados Unidos Nebraska – Universidade de Nebraska, é o mais conhecido e famoso centro de ensaios do mundo. Alemanha Centro de Ensaio de Máquinas Agrícolas da DLG

HISTÓRICO Espanha Estação de Mecanização Agrícola de Madri, Laboratório Oficial para ensaios de Homologação de tratores agrícolas Argentina Instituto de Engenharia Rural – INTA, Buenos Aires

“ANTIGO” CENEA

Ensaios obrigatórios Ensaios facultativos O ensaio de tratores agrícolas é constituído de duas etapas: Ensaios obrigatórios Ensaios facultativos

Ensaios obrigatórios Dados ponderais e dimensionais do trator Ensaios de desempenho na tomada de potência - TDP Ensaios na barra de tração em pista de concreto – Barra de tração

Ensaios facultativos Sistema hidráulico Freios Nível de ruído Motor do trator Ensaios de campo

ENSAIOS NA BARRA DE TRAÇÃO Pista de Concreto

Unidade móvel para ensaio na barra de tração - UMEB Pista de concreto

Unidade móvel para ensaio na barra de tração - UMEB Solo mobilizado

Unidade móvel para ensaio na barra de tração - UMEB Solo firme

Força na barra de tração CÉLULA DE CARGA (10 t)

ENTRADA DO COMBUSTÍVEL Consumo de combustível ENTRADA DO COMBUSTÍVEL SAÍDA DO COMBUSTÍVEL FLUXÔMETRO

Patinagem do rodado SENSORES DE ROTAÇÃO

Patinagem do rodado ACIONAMENTO RODA ODOMÉTRICA

Sistema para aquisição e monitoramento de dados obtidos por sensores

Dados obtidos Velocidade de deslocamento, km.h-1; Consumo específico de combustível, g.kwh-1; Potência útil na barra de tração do trator, kw Patinagem nas rodas motrizes, %; Capacidade operacional de campo, ha.h-1.

Otimização do desempenho de tratores

Para otimizar o desempenho de um trator devemos: ADEQUAÇÃO DO TRATOR Para otimizar o desempenho de um trator devemos: DETERMINAR O PESO CORRETO (LASTRAGEM) DO TRATOR: NO EIXO DIANTEIRO NO EIXO TRASEIRO UTILIZAR PNEUS ADEQUADOS E CORRETAMENTE INFLADOS ADOTAR VELOCIDADE (MARCHA) ADEQUADA AVALIAR AVANÇO, PATINAGEM E QUALIDADE DA OPERAÇÃO REGISTRAR DADOS OPERACIONAIS: ha/h; L/h; L/ha; EFICIÊNCIAS

LASTRAGEM Lastragem Excessiva: aumento da carga sobre a transmissão perda de potência de tração rompimento das garras dos pneus compactação do solo alto consumo de combustível baixa produtividade Lastragem Insuficiente: excessiva patinagem das rodas perda de potência de tração desgaste acentuado dos pneus alto consumo de combustível baixa produtividade

OTIMIZANDO A LASTRAGEM Determinar o peso total recomendado e a distribuição de peso para a aplicação. Tipo de Lastragem Leve Média Pesada kg/cv 50 55 60

DISTRIBUIÇÃO DO PESO DO TRATOR Modelo do trator Eixo do trator Equipamento Arrasto Semi-montado Montado (3º ponto) 4x2 Dianteiro Traseiro 25% 75% 30% 70% 35% 65% 4x2 – TDA 4x4 40% 60%

EXEMPLO: Distribuição do peso no eixo dianteiro e traseiro (kgf) Eixo Traseiro (kgf) 7700 x 0,35 x 0,65 2700 5000

LASTRAGEM SÓLIDA PESOS DIANTEIROS PESOS TRASEIROS

LASTRAGEM LÍQUIDA: Água É a adição de água nos pneus do trator. A posição do bico, indica a quantidade de água introduzida. BICO NA PARTE SUPERIOR 75% DE ÁGUA 60% DE ÁGUA BICO A 450 NA PARTE SUPERIOR BICO NA ALTURA MEDIANA 50% DE ÁGUA BICO A 450 NA PARTE INFERIOR 40% DE ÁGUA BICO NA PARTE INFERIOR 25% DE ÁGUA

PROCEDIMANTOS PARA LASTRAGEM LÍQUIDA

LASTRAGEM LÍQUIDA BICO NA PARTE SUPERIOR 75% DE ÁGUA

BICO A 450 NA PARTE SUPERIOR LASTRAGEM LÍQUIDA BICO A 450 NA PARTE SUPERIOR 60% DE ÁGUA

LASTRAGEM LÍQUIDA BICO NA ALTURA MEDIANA 50% DE ÁGUA

BICO A 450 NA PARTE INFERIOR LASTRAGEM LÍQUIDA BICO A 450 NA PARTE INFERIOR 40% DE ÁGUA

LASTRAGEM LÍQUIDA BICO NA PARTE INFERIOR 25% DE ÁGUA

DIMINUIÇÃO DE ATÉ 20 % NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL CALIBRAGEM CORRETA DIMINUIÇÃO DE ATÉ 20 % NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL ECONOMIA DE ATÉ 7,5 % NO TEMPO GASTO DIMINUIÇÃO DE ATÉ 80 % NA COMPACTAÇÃO DO SOLO

NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL EFEITO DA CALIBRAGEM NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL SOLO FIRME AUMENTO DE 7% NO CONSUMO

SOLO COM PALHADA AUMENTO DE 18% NO CONSUMO

  SOLO PREPARADO AUMENTO DE 16% NO CONSUMO

AUMENTO DE 8% NO CONSUMO   SOLO ARENOSO AUMENTO DE 11% NO CONSUMO

Patinagem (%) = [ Voltas sem carga - Voltas com carga] x 100 DETERMINAÇÃO DA PATINAGEM MÉTODO PRÁTICO: Patinagem (%) = [ Voltas sem carga - Voltas com carga] x 100 Voltas sem carga

VOLTAS EQUIPAMENTO LEVANTADO VOLTAS EQUIPAMENTO TRABALHANDO TABELA DE PATINAGEM VOLTAS EQUIPAMENTO LEVANTADO VOLTAS EQUIPAMENTO TRABALHANDO PATINAGEM (%) 10,0 9,5 5 10 9,0 8,5 15 8,0 20 7,5 25 7,0 30

IDENTIFICAÇÃO VISUAL DA PATINAGEM Marcas no solo pouco definidas indicam deslizamento excessivo.Neste caso deve-se aumentar a quantidade de lastro no trator Marcas no solo claramente definidas indicam deslizamento reduzido. Neste caso deve-se diminuir a quantidade de lastro. A lastragem e a patinagem estará correta quando no centro houver sinais de deslizamento e as marcas nas bordas externas estiverem bem definidas.

AVANÇO Diferença entre o número de voltas da roda dianteira sem tração e com tração para 10 voltas completas da roda traseira, medido em tratores 4x2 TDA e 4x4. AVANÇO RECOMENDADO 1 a 5%

DETERMINAÇÃO DO AVANÇO 10 VOLTAS DA RODA TRASEIRA N0 DE VOLTAS DA RODA DIANTEIRA: COM TRAÇÃO DIANTEIRA LIGADA COM TRAÇÃO DIANTEIRA DESLIGADA

FORÇA DE TRAÇÃO PELO PESO NO RODADO COEFICIENTE DE TRAÇÃO FORÇA DE TRAÇÃO PELO PESO NO RODADO Patinagem (%) 165,5 kPa (24 psi) 125 kPa (18 psi) 97 kPa (14 psi)

EFICIÊNCIA TRATIVA: TRATORES 4X2 TDA E 4X4

Exercício: Calcular força de tração, Ft V=5,57 km.h-1; diesel d=0,75 kg.kg-1; Rendimento de tração, nt = 38,61% Pm= 100,98 kw Pb=kw; Ft= kN; V= km.h-1.