III SEMINÁRIO DE ALEITAMENTO MATERNO DCAM-SBP

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Transcrição da apresentação:

III SEMINÁRIO DE ALEITAMENTO MATERNO DCAM-SBP “ Ser pediatra é amparar a vida na nascente, é alegrar-se com o vigor do primeiro choro... Ser pediatra é ensejar o encontro que gera colostro, jorra leite, brota estímulos, lança sinapses, estrutura cérebro, funda afeto, aprofunda ternura, desenha sorrisos, revela singularidades ... ” Dr. Dioclécio Campos Júnior Presidente da SBP

AMAMENTAÇÃO E INFECÇÕES MATERNAS VITÓRIA, 22 MAIO 2009 JEFFERSON PEREIRA GUILHERME PEDIATRA CONSULTOR EM LACTAÇÃO MEMBRO DO DCAM-SBP

CONTRA-INDICAÇÕES AO ALEITAMENTO MATERNO

REGRA GERAL DE FORMA GERAL É BASTANTE RARA A CONTRA-INDICAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO. QUANDO NECESSÁRIO, GERALMENTE A CONTRA-INDICAÇÃO É TEMPORÁRIA

A nutriz, ao apresentar sintomas de uma doença, geralmente já expôs seu filho ao agente patogênico e a orientação geral é manter o aleitamento. Se a mãe suspende a amamentação quando surgem os sintomas da doença,a proteção ao lactente fica diminuída,aumentando a chance de a criança adoecer

AIDS, HLTV CONTRA-INDICAÇÃO FORMAL AO ALEITAMENTO MATERNO

Risco de transmissão vertical do HIV 100 100 Pressupostos: ▪ Prevalência de infecção de HIV entre mães de 20¨% ▪ Taxa de transmissão durante gravidez/parto de 20% ▪ Taxa de transmissão durante a amamentação de 15% 80 60 Taxa de transmissão 40 20 20 4 3 Mães Mães HIV+ Lactentes infectados via gravidez/parto Lactentes infectados via amamentação Baseado em dados de: WHO. HIV & infant feeding counselling tools: Counselling cards. Geneva, Switzerland, 2005.

Consulta Técnica OMS/UNAIDS/UNICEF de outubro 2006 sobre HIV e Alimentação Infantil A opção mais apropriada de alimentação infantil de filhos de mães HIV+ depende das suas circunstancias sociais e econômicas, dos serviços disponíveis e do aconselhamento recebido. Quando a substituição é Aceitável, Factível, Acessível, Sustentável e Segura (AFASS), recomenda-se evitar amamentar. AME é recomendado para os primeiros 6 meses a menos que a substituição seja AFASS O processo de aconselhamento para mães de bebês de 0-6 meses deve ser simples: ou Formula infantil comercial ou AME. Fórmulas preparadas em casa não são recomendadas para os primeiros 6 meses. A amamentação transmite o vírus da Aids. Mas, deve-se deixar claro o maior risco de transmissão do HIV devido a aleitamento misto.

Recomendações sobre HIV e alimentação de lactentes Se a condição da mãe for desconhecida, deve-se: Incentivá-la a realizar o teste para HIV e a buscar aconselhamento Promover práticas ideais de alimentação (amamentação exclusiva por 6 meses, introdução de alimentos complementares adequados por volta do 6º mês e manutenção da amamentação por 24 meses ou mais). Aconselhar a mãe e seu companheiro sobre como evitar a exposição ao HIV Adaptado de: WHO/Linkages, Infant and Young Child Feeding: A Tool for Assessing National Practices, Policies and Programmes. World Health Organization, Geneva, 2003(Annex 10, p. 137).

Se a mãe for HIV negativa, deve-se: Promover práticas ideais de alimentação infantil (ver acima) Aconselhar a mãe e seu companheiro sobre como evitar a exposição ao HIV Se a mãe for HIV positivo, deve-se: Oferecer acesso a medicamentos anti-retrovirais para prevenir a transmissão vertical e indicá-la para cuidado e tratamento de sua saúde. Oferecer aconselhamento sobre os riscos e benefícios das diversas opções de alimentação de lactentes, levando em conta a aceitabilidade, factibilidade, acessibilidade, sustentabilidade e segurança (AFASS) das várias opções. Ajudá-la a escolher a opção mais apropriada. Oferecer aconselhamento sobre alimentação infantil para a mãe após interrupção precoce da amamentação.

Fatores de risco para a transmissão do HIV durante a amamentação* Condição imunológica/de saúde Carga viral no plasma Vírus no leite materno Inflamação nas mamas (mastite, abscessos, sangramento nos mamilos) Nova infecção pelo HIV Lactente Idade (primeiro mês) Duração da amamentação Amamentação não exclusiva Lesões na boca ou no intestino Prematuridade, baixo peso no nascer Fatores genéticos – hospedeiro/vírus This Transparência summarizes the known risk factors for HIV transmission during breastfeeding, which is also known as postnatal HIV transmission. The Transparência is divided into risk factors for mothers and those for infants. Most (though not all) of these risk factors will be discussed in this presentation. * Também chamada de transmissão pós-natal do HIV Fonte: WHO. HIV transmission through breastfeeding: A review of available evidence. Geneva, Switzerland, 2004 (resumido por Ellen Piwoz).

CONTRA-INDICAÇÕES TEMPORÁRIAS DOENÇA DE CHAGAS VARICELA ATIVA HERPES ATIVO

Não há indicação de suspender a amamentação Nas mães com ITU Infecção bacteriana da parede abdominal Episiorrafia Mastite Gripe

CONDUTA EM INFECÇÃO MATERNA VIRAL Tipo de vírus Citomegalovírus Hepatite A Hepatite B Hepatite C Rubéola Caxumba Herpes Simples e Herpes zoster Varicela Sarampo HTLV I e II HIV Recomendação Amamentar Amamentar, desde que aplicadas a vacina anti-hepatite B e a imunoglobulina. Amamentar. Contra indicar se houver fissura nos mamilos Amamentar se não tiver lesões nas mamas Amamentar, exceto quando as lesões surgirem 5 dias antes a 2 dias após o parto Não amamentar

NÃO CONTRA-INDICAM SÍFILIS GONORRÉIA CLAMIDÍASE TRICOMONÍASE

Infecção na nutriz Conduta Conduta em relação à amamentação em infecções bacterianas e parasitárias Infecção na nutriz Tuberculose pulmonar abacilífera Hanseníase não-contagiante Mastite Sífilis Brucelose Doença diarréica Doença de Chagas Malária Conduta Amamentar Amamentar após tratamento