Ilustração

Ilustração: Desenhos ilustrativos, quadros, gráficos e até mesmo tabelas chamam a atenção do leitor porque diferem do ambiente de texto em torno. Além de “decorar” a página, funcionam como ganchos para levar o leitor a ler o texto e dão variedade para o conjunto da revista.

A ilustração não deve ter apenas uma qualidade visual mas também ser informativa e adequada ao conteúdo da matéria. Hoje a ilustração é usada para representar temas emocionais ou abstratos, matérias didáticas nas quais é necessário dar uma instrução que não seria tão clara com fotos.

É usada também quando a fotografia não é possível, seja por razões práticas – uma situação perigosa, por exemplo -, seja quando há restrições legais ou de segurança – um julgamento em um Tribunal de Justiça, onde se proíbe a entrada de fotógrafos, ou quando a pessoa em questão não pode ser identificada.

É essencial que o ilustrador entenda bem o que se quer, porque, aqui, diferentemente de fotos, que você recebe várias alternativas para escolher, o ilustrador entrega somente um trabalho. Melhor pedir alguns esboços antes da execução final.

Caricatura: Um tipo de ilustração ainda bastante utilizado, especialmente para retratar políticos de maneira satírica, irreverente e bem-humorada. Também para ilustrar alguns perfis – a revista Time ainda usa essa técnica em suas capas. Revistas como The Economist e New Yorker usam-na regularmente.

A tipografia como ilustração: As revistas modernas usam a técnica de manipular a tipografia para obter um efeito ilustrativo – agigantar letras em um título, criar aberturas de matérias elaboradas com tipos. Com isso, a matéria se destaca das outras.

Infográficos: Dados estatísticos complexos podem ser explicados e comparados por meio de utilização de mapas, diagramas, quadros e tabelas.

Eles substituem longas explicações e ajudam o leitor a receber a mensagem rapidamente. Um assunto sem graça, ou difícil de expressar em palavras, pode se tornar mais claro com infográficos.

As fotos ajudam o leitor a ter uma impressão visual da realidade; infográficos ajudam o leitor a entender o que é pesado, intangível ou escondido. Além de informar e explicar, quebram a monotonia do texto e tornam a página mais atraente.

Diagramas podem mostrar como uma coisa funciona, gráficos revelam evolução e tendências ao longo do tempo. Mapas coloridos indicam a localização de cidades – um mapa da cidade é em geral melhor localizador do que uma foto aérea da mesma área. Como as fotos, os infográficos podem ser bons ou ruins.

Gráficos: A maioria dos gráficos é uma chatice isso ocorre porque são feitos de maneira mecânica, com no máximo uma corzinha para animar.

Um gráfico bem-feito atrai o leitor, diz alguma coisa que vale a pena ser dita, transmite uma opinião, um valor ou um julgamento. É resultado de um pensamento editorial.

Não force o leitor a fazer deduções: O gráfico tem de falar por si, passando a informação imediatamente. O leitor não vai se dar ao trabalho de adivinhar o que o gráfico quer dizer.

Trabalhe para não dar trabalho ao leitor Trabalhe para não dar trabalho ao leitor. Evite o uso de legendas para explicar o gráfico; em vez disso, coloque as definições diretamente nele, facilitando a compreensão. Identifique cada linha explicitamente.

Mantenha o gráfico simples: Gráficos atulhados de informação mais escondem do que mostram. As pessoas não podem comparar 4 coisas simultaneamente. Encher o gráfico de números é tão ruim quanto não dar nenhuma informação.

É preciso ver quantas variáveis podem ser incorporadas sem dificultar a compreensão. Um gráfico de pizza, por exemplo, não deve ter mais do que 6 fatias para que elas não percam a diferenciação. Evite o supérfluo – quantos menos elementos, melhor.