8ª SÉRIE DISCIPLINA: ARTE PROF. JULIANA SENA

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ARTE BIZANTINA A arte bizantina está dirigida pela religião, ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros.
Transcrição da apresentação:

8ª SÉRIE DISCIPLINA: ARTE PROF. JULIANA SENA ARTE BIZANTINA 8ª SÉRIE DISCIPLINA: ARTE PROF. JULIANA SENA

No século IV, com a invasão dos povos bárbaros ao Império Romano, o imperador Constantino resolveu dividir o império em dois e transferir o centro das decisões para a cidade de Bizâncio, a qual passou a ser chamada Constantinopla. Em razão da localização da capital do Império Romano do Oriente, o desenvolvimento da arte foi influenciado por diversos povos, como gregos, persas, armênios, entre outros; o que resultou em um novo estilo artístico: a arte bizantina.

De caráter totalmente religioso, este estilo se caracterizou pela sua função educativa. Em outras palavras, a arte bizantina tinha o fim de orientar os cristãos a respeito da vida de Jesus Cristo e outros assuntos relacionados, e não somente a função decorativa. Tal fator é facilmente assimilado se levarmos em conta que na época cabia ao clero a função organizar todas as formas de arte. Além do mais, o regime vigente era a teocracia.

Na representação acima, vemos o padre realizando um batismo, e os demais fiéis em volta, aguardando para serem " santificados ", na imagem observamos imperadores, e alguns anjos, que são significativos para a cultura bizantina, já que são ícones dessa arte, essa arte volta-se principalmente para a religião.

Na imagem acima, vemos a Igreja se Santa Sofia, e como na arte bizantina, é planeada sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por diversas cúpulas, que deram origem a edifícios grandes e decorados. Anteriormente as igrejas eram sustentadas por colunas, onde haviam capitéis trabalhados e decorados com revestimento de ouro.

O Mosaico é outra forma de representação de imagens na arte bizantina, a principal característica é o seu envolvimento com a religião. O mosaico não é destinado somente a decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. No mosaico bizantino as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade, a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais que é o ouro.

A imagem acima, é uma representação da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo, e do lado esquerdo e direito um homem e uma mulher os servindo, as cores utilizadas, destacam o foco para a Virgem e o Menino Jesus, podemos observar características da arte bizantina no alongamento do rosto, na utilização das cores e no tema que é religioso.

A imagem acima Representa a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços, encostado em seu rosto, e ela o acariciando. É também conhecida como "Madona amorosa", ou do doce amor, pois a imagem representa uma cena de bastante afeto, ou carinho entre mãe e filho. O artista introduziu a arte bizantina no alongamento da figura representada e também nas cores.

ARTE CRISTÃ PRIMITIVA

Após a morte de Jesus Cristo, seus discípulos passaram a mostrar seus ensinamentos, os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em galerias subterrâneas, chamadas catacumbas, dentro dessas galerias, o espaço para receber o corpo das pessoas era pequeno, os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores que passaram a receber em seu teto e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura cristã. É importante notar que essa arte cristã primitiva não era executada por grandes artistas, mas por homens do comuns, convertidos à nova religião, por isso sua forma rude, às vezes grosseira, mas, sobretudo muito simples.

Aqui vemos um peixe, numa pintura mural das catacumbas, sem muitos detalhes, pintura simples e rude.

Imagem de uma capela grega das catacumbas, com algumas imagens em seu teto, nesse lugar eram enterrados os mártires.

Não se vê bem ao certo a imagem com muita precisão, mas vemos que provavelmente pode ser a representação de Jesus Cristo, a arte é rude, com muitos detalhes, mas acaba sendo simples.

A arte cristã primitiva, assim como a arte bizantina se caracteriza pela ligação religiosa, na imagem, vemos a representação de um pastor junto do seu rebanho. Arte com muitos detalhes, porém, com acabamento grosseiro.

A imagem de catacumba, tendo como figura central uma mulher com os braços levantados em súplica e oração num cenário que sugere o paraíso.

ARTE EGÍPCIA

Além das pirâmides e templos, os egípcios deixaram relevos, esculturas, adornos, miniaturas, afrescos e desenhos realizados em papiros. Em todas essas manifestações, eles se mostraram artistas refinados, capazes de produzir obras de uma beleza que ainda hoje sensibiliza. Além disso, nessas obras eles registraram muitos aspectos de sua vida cotidiana. Grande parte de nosso conhecimento sobre a sociedade egípcia se deve a esse extraordinário acervo de obras de arte.

A arte egípcia é profundamente simbólica A arte egípcia é profundamente simbólica. Todas as representações estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. Do mesmo modo a simbologia serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.

A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis retilíneos (em linha reta) de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.

CORES A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas. As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida:

Preto : era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar a fertilidade e a regeneração. Este último aspecto encontra-se relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari.

Branco : obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artisticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco. Vermelho: obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens

Amarelo : para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras. Verde: era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde. Azul : obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu.

Lei da Frontalidade Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de um forte componente de estática, de uma imobilidade solene.

O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultâneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado. O fato de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verificado poucas inovações, deve-se aos rígidos cânones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao espírito criativo individual.

A conjugação de todos estes elementos marca uma arte robusta, sólida, solene, criada para a eternidade.

ARTISTAS Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anônimos, sendo que só em poucos casos se conhece efetivamente o nome do artista. Tão pouco se sabe sobre o seu caráter social e pessoal, que se crê talvez nem ter existido tal conceito no grupo artístico de então. Por regra, o artista egípcio não tem um sentido de individualidade da sua obra, ele efetua um trabalho consoante uma encomenda e requisições específicas e raramente assina o trabalho final.

Também as limitações de criatividade impostas pelas normas estéticas, e as exigências funcionais de determinado empreendimento, reduzem o seu campo de atuação individual e, juntamente com o facto de ser considerado um executor da vontade divina, fazem do artista um elemento de um grupo anônimo que leva a cabo algo que o transcende.

O trabalho é efetuado em oficinas, onde se reúnem os executores e os seus mestres nas diferentes tipologias artísticas, escultores, pintores, carpinteiros e mesmo embalsamadores. Nestes locais trabalha-se em série e os trabalhos, por consequência, saem em série.

ESCULTURAS EGÍPCIAS pilares de templo egípcio construídos para representar florestas

Escultura de Nefertiti, uma das mulheres mais lindas do Egito antigo Pesquisadores alemães submeteram a máscara mortuária da rainha Nefertiti a tomografia computadorizada e descobriram que, por trás da imagem conhecida existe uma outra versão, levemente diferente. É possível que a obra escondida fosse um rascunho fiel do rosto da rainha. fonte: revista Aventuras na História. por. Tiago Cordeiro. ed. abril. edição 71 – maio/2009

AFRESCOS mulheres tocando flauta, alaúde e harpa (afresco encontrado em Tebas 1422 a 1411 a.C)

afresco da câmara mortuária de Tutankhamon, onde estão Anúbis, Tutankhamon e Isis.

A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na religião durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas.

O tempo e os acontecimentos históricos encarregaram-se de ir eliminando os vestígios desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possível redescobrir algo do seu legado no século XIX, em que escavações sistemáticas trouxeram à luz obras capazes de fascinar investigadores, colecionadores e mesmo o olhar amador.

A partir do momento em que se decifram os hieróglifos na Pedra de Roseta é possível dar passos seguros a caminho da compreensão da cultura, história, mentalidade, modo de vida e naturalmente da motivação artística dos antigos egípcios.