Bruna Alves Duarte Mota Maria João Santiago Mariana Amorim Nuna Fernandes 12º J

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia C e está inserido no projeto «Nós Propomos». Com o objetivo de solucionar alguns dos problemas que afetam a cidade de Braga, bem como para melhorar a qualidade de vida da população, apresentamos a seguinte proposta: a reabilitação de um edifício da Universidade do Minho, localizado na Rua do Castelo. Após uma observação atenta pelo centro da cidade e depois de recolhermos a informação necessária sobre qual a melhor localização para um edifício capaz de fazer face aos problemas que encontramos na cidade, constatámos que este seria o mais adequado.

Depois de efetuarmos uma pesquisa fundamentada, apercebemo-nos que, ao longo do nosso dia-a-dia passado na cidade de Braga, nos deparamos com os seguintes problemas: Carência de espaços de alojamento para os estudantes universitários, quer nacionais quer estrangeiros (Erasmus) que sejam confortáveis, acessíveis e modernizados e que possibilitem uma partilha de cultura, de saberes e de experiências; A principal residência, na rua dos bares da Universidade do Minho, encontra-se num local barulhento e bastante degradado; A biblioteca municipal, Lúcio Craveiro da Silva, encontra-se, frequentemente, sobrelotada, impossibilitando que outras pessoas a utilizem; Os jovens que pretendem passar uma tarde de lazer com os seus amigos ou familiares têm alguma dificuldade em encontrar um espaço onde se sintam confortáveis; Abandono por parte da população jovem do centro da cidade.

Pretendemos criar um espaço que reúna simultaneamente: A existência de uma residência universitária com uma cozinha e sala comum de convívio; Uma biblioteca dividida em dois setores, um mais recatado, destinado a um estudo individual e um outro destinado à realização de trabalhos de pesquisa e de grupo; Uma área comum de café e restauração que possa ser utilizada por todas as pessoas que usufruam de este espaço; Uma área livre que possa ser disponibilizada para várias funcionalidades como por exemplo, para localizar espaços de venda de produtos em segunda mão, exposições, festas temáticas, workshops, tertúlias, entre outras.

Edifício da Rua do Castelo

Os três pisos do edifício terão diferentes funções. A nossa proposta é a seguinte: 1º piso: área de restauração com esplanada; 2º piso: biblioteca; 3º piso: residência universitária.

De forma a averiguar a opinião de alguns bracarenses em relação a este projeto e também para divulgar esta iniciativa, recorremos à aplicação de um inquérito, cujos resultados passamos a apresentar: 50 pessoas inquiridas, das quais 21 são do sexo masculino e 29 são do sexo feminino; Idades compreendidas entre os 17 e os 53 anos; 6 perguntas realizadas.

Espaço para fotografias

Para o financiamento deste projeto recorriamos à linha de crédito “Jéssica”, a qual financia projetos de reabilitação urbana. Tendo em conta que o edifício está devoluto e pertence à Universidade do Minho, propomos a esta entidade a cedência do espaço para o desenvolvimento do nosso projeto, uma vez que, por um lado, colmatávamos uma lacuna existente na cidade e, por outro lado, evitávamos a degradação do edifício. Além disso, dávamos uma nova vida ao centro, pois passava a ser mais frequentado por uma população jovem, mais criativa, mais participativa, responsável pela dinamização de vários eventos importantes para a cidade. Dado que Braga é uma cidade plana e com boas acessibilidades, propomos que a deslocação dos estudantes para a Universidade seja realizada através de bicicletas gratuitas as quais ficarão localizadas junto do edifício (projeto proposto por um outro grupo da ESAS) uma vez que defendemos uma boa qualidade ambiental e a sustentabilidade.

Para a realização deste trabalho, tentamos reunir o máximo de informação possível sobre o edifício que selecionámos. Para tal, fomos à Câmara Municipal de Braga onde recebemos algumas orientações dos arquitetos, o que nos permitiu ter um contato mais real com este projeto. Posteriormente, e dado que a planta do edifício não estava na posse da Câmara Municipal, fomos à Reitoria da Universidade do Minho na esperança de ter acesso ao interior do edifício e à sua planta, o que, no entanto, não foi possível. De uma forma geral, este projeto proporcionou-nos um olhar mais atento sobre a nossa cidade, fazendo-nos refletir sobre os problemas com que nos deparamos no nosso dia a dia enquanto jovens cidadãos. O contato com a Câmara Municipal e a nossa colaboração com arquitetos e funcionários da mesma foram experiências que nos mostraram que a participação ativa dos cidadãos em iniciativas municipais é possível e bastante importante. Na nossa opinião, deveriam ser criados mais projetos deste género, de forma a possibilitar uma interação mais direta entre os cidadãos e a sua cidade.

(FOTOGRAFIA DO GRUPO)