ESTERILIZAÇÃO Enfa. Marcia Hitomi Takeiti SOBECC-Nacional-SP

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Caracterização térmica de filmes de cobre por termo-refletância Carolina Abs Caracterização térmica de filmes de cobre por termo-refletância Carolina Abs.
Advertisements

Carlos Driemeier Orientador: Prof. Israel J. R. Baumvol
Jumir Vieira de Carvalho Júnior Orientador: Cristiano Krug Laboratório de Superfícies e Interfaces Sólidas (LASIS) Laboratório de Implantação Iônica VII.
Corrosão (etching) seca
Técnicas e Projeto de Sistemas André Mesquita Rincon Processo de Software Técnico Subsequente – Módulo III.
MÉTODO DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO CALOR
Modelo planetário: errado Elétrons são descritos por meio de funções de onda Mecânica Quântica : probabilidades.
Profa Rejane Freitas Benevides
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Medidas de Precaução e Isolamento
Central de Material Esterilizado
Investigação de Surtos
Construção de Indicadores
Medidas de Prevenção e Controle Infecção de Sítio Cirúrgico
Medidas de Prevenção e Controle Infecção de Sítio Cirúrgico
Desinfecção e Esterilização de artigos médico-hospitalares
Esterilização e Desinfecção
Kazuko Uchikawa Graziano - EEUSP
Modelagem por elementos finitos da evolução
Prof. Dr. Amilton Sinatora
XP - Continuous Integration Leonardo Pereira Demilis.
Introdução Materiais e métodos Referências Por ser uma forma simples e barata de acumular energia, as baterias chumbo ácido vem ganhando destaque desde.
►► outras formas dessa equação:
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
JOGO DO MITO OU FATO MITOS: ESTÃO RELACIONADOS COM O GRAU DE INFORMAÇÃO PESSOAL, MAIS PRINCIPALMENTE COM A CULTURA E VALORES PREDOMINANTES NA SOCIEDADE.
Planejamento Familiar
Webcast Gestão da Manutenção Histórico de Aplicações e Manutenções.
Calorimetria – Mudança de Fase Professor: Marcelo Alano.
Diretoria de Ensino – Região de Mogi Mirim. Questões de múltipla escolha: elaboradas por professores e analisadas por especialistas; pré-testadas; realiza.
ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Poluição do ar
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO QUÍMICA BACHAREL
CRISTALIZADOR Equipamento: Acadêmica: Jaque B Viacelli
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Curitiba, 12 de Junho de 2007Carvão Vegetal TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO E USO MÚLTIPLO DE CARVÃO ATIVADO. Bruno Bueno Carolina Griebeler Patrícia Quinsler.
Ciências de Materiais I
Controle de nível de fluido (água)
Reômetros e viscosímetros
Materiais Propriedades mecânicas Reologia.
Introdução Geral.
Composição centesimal
TA 733 A – Operações Unitárias II
Transferência de Calor em Interfaces de Sistemas Não-Isotérmicos
TA 733 A – Operações Unitárias II
Transferência de Calor por Radiação Térmica
TA 534 – FENÔMENOS DE TRANSPORTE Transferência de massa
TA 733 A – Operações Unitárias II
TA 733 A – Operações Unitárias II
TA 733 A – Operações Unitárias II Transferência de Calor
ROPE TP-181 Avaliação da Qualidade de Farinhas e Cereais
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
TA 733 A – Operações Unitárias II
TA 733 A – Operações Unitárias II Transferência de Calor
TP 322 A – Fenômenos de Transporte I Transferência de Calor
“Novas Tecnologias Otimizam o Setor”
Preservação de Alimentos por Tecnologia dos Obstáculos
Igor S. França Rocha. A Energia e suas Fontes Fontes de Energia Renováveis Fontes de Energia Não-Renováveis Conclusões.
DETERGENTES Principal função
Gestão estratégica de custos: utilização do método de custeio UEP – Unidade de Esforço de Produção como ferramenta estratégica para redução do custo unitário.
M e d A d m i n. Quem é o público alvo da ideia? Profissionais vinculados à área da saúde, em particular, àqueles responsáveis pela administração de medicamentos,
Desempenho A rápida taxa de melhoria na tecnologia de computadores veio em decorrência de dois fatores: avanços na tecnologia utilizada na construção.
UERJ - Agosto 2000© Oscar Luiz Monteiro de Farias1 Bancos de Dados Mestrado em Engenharia de Computação área de concentração Geomática.
Aluno: Wagner Silva Ferreira
Sistema de Planejamento da Produção
PROJETO DE P & D ANEEL /2005 CELESC/UNISUL USO DA TURFA PARA TRATAMENTO DE ÓLEO DE TRANSFORMADORES.
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
Tamanho da amostra em pesquisa primária
CLIMATOLOGIA.
Otimização Aplicada ao Dimensionamento e Operação de Reservatórios
Conceitos Básicos de Redes de Computadores e acesso a Internet
Transcrição da apresentação:

ESTERILIZAÇÃO Enfa. Marcia Hitomi Takeiti SOBECC-Nacional-SP CME-InCor-HC-FMUSP

Histórico Antes 1950 , os instrumentos médicos eram feitos de materiais estáveis ao calor Após 1960, houve um grande aumento de materiais e tecnologias disponíveis para dispositivos médicos (era do plásticos) A utilização destes novas tecnologias de dispositivos médicos sensíveis ao calor e umidade requerem sofisticados esterilizações SHEA-2005

Métodos de Esterilização SHEA 2005 Novos Sistemas de Esterilização de Baixas Temperaturas Calor Gás Radiação Líquidos Químicos

Métodos de Esterilização CDC, 2000 1950 - Calor 1960 - Gás óxido de etileno, formaldeido 1980- Novas tecnologias de esterilização em baixas temperaturas: Peróxido de Hidrogênio Plasma de Peróxido de Hidrogênio Ácido Peracético Dióxido Clorine Ozônio (Canadá e EUA)

Escalas de Temperaturas dos métodos de Esterilização Vapor – 121 a 132°C Formaldeído – 70 a 80°C Óxido de Etileno – 55 a 65 °C Ácido Peracético – 35 a 55°C Peróxido de Hidrogênio Plasma de Peróxido de Hidrogênio Gás Dióxido Clorine Ozonio

Esterilização Remove ou destrói todos os microrganismos da superfície de um artigo ou dos fluidos para prevenir doenças associadas com o uso deste item. Dispositivos médicos que entram em contato com tecido estéril do corpo e sistema vascular são considerados artigos críticos. (RUTALA e WEBER, 1999)

Esterilidade É medido como uma probabilidade da esterilidade de cada item estar esterilizado. Esta probabilidade geralmente é referido como Nível de Segurança de Esterilidade (SAL) . É um número definido para margem de segurança nos processos de esterilização, ou seja, a probabilidade de sobrevivência de microrganismos viáveis após o processo de esterilização. (RUTALA e WEBER, 2002)

SAL 10-6 Para uma população inicial de 1.000.000 e para obter-se um SAL 10-6 deverá ocorrer uma redução de 12 ciclos logaritmos, ou seja, uma probabilidade de um item não estéril em 1.000.000 de itens. FDA – dispositivos médicos estéreis – SAL 10-6 (ROWE,1998)

Gráfico de SAL –6 ( SHEA,2005)

Esterilização a vapor saturado sob pressão O vapor saturado seco sob pressão é o processo de esterilização que maior segurança oferece no meio hospitalar, destruindo todas as formas de vida em temperaturas entre 121°C a 134°C. O vapor saturado sob pressão é a forma mais efetiva para utilização em procedimentos de esterilização, pois este tipo de vapor consegue penetrar em objetos porosos e permite assegurar a secagem após o processo. (NAKAMURA et al,2003)

Tipos de vapor Vapor saturado: vapor contendo somente água no estado gasoso, agregando tanta água quanto possível para sua temperatura e pressão ( 100% de umidade relativa) Vapor úmido: condensação, aumento da umidade do vapor, excesso de água. Vapor super aquecido: vapor saturado em alta temperatura , tornando –o seco dificultando a penetração do vapor nos artigos NAKAMURA et al 2003

Mecanismo de ação O calor latente pode ser compreendido como o calor recebido durante uma mudança de estado físico, mantendo-se a mesma temperatura. Durante o processo de esterilização, o vapor saturado sob pressão em contato com a superfície fria dos artigos que estão dispostos na autoclave sofre uma condensação, que libera o calor latente aquecendo e molhando simultaneamente os materiais. Assim, esse calor latente através da termocoagulação das proteínas provocará a morte letal dos microrganismos e a esterilização está fundamentada nessa troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado (GRAZIANO,2003)

Parâmetros – Esterilização a Vapor Qualidade do vapor - 100% seco saturado Pressão - obter altas T°C necessárias para matar rapidamente os microrganismos Temperatura – Específico para assegurar a morte microbiana Tempo – Específico relacionado com a Temperatura 121°C - 30 minutos em autoclaves gravitacional 134°C - 04 minutos em autoclaves pré vácuo

Ciclo de esterilização a vapor Drenagem do ar Admissão e exaustão do vapor Secagem

Tipos de Autoclaves Gravitacional – o ar é removido por gravidade, processo lento e permite a permanência de ar residual. Pré vácuo – evacuação mecânica, sistema o ar é removido, com formação de vácuo. Alto vácuo- remoção com único pulso Pulsos de pressurização- injeções e retiradas rápidas de vapor em temperatura inferior ao do processo (NAKAMURA et al, 2003)

Gráfico de Esterilização – Pré Vácuo

Gráfico de Esterilização – Vácuo pulsante

Monitorizarão do ciclo Esterilização a vapor Mecânicos – registros tempo, T°C e pressão Químicos – fita teste, integrador e Teste Bowie-Dick Biológicos – Ampolas contendo esporos de Bacilos Stearothermophilus

Esterilização – ciclo FLASH Consiste na esterilização de material termoresistente por meio de vapor saturado sob pressão, em um equipamento ajustado para efetuar o processo em tempo reduzido, diante de situações de urgência, como contaminação acidental de instrumental essencial ao procedimento em curso.Seu uso deve ser racionalizado, não devendo ser utilizado para quaisquer implantáveis. (SOBECC,2000)

Esterilização – ciclo FLASH Esterilização emergencial de instrumentais não porosos e desembalados num equipamento esterilizador gravitacional por 3 minutos a 132°C. É comumente utilizada nas salas de operação para esterilização imediata de um instrumento que tenha caído ou sido contaminado de outra maneira ou inapropriadamente para compensar inventários inadequados de materiais. (RUTALA, GERGEN e WEBER, 1993)

Tabelas de Tempo/Temperatura/Pressão Esterilização Flash

Vantagens da Esterilização a vapor Barato Eficaz Rápido Atóxico Microbicida Esporicida Fácil aquecimento Penetração em tecidos Corrosão e degração nos matérias

Muito Obrigada marcia.takeiti@incor.usp.br sobecc@sobecc.org.br