MODELAGEM AMBIENTAL Prof. Dr. Leonardo Fernandes Fraceto
Modelagem Matemática Ambiental
Processos Ambientais tridimensionais dinâmicos comportamentos não lineares componentes estocásticos (aleatórios) múltiplas escalas de tempo e espaço
Exemplo – Ciclo Hidrológico precipitação transpiração evaporação (interceptação) evaporação escoamento superficial infiltração zona de aeração ou zona não saturada percolação fluxo ascendente zona saturada lençol freático escoamento sub-superficial tridimensionais dinâmicos comportamentos não lineares componentes estocásticos (aleatórios) múltiplas escalas de tempo e espaço rocha de origem
Diferença Temporal Atmosfera Atmosfera horas anos Hidrologia da Superfície Atividade Humana
Seria possível modelar???
Como resolver isso?
Processos Ambientais - Alternativa Como representar estes processos? >> simplificação <<
Exemplo - Lago (oxigênio dissolvido) Produção (algas) Reoxigenação Consumo (peixes) Entra Sai O2 Para modelar pode-se considerar: Apenas água (sem processos internos) Considerar lago (com processos internos)
O que é Modelagem? Modelagem pode ser definida com um processo de aplicação do conhecimento fundamental ou experiência para simular ou descrever o comportamento de um sistema real para atingir certos objetivos
Modelagem Multidisciplinar
Modelo Modelo Um modelo é definido como uma representação simplificada e abstrata de um fenômeno, processo ou sistema Baseado em uma descrição formal de entidades, relações e comportamentos Permite por meio de variação de parâmetros, simular os efeitos de mudanças no fenômeno ou sistema que representa.
Modelo??? DQ = - K.M.DT Q K*M Dreno massa Tempo Q=vazão M=massa T=tempo
Um exemplo claro!!!
Modelo !!!
Para que se utilizam os Modelos Pensar Pensar a cerca da natureza de um sistema e do seu comportamento. Comunicar Capacidade de comunicação dos seus projetos para aqueles que deverão aprová-los, construí-los, operá-los ou mantê-los. Prever Examinar muitas possíveis soluções e decidir qual delas é a mais adequada (tomada de decisões). Controlar Através do modelo controlar o Sistema Físico Real. Ensinar e treinar Auxilio à instrução. Exemplo: diagramas, gráficos, plantas. Importantes suportes didáticos.
Algumas Estratégias Concentração de fenantreno em um lago Sorção/dessorção em sólidos suspensos Fotólise Biodegradação Vazão de entrada Vazão de saída Trocas na interface ar-água Trocas na interface água-sedimento Mistura
Representação Esquemática
Etapas para modelagem matemática Formulação do Problema Representação Matemática Análise Matemática Interpretação e avaliação dos resultados
Passos para Modelagem Matemática Passo 1 – Formulação do Problema Estabelecimento dos objetivos Caracterização do sistema Simplificação do sistema Passo 2 – Representação Matemática Passo 3 – Análise Matemática Passo 4 – Interpretação dos Resultados
Exemplo Indústria – descarga de poluente em um rio Passo 1 – Forma de Avaliar o impacto da descarga deste efluente no rio Modelo deve representar a variação longitudinal da concentração do poluente ao longo do rio Checar o comportamento do rio acima e abaixo do ponto de descarga do efluente
Representação Esquemática
Processo Ambientais do poluente dissolvido
Simplificação do Sistema
Representação Matemática Balanço de massa do poluente baseado no princípio de conservação de massa Fluxo de massa advectivo baseado na continuidade Fluxo de massa dispersivo baseado na lei de Fick Reação de perda de massa baseado em reações de cinética de primeira ordem
Análise Matemática
Interpretação dos resultados Coeficiente Angular r=1.0 Validação dos resultados Valores modelados Inclinação =1 Valores experimentais
Procedimentos para a construção de um modelo Definição do Problema Relação do problema com tempo, espaço e sub-sistemas Validação Coleta de dados Revisão Calibração Formulação matemática Análise de sensibilidade Verificação
Modelagem: um fato importante! Natureza Conservativa Massa Energia Quantidade de Movimento
Definição de um problema: Acúmulo de NO3- em um Lago
Modelo de Balanço de Nutrientes Sistema saída entrada Fonte ou Deposição [Fontes – deposição] = saída - entrada
QEntrada NO3- QSaída
Acúmulo = Entrada – Saída ± Reação QEntrada N2 NO2 - NO3- N no fitoplâncton QSaída Acúmulo = Entrada – Saída ± Reação
Classificação de Modelos
Modelos - Classificação Determinístico ou Estocástico Forma de representação de dados: Contínua ou Discreta Pontual ou Distribuído Estático ou Dinâmico
Modelos - Classificação Determinístico ou Estocástico X modelo Y Determinístico = 1 Valor de Entrada = 1 Valor de Saída X modelo Y Estocástico = Variáveis aleatórias = Probabilidade
Modelos - Classificação Forma de representação de dados: Contínua ou Discreta t t Contínua = fenômeno representado continuamente em função do tempo Discreta = fenômeno representado em função de intervalos de tempo
Modelos - Classificação Pontual ou Distribuído Pontual = todas variáveis de entrada e saída são representativas de toda área estudada Distribuído = mais realísticos, pois consideram também a existência de relação espacial entre elementos vizinhos (relação topológica)
Modelos - Classificação Estático ou Dinâmico Y=f(X1,X2,...,Xn, t) Y=f(X1,X2,...,Xn) Estático = produz um resultado oriundo da solução de equações do modelo em um único passo Dinâmico = utilizam o resultado de uma interação como entrada para uma próxima interação
Modelagem Ambiental A modelagem matemática no campo ambiental data de 1900 com os pioneiros trabalhos de Streeter e Phelps sobre o perfil de oxigênio dissolvido em corpos hidrícos. Hoje, a modelagem ambiental pode prever o comportamento de poluentes em solos, águas superfíciais e subterrâneas e compartimento atmosféricos. Em adição, a modelagem pode ainda auxiliar no processo de engenharia de reatores e processos industriais.
Importância de Modelos ambientais Para obter um melhor entendimento dos processos ambientais e suas influências no transporte de poluentes no meio ambiente Para determinar a curto e longo prazo a concentração química em vários compartimentos do meio ambiente para previsão de impactos, riscos destes. Para predizer futuras concentrações de poluentes no meio para auxiliar alternativas de gerenciamento Para satisfazer necessidade regulatórias e estatutárias de emissões, descargas, transferências e emissão controladas de poluentes Para uso em testes de hipóteses relacionados a processos, alternativas de controle de poluição, etc. Para implementar no design, operação e otimização de reatores, processsos, alternativas de controle da poluição, etc.