Fitogeografia – Eng. Florestal

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Transcrição da apresentação:

Fitogeografia – Eng. Florestal Prof. Dr. Mauricio Romero Gorenstein Aula 5 – Floresta Ombrófila Densa - Amazônia bDois Vizinhos, 30/04/2010

Objetivo da Aula de hoje Apresentar a fitogeografia da Formação Floresta Ombrófila Densa – Amazônia; Bibliografia: p. 360 a 371 - Tratado de Fitogeografia do Brasil, Florestas Pluviais, Floresta Amazônica. Manual Técnico da Vegetação Brasileira, IBGE. Pag. 16-19.

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA FLORESTA OMBRÓFILA DENSA – nome dado a formações onde não há déficit hídrico (de 0 a 4 meses secos < 60 mm de chuva). A pluviosidade é elevada (geralmente maior que 2.000 mm). Ombrófila (amiga da chuva) Outra denominação encontrada na literatura – Floresta Pluvial (chuva do latim) Sugerido por Ellemberg & Müller-Dombois (1965/66). Separação de floresta Ombrófila Densa (maior número de árvores: 2.000 por hectare) Separação de floresta Ombrófila Aberta (maior número de árvores: 500 a 1.000 por hectare) Separação em duas regiões no Brasil AMAZÔNIA MATA ATLÂNTICA

Floresta Amazônica Ocupa cerca de 40% do território brasileiro – em uma área que abrange a totalidade da Região Norte, o norte de Mato Grosso e o oeste do Maranhão –, estendendo-se ainda pelos países vizinhos (Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia), além da Guiana Francesa. É uma floresta latifoliada (do latim, lati, que significa "largo"), ou seja, com predominância de espécies vegetais de folhas largas. Com características próprias de clima equatorial, tipicamente quente e superúmido, é também conhecida como hiléia. Apresenta grande heterogeneidade de espécies animais e vegetais e caracteriza-se por três diferentes matas: igapó, várzea e terra firme.

Mata de Igapó A mata de igapó corresponde à parte da floresta onde o solo se encontra inundado permanentemente. A mata é pantanosa. Ocorre principalmente no baixo Amazonas (a leste do rio Negro) e são encontrados tanto na terra firme (margens pantanosas de riachos), ou dentro das várzeas (são sustentadas pelas inundações). Apresenta fisionomia de mata baixa e pobre em espécies devido a seletividade, árvores afastadas. Reúne espécies de lianas, epífitas numerosas (musgos, hepáticas, orquídeas, aráceas, piperáceas, bromeliáceas, gesneriáceas e ptridófitas), parasitas e vitória-régia. Espécies arbóreas típicas: Calophyllum brasiliense (jacareúba), Caraipa grandiflora (Meliaceae), Tapirira guianensis, Virola surinamensis. As plantas jovens suportam submersão por períodos longos (até 7 meses), resistência a carência de oxigênio e luz.

Mata de Várzea A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais (época de chuvas – fim ao meio do ano). Intermediárias entre os igapós e a terra firme, as espécies da mata de várzea têm formações variadas, como seringueira, palmeiras, jatobá e maçaranduba. A altura dessas espécies aumenta à medida que se distanciam dos rios. Existem várzeas dos rios de água branca ou barrenta (mais ricas em sedimentos). Ex: rios Amazonas e Madeira. São mais férteis e com flora distinta das várzeas dos rios de água preta ou limpa (ex: rio Negro), com menos sedimentos e areias lavadas. As matas de várzea são entrecortadas por pequenos riachos chamados de igarapés. No Baixo Amazonas as matas de várzeas são mais abertas com submata relativamente pobres, com campos dominados por altas gramíneas aquáticas chamadas canaranas. No Alto Amazonas (do rio Negro aos Andes), as várzeas são mais viçosas e ricas. Nas áreas de sedimentação antiga e intensa, forma-se a várzea alta, com árvores enormes, parecida com a mata de terra firme. Espécies típicas: sumaúma, pau-mulato

Mata de Várzea Cedro (Cedrela odorata), maparajuba, seringueira, etc. Diferenciam-se três estratos verticais: O inferior rico em arbustos, lianas, palmeiras e epífitas. Superior de 20-30m, porém mais comum de 10-20m, raramente chegando a 30m, e as vezes emergentes maiores que 30m. Há forte unidade florística nessas formações desde o Pará até o Peru. Falta de vochysiáceas nas várzeas do Baixo Amazonas e alta presença nas várzeas do Alto Amazonas.

Mata de Terra firme As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundação, as árvores podem chegar a 65 m de altura. O entrelaçamento de suas copas, em algumas regiões, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espécies como a castanheira, o caucho (látex) e o guaraná. É uma floresta de grande porte, localizada em planaltos pouco elevados (60 – 200m). O substrato é areia mais ou menos argilosa, em alguns pontos argiloso (diabásico) e fértil. Cobre quase toda a Bacia Amazônica, no seu interior encontram-se as várzeas, iguapós, campos. Divide-se em quatro estratos. O mais alto alcança 30-40m, as emergentes chegam 60m, sendo mais comum 40-50m. Um estrato mais baixo de de 5 a 20m e um mais baixo ainda de 2 a 5m (arbóreo-arbustivo), que forma a submata, dominam as mirtáceas, melastomatáceas e rubiáceas). O chão florestal é formado por herbáceas e plantas jovens. As palmeiras (babaçu, açai, etc) são componentes comuns das submatas. Adensam-se em certos pontos (riachos).

Mata de Terra firme As matas de terra firme em geral são limpas e de fácil trânsito. Os cipós e trepadeiras não chegam a entrelaçar o espaço interior. Em maior umidade as herbáceas são mais abundantes, porém menos numerosa em mata muito fechada. Matas muito ricas em espécies e com florística diferente das matas de várzea, apesar de espécies em comum. Castanha-do-pará é típica desta formação, sobretudo no norte do Baixo Amazonas. Há dominância moderada de espécies, com 5-7 mais comuns e mais abundantes chegando a quase metade do número de árvores, com 8-15 arv./ha. Muitas espécies com um único indivíduo por há. Quanto ao porte a maioria com menores diâmetros e grandes alturas devido a competição. Algumas chegam a 100 cm de diâmetro, com poucas chegando até a 3,5 m (sumaúma, castanheira, angelim-pedra).

Diagrama climático de Walter Uma das melhores formas de representação do clima p/ estudos de vegetação

Mapa de climas - Brasil

Floresta Amazônica

Espécies típicas Hevea brasiliensis (seringueira)

Espécies típicas Bertholletia excelsa (castanha-do-Pará)