Lei de justiça, amor e caridade

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Lei de justiça, amor e caridade Este modelo pode ser usado como um arquivo inicial de um álbum de fotos.

Olho por olho, dente por dente. Passeando pela humanidade Olho por olho, dente por dente. Olho por olho, dente por dente. Quem nunca ouviu esta expressão que nos leva a uma época de 1700 AC. Embora seja uma expressão muito antiga, ainda ouvimos ela constantemente. Esse senso de justiça, se podemos assim dizer, esta contida na Lei de Talião, que vem do latim LEX (lei) TALIONES(tal qual, aparelho que reflete tudo). Consiste na rigorosa reciprocidade do crime com a pena, chamada de retaliação. A lei do tal e qual. Os primeiros indícios da lei de Talião foram encontrados no Codigo de Hamurabi em 1780 AC, no reino da babilônia. Esta lei permitia ao povo da época, iniciando uma possibilidade de ordem. O criminoso era punido tal qual o seu crime, com a punição levando em conta a classe social. É um dos primeiros instrumentos legais que conhecemos. Extima-se que ele tenha sido elaborado pelo Rei Hamurabi, sendo encontrado no Irã, em 1901. Consistia, basicamente, numa lista de regras para disciplinar casos muito específicos, como a infidelidade da mulher, um pedreiro que construísse mal a casa. Se a casa caísse matando, pagaria pela morte.

Antes Depois As doenças sempre foram um problema para a humanidade. Só que a humanidade evoluiu. Órgãos são feitos à perfeição, sem chance de defeitos. Pessoas que precisamd de transplantes, cegos, pessoas com doenças congênitas. Você tem a possibilidade de ter a sua vida de volta. Só que há uma coisa como todo avanço. ANO 2065

É uma tecnologia cara. Mas o governo ajuda, os bancos ajudam de uma forma que todos possam melhorar a sua qualidade de vida. Tudo é colocado dentro do seu orçamento. Mas tem um problema, as parcelas não podem ser atrasadas, pois você assina um contrato que no momento que vocês atrase 03 parcelas seguidas, a empresa tem direito à reintegração de posse, inclusive com direito à ambulância para você. Inclusive a uma classe chamada de coletores que ganham uma porcentagem para a dívida coletada, ou pelo órgão coletado. Um absurdo.

A HISTÓRIA DE SEU JOÃO DIVINO VOLTEMOS AOS DIAS ATUAIS A HISTÓRIA DE SEU JOÃO DIVINO CASO DE UMA AÇÃO DE DESPEJO, EM QUE NÃO TERIA, ESTAVA APOSENTADO POR INVALIDEZ, GASTANDO TODO O SEU DINHEIRO EM REMÉDIOS. E NÃO DIGA QUE É QUESTÃO DE IMÓVEL, QUANTAS EMERGÊNCIAS EXIGEM UM CHEQUE CAUÇÃO PARA LHE ATENDER... JUSTO, INJUSTO, O QUE É JUSTIÇA? O QUE É JUSTIÇA

875 Como se pode definir a justiça? – A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.

875 a O que determina esses direitos? – São determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens feito leis apropriadas aos seus costumes e caráter, essas leis estabeleceram direitos que variaram com o progresso dos conhecimentos. Observai que as vossas leis atuais, sem serem perfeitas, já não consagram os mesmos direitos da Idade Média. No entanto, esses direitos antiquados, que vos parecem monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. O direito estabelecido pelos homens nem sempre, portanto, está de acordo com a justiça. Regula apenas algumas relações sociais, enquanto, na vida particular, há uma imensidão de atos unicamente inerentes à consciência de cada um. 875 a O que determina esses direitos? – São determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens feito leis apropriadas aos seus costumes e caráter, essas leis estabeleceram direitos que variaram com o progresso dos conhecimentos. Observai que as vossas leis atuais, sem serem perfeitas, já não consagram os mesmos direitos da Idade Média. No entanto, esses direitos antiquados, que vos parecem monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. O direito estabelecido pelos homens nem sempre, portanto, está de acordo com a justiça. Regula apenas algumas relações sociais, enquanto, na vida particular, há uma imensidão de atos unicamente inerentes à consciência de cada um. Vejamos a lei humana

A lei humana Atores humanos Fazer a reflexão de quem realmente atuou nestas injustiças, nós atuamos também. NÃO ESQUECER DE FALAR QUE A LEI HUMANA TEM UMA IMPORTÂNCIA NA IMPOSIÇÃO DE LIMITES Falar de hitler, que não cometeu nenhuma ilegalidade e foi apoiado por todo um povo. Fazer um paralelo atual com os americanos. Quem de nós não faríamos o mesmo. Falar da escravidão, como era comum, como tratamos os subordinados? Fazemos parte disso, nem todos nós fomos abolicionistas. Falar dos cristão, que foram punidos pela lei local. Colocar a importância da imagem de Saulo de Tarso. Pois temos sempre a possibilidade de mudar. Dentro de nós há algo que nos pulsa pela mudança. É a lei natural (divina). Dentro de nós há uma rosa que, principalmente quando somos atingidos, se ascende e lutamos pela justiça. “Em todos os tempos e todas as crenças, o homem tem sempre procurado fazer prevalecer seu direito pessoal.”

873 O sentimento de justiça é natural ou é resultado de idéias adquiridas? – É tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça. ... encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento. 874 Se a justiça é uma lei natural, por que os homens a entendem de maneiras diferentes, e que um considere justo o que parece injusto a outro? – É que à Lei se misturam freqüentemente paixões que alteram esse sentimento...fazem o homem ver as coisas sob um falso ponto de vista. 873 O sentimento de justiça é natural ou é resultado de idéias adquiridas? – É tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça. O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá: Deus o colocou no coração do homem; por isso encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento. 874 Se a justiça é uma lei natural, por que os homens a entendem de maneiras diferentes, e que um considere justo o que parece injusto a outro? – É que à Lei se misturam freqüentemente paixões que alteram esse sentimento, como acontece com a maior parte dos outros sentimentos naturais, e fazem o homem ver as coisas sob um falso ponto de vista. O FATO É QUE TEMOS ESSA COISA DIVINA DENTRO DE NÓS, TEMOS QUE PERPETUÁ-LA

veja http://www.youtube.com/watch?v=gem-itJGjU4 A questão é como combater estas paixões, como não errarmos de novo. É VERDADE QUE MUITAS VEZES NOS MANCHAMOS NESTAS PAIXÕES, SAIMOS FERIDOS, MANCANDO, MAS ALGO PERPETUA, NOSSO SER CONTINUA... NOSSA VIDA PLENIFICA ESSA FLOR É ESSE SENTIDO PURO DE JUSTIÇA QUE TEMOS DENTRO DE NÓS – ALEMÃES ENTRARAM EM CRISES PSICOLÓGICAS DEPOIS DA GUERRA. TEMOS QUE REGAR ESTA FLOR TODO DIA. COMO? E ai é que vem todo o resto do capítulo. Olhar através deste espelho. Amor e Caridade. – Entrar em contato com a lei divina (natural)

Verdadeiro Justo 876 Fora do direito consagrado pela lei humana, qual é a base da justiça fundada sobre a lei natural? – O Cristo disse: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”. Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça pelo desejo que cada um tem de ver respeitados os seus direitos. Deus não poderia lhe dar um guia mais seguro do que a própria consciência. A sublimidade da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo. 876 Fora do direito consagrado pela lei humana, qual é a base da justiça fundada sobre a lei natural? – O Cristo disse: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”. Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça pelo desejo que cada um tem de ver respeitados os seus direitos. Na incerteza do que fazer em relação ao semelhante numa determinada circunstância, o homem deve perguntar-se como desejaria que se fizesse com ele na mesma circunstância: Deus não poderia lhe dar um guia mais seguro do que a própria consciência. ☼ O critério da verdadeira justiça é, de fato, desejar aos outros o que se deseja para si mesmo, e não desejar para si o que se desejaria para os outros, o que não é a mesma coisa. Como não é natural desejar o mal para si, se tomarmos o desejo pessoal como norma e ponto de partida, estaremos sempre certos de apenas desejar o bem para o próximo. Em todos os tempos e todas as crenças, o homem tem sempre procurado fazer prevalecer seu direito pessoal. A sublimidade da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo. 879 Qual deve ser o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza? – Do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porque praticaria também o amor ao próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça. É fazer com o outro o que gostaríamos se estivéssemos no mesmo lugar. Mesmo nessa ótica, ocorrem fatos que para um são injustos e para outros justos. Ex: pena de morte. Será que não queríamos uma nova oportunidade. A pessoa que comete um delito está moralmente doente. Se estivesse moralmente saudável jamais cometeria. E o espirito continua a existir sem ter tido a oportunidade de se reeducar, com a pena podendo ser até um foco de raiva. Pensemos mais, e se a penalidade fosse infligida a um inocente. 187 pessoas já escaparam do corredor da morte, pois seguimos a massa. – O FALSO PONTO DE VISTA DEVE SER AFASTADO, ADOTANDO A MÁXIMA

AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO “Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei. Lei divina pela qual Deus governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados; a atração é a lei de amor para a matéria inorgânica”. Vicente de Paula Temos que continuar levando esta rosa. E o melhor instrumento para fazer isso é a caridade.

Justiça só é possível com amor Temos notícias de que habitualmente a justiça é representada com os olhos vendados e com uma balança na mão. Essa imagem significa que a justiça não faz discriminação de pessoas nem tem preferências afetivas, que ela é muito mais racional e, portanto, fria. Ao contrário do amor, que se estabelece em uma dimensão essencialmente pessoal e de preferência afetiva. No entanto, isoladamente, a justiça corre risco de esquecer muitos aspectos pessoais e muitas considerações que só o amor é capaz de descobrir. Allan Kardec diz que "o amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: "Amai-vos uns aos outros, como irmãos"". (Kardec, 1995, pergunta 886) FALAR D A JUSTIÇA SÓ É POSSÍVEL COM AMOR, E, MAIS AINDA, COM O AMOR EM AÇÃO, COM A CARIDADE. JUSTIÇA PEDE COBRANÇA, O AMOR PEDE DOAÇÃO A DIFERENÇA ENTRE AMOR (PAIXÃO) E CARIDADE (AÇÃO) Trata-se da distinção entre paixão e ação. (As Paixões da Alma, de René Descartes, publicado em 1649) Tanto Descartes como Kardec deixam claro que paixão é qualquer tipo de experiência que se faz sentir de nossa alma de forma passiva. (As palavras ‘paixão' e ‘passividade' têm a mesma origem.) Paixões, pois, se contrapõem a ações. Ações pressupõem a intervenção da vontade; paixões são algo que ocorre em nós involuntariamente, quando estamos diante de certos estímulos, externos ou internos à própria alma. Ouvimos alguém gemer e sentimos pena. Refletindo sobre esses exemplos, percebemos que de fato os sentimentos descritos se apoderam de nós sem que o desejemos e, além disso, sem que possamos imediatamente alterá-los por nossa vontade. Descartes apontou e explicou essa impossibilidade do controle direto das paixões. Uma medida que seguramente está ao nosso alcance é impedir que a paixão repercuta em nossas ações. Quando sentimos raiva, por exemplo, podemos sempre nos abster de agir vingativamente. Mas o sentimento em si permanece. podemos indiretamente controlar a paixão que incomoda. AMOR PAIXÃO, CARIDADE AÇÃO

AMOR PAIXÃO, CARIDADE AÇÃO Na ausência do amor, ou na presença de um amor incipiente, ainda assim podemos ser caridosos, se reconhecermos racionalmente que é isso que nos convém. A caridade acaba, depois, desencadeando ou reavivando o amor. O nosso automatismo se redireciona. Passamos a sentir amor, na medida em que fazemos o bem. Com a noção de caridade, Jesus trouxe um elemento novo para resolvermos o problema da conquista do amor. Sendo uma ação, a caridade está sempre ao nosso alcance direto. Depende só de querermos. Se aprofundarmos esse tópico, talvez consigamos situar a caridade dentro da noção cartesiana de um processo indireto de controle de paixões. Na ausência do amor, ou na presença de um amor incipiente, ainda assim podemos ser caridosos, se reconhecermos racionalmente que é isso que nos convém. A caridade acaba, depois, desencadeando ou reavivando o amor. O nosso automatismo se redireciona. Passamos a sentir amor, na medida em que fazemos o bem.   Recorrendo a uma comparação um tanto tosca, seria como alguém que tem as mãos frias, que o mecanismo fisiológico não consegue reaquecer, e que, percebendo a inconveniência da situação, lança mão de um "artifício": aproxima as mãos do fogo. Embora o calor assim gerado seja algo externo, ele age sobre os vasos sangüíneos, dilatando-os. A circulação se normaliza, e a partir daí as mãos seguem aquecidas pela atividade do próprio corpo. A caridade inflama o amor. Uma vez inflamado, o amor realimenta a própria caridade.

CARIDADE MATERIAL CARIDADE MORAL INDULGÊNCIA HUMILDADE BENEVOLÊNCIA MAS O QUE É A CARIDADE? 886 Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus? – Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. Notemos bem: a caridade abrange todas as nossas relações com os semelhantes, sejam quem sejam e estejam na posição que estejam. É por isso que: A BENEVOLÊNCIA (DESEJAR O BEM), A INDULGÊNCIA (COMPREENDER AS FALHAS ALHEIAS) E O PERDÃO são apontados como parte essencial da caridade. Neste mundo de misérias que criamos na Terra, o auxilio material é importante; é indispensável, urgente mesmo. Não é tudo, porém. E pode ser o mais fácil, especialmente se os recursos sobejarem. Ceder de si, de seu orgulho, de sua vaidade, de sua ambição, de sua teimosia, de seu ciúme, a fim de que o bem geral se promova, isso exige renúncia. Doar amor, compreensão, respeito, calor humano... eis a caridade integral preconizada por Jesus-Cristo. O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que se calcarão aos pés as mais santas afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão respeito. Pascal. (Sens, 1862.) Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade; mas, para isso, mister fora vos esforçásseis por largar essa couraça que vos cobre os corações, a fim de se tornarem eles mais sensíveis aos sofrimentos alheios. Não somos modelos, temos que renunciar o nosso certo e errado para o perdão. BENEVOLÊNCIA PERDÃO

RENÚNCIA SEMPRE POSSUIS ALGO PARA DOAR O BEM É SIMPLES e a sua linguagem singela dispensa as pesadas bagagens da aparência. Exterioriza-se sutilmente, antes que estronde dominador ... É a evolução que vai deteminando a expansão do homem egoísta para o altruísta. Quanto mais primitivo o estágio evolutivo do rito'>espírito, menos condições de respeitar os direitos dos demais e tanto mais ele vê apenas os próprios direitos. Uma capacidade fundamental para o ser humano é a de conseguir colocar-se no lugar do outro, capacidade essa que muita gente ainda não possui. Saber a diferença do outro. Nas nossas relações, se a pessoa não é como ela espera, então, "desespera-se". Temos um conceito distorcido de que caridade para ter valor deve ser aldo difícil e penosos para quem a faz. Parece-nos que a verdadeira caridade nasce do desenvolvimento de qualidades internas, de sentimentos como o amor e a compaixão. Uma vez enternecido o coração de quem já é capaz de amar, o indivíduo terá inevitavelmente compaixão pelos outros e a caridade será a expressão natural dessas qualidades, não mais como sacrifício e sim como uma necessidade. Dito de outra forma, quem ama de verdade pratica a caridade, assim como uma mãe que tem o impulso natural, irrefreável, de cuidar de seus filhos. Abre mão de coisas suas, não como um sacrifício, mas como uma necessidade natural de servir. Diz-se que ao sermos mãe ou pai, não somos mais donos de nós mesmos. De tal forma isso é importante que os nossos direitos passam a ser secundários aos dos filhos. Na Terra, a felicidade somente é possível quando alguém se esquece de si mesmo para pensar e fazer tudo que lhe seja possível em favor do seu próximo.

AMAR Se utilizarmos o significado de Empédocles, entenderemos melhor o significado da palavra Amor, o porque Deus é Amor e, inclusive, porque os Espíritos dizem que "no Universo tudo se serve, tudo se encadeia, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que por sua vez começou como átomo. Admirável lei de harmonia..." (q. 540 de O Livro dos Espíritos).   Assim, o Amor é a força que rege o Universo, e a Caridade é o ato pelo qual deixamos fluir o Amor que abrange todas as relações com os nossos semelhantes, ou seja, a doação natural é total sem constrangimento nenhum para com o próximo, pois temos o Amor como força regendo todas as nossas relações. É nesse sentido que podemos definir o amor como "a totalidade dos sentimentos e desejos que estruturam o pensamento para a liberação de energia e de forças que guiam a ação na produção do bem e possibilitam a aquisição de qualidades, constituintes do crescimento do Espírito". (Curti, 1981, p.81) O amor deve ser visto como uma energia radiante expressa pelo nosso pensamento, alicerçado na vontade e no discernimento. A caridade, de seu lado, é definida pelo Espírito Emmanuel como “O CORAÇÃO NO TEU GESTO”. É preciso ampliar este conceito, modificando nossas atitudes para com tudo aquilo que nos cerca. Assim, devemos ter piedade para aquele que desespera; benevolência, para aquele que erra; tolerância, para quem não nos entende etc. Afinal, amigos, SEM O AMOR, O UNIVERSO NÃO SE MANTÉM. AS PARTICULAS SE SEPARAM E A MATERIA NÃO EXISTE.

Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=FB7SOwj4c-w SÓ PARA CONSTAR ESTE TEXTO A propósito da caridade implicitamente contida no mandamento maior, vale abrir um parêntese para lembrar que, numa outra ocasião em que Jesus foi questionado sobre o assunto, apresentou o mandamento numa versão diferente: "Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam", acrescentando: "pois é nisso que consistem a lei e os profetas" (Mt. 7:12). Nessa versão, conhecida como a "regra áurea", está explícito o caráter ativo do mandamento, ou seja, a caridade. Kardec cita e comenta essa passagem no capítulo 11 do Evangelho segundo o Espiritismo, 'Amar o próximo como a si mesmo".   Ciente da velha polêmica teológica, em que se pretendeu usar palavras atribuídas a Paulo para justificar a tese da salvação pela fé, Kardec transcreveu, no item 6 desse capítulo, o trecho da primeira carta do apóstolo aos coríntios que reproduzimos no final da seção precedente. Dá ao tópico o título "Necessidade da caridade, segundo S. Paulo". Seria uma provocação? Certamente que não, pois provocações e polêmicas eram incompatíveis com seu equilíbrio, sua serenidade e seu espírito cristão. Foi, sim, a exposição firme e inequívoca de uma das conseqüências da análise espírita da moral e da religião, talvez a conseqüência de maior importância para a Humanidade. Apesar dessa concordância da análise espírita com parte da interpretação católica da questão da caridade - a saber, a importância das obras para a salvação - , Kardec exerce a seguir a sua imparcialidade, criticando a máxima católica de que "Fora da Igreja não há salvação". Após a refutação enérgica desse princípio, estende a crítica à máxima associada, "Fora da verdade não há salvação". Ambos os princípios são mostrados não apenas carecer de fundamentação evangélica e racional, mas também serem nocivos ao bem da Humanidade, já que induzem ao sectarismo, à intolerância e ao obscurantismo. O capítulo é encerrado com uma eloqüente comunicação mediúnica do próprio Paulo, em que o princípio-síntese "Fora da caridade não há salvação" e o papel do Espiritismo na sua implantação são comentados com palavras de grande profundidade, que não nos atreveríamos a resumir aqui. Tome, leitor amigo, seu exemplar de O Evangelho segundo o Espiritismo agora mesmo, e não adie o privilégio de poder fruir a beleza e a transcendência de um texto como esse.