Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, Clarice Lispector

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Transcrição da apresentação:

Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, Clarice Lispector Aprender a SER: “Ele disse uma vez que queria que ela, ao lhe perguntarem seu nome, não respondesse ‘Lóri’ mas que pudesse responder ‘meu nome é eu’”(LISPECTOR, 1982, p.11-12)

tema: trata da existência individual, ou seja, humana Enquanto A Paixão Segundo GH foi uma desaprendizagem das coisas humanas, o Livro dos Prazeres foi uma recuperação corajosa do sentido da existência individual. (p.81) Mas também sabia uma coisa: quando estivesse mais pronta, passaria de si para os outros, o seu caminho era os outros. Quando pudesse sentir plenamente o outro estaria a salvo e pensaria: eis o meu porto de chegada. Mas antes precisava tocar em si própria, antes precisava tocar no mundo. (LISPECTOR, 1982, p.59) Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C. Lispector) 

estudo das personagens Essas personagens obedecem à necessidade de um aprofundamento impossível, e perdem-se entre os múltiplos reflexos de uma interioridade(...). E tudo o que finalmente conhecem de si mesmas já é a imagem de um ser outro com que se defrontam (p.105-106).

epifania (assinalar o limite que separa o dizível do ser indizível) Motivos: o desejo de ser epifania (assinalar o limite que separa o dizível do ser indizível) Então estranhou-se a si própria e isso parecia levá-la a uma vertigem. É que ela própria, por estranhar-se, estava sendo.[...] Ele examinou-a e por um momento estranhou-a, aquele rosto familiar de mulher, e entendeu Lóri: ele estava sendo. Ficaram calados como se os dois pela primeira vez se tivessem encontrado. Estavam sendo. (LISPECTOR, 1982, p.75-)

narrador e focalização Narrador em 3ª pessoa, intimista, que acrescenta comentários, inserindo-se na história e exprimindo os pensamentos e preocupações da personagem. Predomina o discurso indireto livre, com focalização onisciente, onde há o surgimento das vozes da narradora e da personagem cujos limites não são marcados com precisão. Essa focalização onisciente na literatura de Clarice é a busca incansável de mostrar momentos que não se narram. “Pretende traduzir, não o que existe de simples e lógico no mundo, mas de complexo e contraditório” (SOUZA, 1989, p.171). Mas seu descompasso com o mundo chegava a ser cômico de tão grande: não conseguira acertar o passo com as coisas ao seu redor. [...] E de repente sorriu para si própria com um sorriso amargo, mas que não era mau porque também ele era de sua condição. (Lóri se cansava muito porque ela não parava de ser). (LISPECTOR, 1998, p.20)

tempo e espaço Plástico (cronológico e psicológico concomitantemente) Ambientação oblíqua (ou dissimulada)(a partir dos atos, dos gestos da personagem que se percebe o espaço): “Depois passaram para o salão da lareira, também este vazio, e sentaram-se no sofá que ficava em frente. Ali ele fumou” (LISPECTOR, 1998, p. 103).

Qual é a aprendizagem? Pergunta pra quem leu o livro: parece que atravessar a lóri e o ulisses é atravessar duas partes de nós mesmos que dizem que só se é inteiro se se aceitar a condição de dor, como se precisássemos aceitar nossa condição humana que é falha e sofrêssemos por isso, para que consigamos então, viver sendo inteiros pro amor... parece que provoca um choro (judaico-cristão)... como se expurgássemos a dor e daí pudéssemos nos revigorar para voltar a ser...