AS ANOMALIAS DO OCEANO PACÍFICO ¨EL NIÑO¨ DOUTORADO EM GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Disciplina: Tectônica das Placas HIROSHI PAULO YOSHIZANE-23-03-2007.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Sessão Astronomia “El Niño”
Advertisements

A ATMOSFERA.
Massas de Ar As massas de ar são grandes porções de ar atmosférico com características específicas: - Quentes ou frias - Secas ou úmidas.
Climas brasileiros e domínios climáticos
El Niño e La Niña Aquecimento Resfriamento.
Correntes Oceânicas e sua influência no clima
Zona de Convergência Intertropical(ZCIT)
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
Geada e friagem A geada é o processo de passagem da água no estado gasoso para o sólido sem passar pela fase líquida (sublimação). A geada não é congelamento.
A Circulação Geral da Atmosfera
SISTEMA ATMOSFÉRICO GLOBAL: Prof. Jackson Bitencourt
E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS
O CLIMA DA TERRA.
Terra: o planeta azul Cap.3 – 6º ano
CLIMAS DO BRASIL Equatorial Altas médias térmicas
CLIMA NO BRASIL.
CLIMA DAS AMÉRICAS.
TIPOS CLIMÁTICOS E FORMAÇÕES VEGETAIS
1.1 O que está acontecendo com o clima no planeta?
ZCAS.
ZCIT.
Regimes Persistentes de Circulação e Padrões de Teleconexões
CLIMAS DO BRASIL Tempo e Clima no Brasil Cavalcanti et al. (2009)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CLIMATOLOGIA.
CORRENTES OCEÂNICAS E MASSAS DE ÁGUA
CAPÍTULO 1 Continuação – Impactos Globais dos ENOS
TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS PARA OS PRÓXIMOS 20 ANOS
Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen
Convecção Amazônica e Alta da Bolívia
Fenômenos Meteorológicos
CIRCULAÇÃO TERMOHALINA
Prof. Vasco Vasconcelos
Meteorologia.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O CLIMA
EL NINO OSCILACAO SUL E SEUS IMPACTOS
Dra. Leila M. Vespoli de Carvalho IAG/USP
Clima.
BOM DIA.
DINÂMICA CLIMÁTICA.
Dinâmica Climática Capítulo 7.
ATMOSFERA COMPOSIÇÃO: 78% Nitrogênio 21% Oxigênio 1% Outros gases
A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO ( E ), EM 4 ESTADOS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL. Andreza Carla A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO (
Climas do Brasil conceitos básicos fatores elementos classificação.
Climatologia.
FORÇANTES CLIMÁTICAS.
climatologia Fatores climáticos: o que interfere no clima de um lugar
– CLIMATOLOGIA, HIDROMETEOROLOGIA E OCEANOGRAFIA
Prof. Jefferson O Clima.
O que é clima? O clima é caracterizado pela repetição das condições de umidade e temperatura em um determinado lugar ao longo de um período de observação.
5ª SÉRIE REVISÃO PARA A P2 DO SEGUNDO TRIMESTRE! BONS ESTUDOS!!!!
Fenômenos climáticos Prof.: Evandro Cruz.
1ª série do Ensino Médio Professora: Luiza de Marilac
Dinâmica geral da atmosfera
Dinâmica climática Radiação solar: É a principal fonte de energia e a base da vida vegetal e animal na Terra. Quanto maior é a temperatura, mais emitem.
Dinâmica Climática.
Camadas da Atmosfera e Dinâmica dos Ventos
CIRCULAÇÃO DA ATMOSFERA
CLIMA DA ÁSIA E DA OCEANIA
Clima do Planeta Pág. 166 a 181 Clima do Planeta Pág. 166 a 181  Fylipe Alves Minikovski.
Fatores de influência climática
Circulação global da atmosfera
OS ELEMENTOS D0 CLIMA 1.
TEMPO X CLIMA Professor: Jeferson Geografia – 1º EM.
O TEMPO E O CLIMA AULAS 11 E 12 DATA: 28/05 PERÍODO: MANHÃ.
Atmosfera.
MASSAS de AR Definição: Um grande volume de ar, cobrindo uma superfície de centenas de km 2, que tem temperatura e umidade relativamente constante na horizontal.
MASSAS de AR Definição: Um grande volume de ar, cobrindo uma superfície de centenas de km 2, que tem temperatura e umidade relativamente constante na horizontal.
DINÂMICA CLIMÁTICA CIC – REVISIONAL ENEM/2016 JANDERSON.
Transcrição da apresentação:

AS ANOMALIAS DO OCEANO PACÍFICO ¨EL NIÑO¨ DOUTORADO EM GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Disciplina: Tectônica das Placas HIROSHI PAULO YOSHIZANE-23-03-2007 PROF.Dr. HANS (in memorian)– UNESP RIO CLARO - SP

AS OSCILACÕES E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS SITES NA INTERNET : http://www.cptec.inpe.br/enos http://www.cdc.noaa.gov/ENSO/enso.education.html

ORIGENS DOS FENÔMENOS PELOS ESTUDOS OCEANOGRÁFICOS, QUATRO SÃO AS POSSÍVEIS ORIGENS DESTE FENÔMENO POLÊMICO: 1-A TESE DOS OCEANÓGRAFOS: -A ORIGEM DO EL NIÑO É INTERNA AO PRÓPRIO OCEANO PACÍFICO RESULTANDO UM ACÚMULO E A PERMANÊNCIA DE ÁGUAS QUENTES NA PARTE OESTE PELA INTENSIFICAÇÃO PROLONGADA DOS VENTOS DE LESTE NOS MESES QUE ANTECEDEM O EL NIÑO, E FAZ COM QUE O NÍVEL SE ELEVE. - ENFRAQUECIMENTO DOS VENTOS ALÍSEOS DE SUDESTE, BLOQUEANDO O CAMINHO DAS ÁGUAS FRIAS PROVENIENTES DO SUL NORMALMENTE.

ORIGENS DO FENÔMENO 2- PARA OS METEOROLOGISTAS: A ORIGEM DO FENÔMENO É EXTERNA AO OCEANO PACÍFICO, POIS O ESTUDO DA ATMOSFERA TROPICAL MOSTRA UMA PROPAGAÇÃO NA DIREÇÃO LESTE DAS ANOMALIAS DE PRESSÃO EM ALTITUDE. O QUE ESTARIA RELACIONADO A QUEDAS TÉRMICAS SOBRE A ÁSIA CENTRAL E NÀ REDUÇÃO DA INTENSI- DADE DA MONÇÃO DE VERÃO NA ÍNDIA. O QUE RESULTA NA FORMAÇÃO DE CONDIÇÕES DE BAIXAS PRESSÕES EXPRESSIVAS SOBRE O OCEANO INDICO. OS VENTOS ALÍSEOS DE LESTE DO ÍNDICO E DO OESTE NO PACÍFICO SE TORNAM MENOS ATIVOS E CRIAM CONDIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO EL NIÑO.

3- PARA OS GEÓLOGOS : SUSTENTAM O FENÔMENO DO EL NIÑO EM DECORRÊNCIA DAS ERUPÇÕES VUL-CÂNICAS SUBMARINAS E CONTINENTAIS. AS CINZAS VULCÂNICAS NA TROPOSFERA, ALTERAM O BALANÇO DE RADIAÇÃO NA SUPERFÍCIE E CONSEQUENTEMENTE NA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA.

OS EVENTOS DO AQUECIMENTO OCEÂNICO TERIA UMA RELAÇÃO COM AS ERUPÇÕES VULCÂNICAS COMO: El Chichón - México -1982 El Nevado del Ruiz-Colômbia-1985 - Pinatubo – Filipinas - 1991

4.PARA OS ASTRONOMOS Mostram a ligação do fenômeno com o ciclo da atividade solar de onze anos.

Observação das manchas solares pelos chineses há 3000 anos. Estudo sistemático por Galileu a partir de 1610; Periodicidade de 11 anos no número de manchas, explosões solares, ejeções de massa, brilho da coroa em raio-X; Introdução

QUADRO DE OCORRÊNCIAS 1877 - 1878 1888 - 1889 1896 - 1897 1899 1902 - 1903 1905 - 1906 1911 - 1912 1913 - 1914 1918 - 1919 1923 1925 - 1926 1932 1939 - 1941 1946 - 1947 1951 1953 1957 - 1959 1963 1965 - 1966 1968 - 1970 1972 - 1973 1976 - 1977 1977 - 1978 1979 - 1980 1982 - 1983 1986 - 1988 1990 - 1993 1994 - 1995 1997 - 1998 FORTE INTENSIDADE MÉDIA INTENSIDADE FRACA INTENSIDADE Rasmusson e Carpenter 1983, Monthly Weather Review, Ropelewski e Halpert 1987, Monthly Weather Review. Cold episode sources Ropelewski e Halpert 1989, Journal of Climate. Climate Diagnostics Bulletin. A intensidade dos ventos é baseada no padrão e magnitude das anomalias da TSM do Pacífico Tropical.

PORQUÊ EL NIÑO E LA NIÑA? EL NIÑO  Termo que foi primeiramente utilizado pelos pescadores Peruanos para caracterizando o aquecimento das águas costeiras na época próxima ao Natal. Refere-se ao aumento da temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical. LA NIÑA  é para a fase oposta, ou seja, para o resfriamento da temperatura da superfície do mar na mesma região.

CIRCULAÇÃO NORMAL DAS CORRENTES MARINHAS

EM ANOS NORMAIS AS CORRENTES MARINHAS LEVAM O CALOR PARA O ORIENTE Os ventos alíseos, que sopram de leste para oeste, carregam as águas mais quentes da superfície do Oceano Pacífico. As águas frias emergem e trazem alimento para os peixes. Há seca na costa do Peruana e Equatoriana e chuvas na Indonésia.

EM ANOS NORMAIS CONDIÇÕES NORMAIS OS VENTOS ALÍSEOS EMPURRAM AS ÁGUAS QUENTES SUPERFICIAIS PARA OESTE; ASCENSÃO DE ÁGUAS FRIAS PROVOCA ARRE-FECIMENTO JUNTO À COSTA DA AMÉRICA DO SUL; Fig. 2: Condições normais no Oceano Pacífico Equatorial. (Mark A. Cane, “The Evolution of El Niño, past and future”). ÁGUAS DE SUPERFÍCIE FICAM MAIS RICAS EM NUTRIENTES; AUMENTA A PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA; ECOSSISTEMAS MARINHOS MAIS DIVERSIFICADOS; AUMENTO DA ATIVIDADE PESQUEIRA.

COM EL NINÕ ATUANDO

A CIRCULAÇÃO ATMOSFERICA A GRANDE ANORMALIDADE A CIRCULAÇÃO MARÍTIMA DO QUENTE PARA O FRIO ÁGUAS QUENTES NA COSTA EQUATORIANA E PERUANA B.P. Darwin A.P. Tahiti A CIRCULAÇÃO ATMOSFERICA VAI DE ZONA DE AP PARA BP

EL NIÑO EM ATIVIDADE El Niño quebra a cadeia do ar e da água Darwin Tahiti El Niño quebra a cadeia do ar e da água Nos anos do El Niño, os ventos alíseos se enfraquecem. Com isso, as correntes quentes ficam presas na costa, impedindo que as águas frias aflorem. Os peixem morrem de fome. Há enchentes no Peru e seca no Sudeste Asiático.

EL NIÑO EM ATIVIDADE CONDIÇÕES DO EL NIÑO EQUADOR EQUADOR OESTE ALTA CONVECÇÃO EQUADOR EQUADOR OESTE CAMADA DE TRANSIÇÃO LESTE

TAHITI

EVIDÊNCIAS DA TSM ANOMALIA

NORMAL NORMAL EL NIÑO EL NIÑO

ÍNDICE DE OSCILAÇÃO SUL E EL NIÑO Índice de Oscilação Sul (IOS)  A alteração da pressão atmosférica entre Tahiti ¨Polinésia Francesa¨ (17ºS e 150ºW) e Darwin ¨costa norte da Austrália¨(12ºS e 130ºE). Quando a pressão está alta no Tahiti em Darwin está baixa, e vice-versa. Portanto, o IOS é positivo quando a pressão está maior no Tahiti e negativo quando esta mais alta em Darwin.

TAHITI – POLINÉSIA FRANCESA

ATUALIDADES INFORMATIVAS

CPC/NCEP/NWS/NOAA-EUA. Dr. John Janowiak Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1998 mostrada na figura acima. Os tons avermelhados indicam regiões com valores acima da média e os tons azulados as regiões com valores abaixo da média climatológica. Pode-se notar a região no Pacífico Central e Oriental com valores positivos, indicando a presença do El Niño. Dados cedidos gentilmente pelo

TSM ¨TEMPERATURAS SUPERFICIAIS MARÍTIMAS¨ – JUNHO 2006 FONTE : NOAA

BOLETIM – CEPTEC/INPE Na segunda quinzena de maio 2006, o padrão de (TSM) observado no Oceano Pacífico Equatorial foi de anomalias ligeiramente acima da média. No extremo leste do Pacífico, as anomalias de TSM têm apresentado grandes variações nos campos semanais e nessa quinzena, o valor observado foi de 0.5°C abaixo da média. Anomalias positivas de TSM dominaram áreas subtropicais e latitudes médias do Pacífico Sul. As previsões recentes dos modelos estatísticos e acoplados oceano-atmosfera indicam o retorno de condições próximas à média - Neutralidade em relação ao fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) – no Oceano Pacífico Tropical, durante os próximos três meses: julho, agosto e setembro.

CONCLUSÃO As causas do El Niño ainda permanecem com uma série de questionamentos entre os cientistas. É consequência do aquecimento global com a elevação da temperatura média do planeta terra? O EL NIÑO ocorre por puro acaso.? Muitos acham que o último EL NIÑO foi o mais intenso. ASSIM, PARA A HUMANIDADE E AOS SERES VIVOS, A ÚNICA RESPOSTA DA CIÊNCIA ATÉ ENTÃO É QUE TAMBÉM FOI O MAIS ESTUDADO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Hoskins, B. J. The Mathematical Theory of Frontogenesis. In: Annual Reviews in Fluids Mechanics. Palo Alto, CA, Annual Reviews, 1982, Vol 14. Hoskins, B. J. ; Bretherton, F. P. Atmospheric Frontogenesis Models: Mathematical Formulation and Solution. Jou. Atm. Sci, Vol 29, N1. Apud Mattos (1988). Mattos, L. F. – O Papel na Deformação Horizontal na Frontogênese na Região Sul Brasileira – Dissertação de Mestrado – Instituto de Pesquisas Espaciais. Orlanski, I. ; Ross, B. ; Polinsky, L. ; Shaginaw, R. - Advances in the Theory of Atmospheric Fronts. In: Advances in Geophisics. Orlando, FL, Academic, 1985, V 28b. Petterssen, S. - Weather Analisys and Forecasting, New York, NY McGrawHill. 2a ed, 1956 V 1. Pezza, A. B. – Comunicação através de correio eletrônico no dia 7 de novembro de 2003. Phillips, N. A. – The General Circulation of the Atmospheric. A Numerical Experiment. Quart. J. Roy. Meteorol. Soc., Vol 82, N352. Apud Mattos (1988). Reed, R. J. ; Sanders, F. – An Investigation of Development of a Mid-Tropospheric Frontal Zone and Its Associated Vorticity Field. Jou. Meteor. Vol 6. Apud Stone (1966). Satyamurty, P. ; Mattos, L. F. – Climatological Lower Tropospheric Frontogenetics in the Midlatitudes Due to Horizontal Deformation and Divergence. Mon. Wea. Rev., Vol 117, N6. Stone, P. H. – Frontogenesis by Horizontal Wind Deformation Fields. Jou. Atm. Sci., Vol 23 N5. Ucellini, L. W. ; Johnson, D. R. – The Coupling of Upper and Lower Tropospheric Jet Streaks and Implications for the Development of Severe Convective Storms. Mon. Wea. Rev., Vol 107, N6. Apud Mattos (1988). AYOAD,J.B.; Climatologia tropica.l

F I M ! ! ! ! ! ! ! ATÉ A PRÓXIMA HIROSHI JUNHO 2006 ATUALIZADO EM 03-2007 Este trabalho foi apresentado em Junho de 2006 Na disciplina TECTÔNICA DE PLACAS ministrada pelo meu GRANDE AMIGO Prf. Dr. Hans Dirk Ebert com o qual muito aprendi, e que por uma fatalidade deixou-nos !!!