A Independência do Brasil: Primeiro Reinado, o Governo de D. Pedro I

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Transcrição da apresentação:

A Independência do Brasil: Primeiro Reinado, o Governo de D. Pedro I

A chegada da Família Real Em janeiro de 1808, a Família Real chegou ao Brasil e implantou diversas mudanças: A abertura dos portos decretada por D. João VI representou o fim do monopólio. Assim, o Brasil ficou livre para comercializar com as nações amigas, principalmente com a Inglaterra. Os portugueses residentes no Brasil viam grandes possibilidades comerciais no Rio de Janeiro. Em 1815, O Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido, isto significou o fim da condição de colônia e favoreceu o processo de Independência. Biblioteca Nacional de Portugal Embarque de D. João, príncipe regente de Portugal e da família real no porto de Belém. Quadro de 1815, de Henry L'Évêque (1768-1845).

Está revolução foi essencial para a Independência do Brasil. Em 24 de agosto de 1820, na cidade do Porto ao Norte de Portugal, começou a chamada Revolução do Porto. Os rebelados estavam descontentes e exigiam, o retorno de D. João VI à Portugal, eleições para deputados, uma nova constituição e a volta do Pacto Colonial (exclusividade do comércio com o Brasil). Os portugueses achavam que D. João VI dava mais importância ao Brasil do que a Portugal. Diante desta crise política, D. João retornou à Portugal e encontrou o país numa grande crise econômica e política. Está revolução foi essencial para a Independência do Brasil. Museu Paulista Retrato de dom João VI, pintado por Jean-Baptiste Debret em 1816.

Entre 1822 e 1889, O Brasil foi governado pela monarquia e quem exercia o poder era o imperador. Nesse período tivemos dois imperadores: D. Pedro I (1822-1831) e D. Pedro II (1840-1889). De 1831 a 1840 tivemos um período chamado Regencial, pois D. Pedro I abdicou do poder e deixou seu filho de apenas 5 anos como imperador. Regentes foram nomeados para governar o Brasil, enquanto D. Pedro II não se tornava maior de idade para assumir o trono. Museu Imperial em Petrópolis D. Pedro II quando bebê. Óleo sobre tela, de Arnaud Julien Pallière (1784-1862.

Algumas informações sobre D. Pedro I D. Pedro I, nasceu em Portugal e veio para o Brasil junto com a Família Real. Foi nomeado príncipe regente do Brasil por seu pai, D. João VI, quando este retornou à Portugal. No Brasil, se aproximou de grupos políticos que desejavam a separação política e econômica entre Brasil e Portugal. Devido às pressões portuguesas, proclamou a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822. Museu Imperial de Petrópolis D. Pedro I, 1830, Simplício Rodrigues de Sá. 5

Em 1826, foi rei de Portugal por alguns meses sob o nome de D Em 1826, foi rei de Portugal por alguns meses sob o nome de D. Pedro IV, mas abdicou do trono em favor de sua filha, D. Maria da Glória. O governo de D. Pedro I no Brasil, foi autoritário com caráter absolutista. Envolveu-se com grupos de comerciantes, militares e altos funcionários portugueses, formou-se assim, o Partido Português. Grupos político brasileiros, a imprensa, tropas militares e a população, juntaram-se em oposição ao governo português. Wikimedia Foundation Coroação de D. Pedro I, pintado por Jean-Baptiste Debret.

Independência do Brasil Nossa independência foi retratada por diversos pintores. No detalhe ao lado, o quadro de François-René Moreaux, pintado em 1844 a pedido do Senado Imperial. D. Pedro é saudado por populares após a proclamação da independência. A seguir, no quadro do pintor Pedro Américo, que também representa nossa Independência, vemos outro “olhar” do mesmo acontecimento. Museu Imperial de Petrópolis

Museu Paulista Óleo sobre tela, 1888. O quadro Independência ou Morte é conhecido como Grito do Ipiranga.

Primeira Constituição do Brasil - 1824 Em algumas províncias, D. Pedro I ao proclamar a independência enfrentou resistências, foi preciso organizar rapidamente o novo Estado. Para isso, foi convocada uma Assembléia Constituinte que tinha a função de elaborar uma constituição para o Império do Brasil. A Assembléia Constituinte era formada por homens eleitos nas províncias, no entanto, representavam a elite aristocrática brasileira. O voto não era permitido para as mulheres, para os homens de baixa renda e para os escravos. Só votavam os senhores de escravos e os donos de terras no Brasil. A Assembléia Constituinte foi dissolvida por D. Pedro I. A Constituição foi elaborada por D. Pedro I e um grupo de viscondes e marqueses. Foi outorgada em 25 de março de 1824, não foi aprovada, nem elaborada pelos representantes eleitos pelos cidadãos. Algumas características da nossa primeira constituição: Somente homens livres com mais de 21 anos e com uma determinada renda anual tinham direito ao voto (voto censitário). O senado era vitalício. O Imperador não podia ser responsabilizado por seus atos. O catolicismo era a religião oficial do Império. Foi instituído quatro poderes: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Poder Moderador que tinha poderes acima dos demais e era exercido pelo Imperador.

O Poder Moderador, exclusivo do imperador, nomeava os presidentes das províncias, chefes das Forças Armadas, podia também dissolver a Câmara dos Deputados e demitir ministros. Além disso, permitia a D. Pedro ocupar ao mesmo tempo, o trono brasileiro e um trono estrangeiro.

Do Equador à Cisplatina As atitudes do imperador geraram um clima de insatisfação e descontentamento entre os brasileiros. A centralização do poder e a proximidade de D. Pedro I com o Partido Português piorava esta situação. Contra a dissolução da constituinte e o centralismo da constituição levantaram-se as forças federalistas e republicanas. Em Pernambuco, a 2 de julho de 1824, os federalistas e republicanos proclamaram a Confederação do Equador, uma república federalista independente. A confederação foi derrotada pelas tropas do governo e muitos revolucionários foram executados, dentre os quais Frei Caneca. Colégio São Francisco Frei Caneca, um dos revolucionários que foi executado.

Em março de 1825, um grupo de uruguaios, os chamados Trinta e Três, apoiado pelo governo de Buenos Aires, iniciou a luta pela independência da província Cisplatina, atual Uruguai. O Brasil declarou guerra à Argentina e bloqueou o porto de Buenos Aires. Por intervenção da Inglaterra, Argentina e Brasil reconheceram, em agosto de 1828, a independência da República da Banda Oriental do Uruguai. A guerra da Cisplatina representou grande desgaste para o governo de D. Pedro I. Ele era acusado pelos insucessos militares da guerra e, ao mesmo tempo, criticado por negar aos uruguaios os mesmos direitos e liberdades dos súditos brasileiros. Wikimedia Foundation Juramento dos Trinta e Três orientais, óleo sobre tela de Juan Manuel Blanes.

Por todas estas disputas internas e externas, o governo de D Por todas estas disputas internas e externas, o governo de D. Pedro I estava enfraquecido. Com a morte de D. João VI, em 1826, o trono português foi disputado entre D. Pedro I e seu irmão, D. Miguel. D. Pedro I sabia que a elite brasileira não aceitaria que ele assumisse o trono de Portugal, pois isso significaria a união das duas nações. Assim, levaria o Brasil, a uma recolonização. D. Maria II assumiu o trono português após a abdicação de D. Pedro I ao trono, no entanto, D. Miguel, apoiado por setores mais conservadores de Portugal deu um golpe de Estado e subiu ao trono de Portugal. Wikimedia Foundation A rainha D. Maria II assume o poder em Portugal.

Volta para o início da apresentação D. Pedro I enfrentou graves crises: o sul do país estava em guerra. a produção agrícola passava por problemas. o Banco do Brasil estava á beira da falência. a moeda brasileira sofreu uma desvalorização enorme, o que gerou um aumento de preços nas mercadorias. Por causa desse conjunto de fatores a impopularidade do imperador cresceu e a insatisfação do povo aumentou. No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I não teve saída abdicou do trono brasileiro, deixou seu filho Pedro de Alcântara de 5 anos na sucessão. Partiu para Portugal no dia 13 do mesmo mês com o simples título de duque de Bragança. Morreu dias depois. D. Pedro II, na abertura da assembléia geral, óleo sobre tela, 1872, tela pintada por Pedro Américo. Volta para o início da apresentação