Unidade I: Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental

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Transcrição da apresentação:

Unidade I: Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Curso Desenvolvimento Econômico Comparado Paulo Tigre Paulo Tigre IE-UFRJ

Conceitos de Crescimento e Desenvolvimento Econômico Conceito de crescimento econômico de um país é tradicionalmente medido pelo crescimento de seu  PIB. Entende-se que há uma relação direta entre o nível de investimentos (formação bruta de capital fixo - FBKF) de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Conceito de desenvolvimento econômico é mais amplo envolvendo tanto o crescimento do PIB como mudanças qualitativas, englobando melhorias das condições de vida da população e no meio ambiente. Boas ou más condições de vida é algo relativo, varia de cultura para cultura e ao longo do tempo. Paulo Tigre IE-UFRJ

Desenvolvimento sustentável  Conceito sistêmico que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental . Foi usado pela primeira vez em 1987 em um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade ambiental, econômica e  sócio-política. Paulo Tigre I-UFRJ

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Condições para o desenvolvimento Equidade: acesso a iguais oportunidades Sustentabilidade: para atender as necessidades presentes não se deve comprometer as gerações futuras. Meio ambiente, exploração mineral Participativo: decisões que agreguem toda a comunidade (político) Paulo Tigre IE-UFRJ

Sustentabilidade ambiental Certos tipos de crescimento, que poderíamos chamar de predatórios, podem levar à degradação ambiental e dos recursos naturais de alguns países, como a Indonésia, a Nigéria e a Rússia e a China, o que por sua vez pode afetar as perspectivas de crescimento futuro. Brasil: desmatamento florestal pode comprometer o clima no futuro. Paulo Tigre IE-UFRJ

Medidas de desenvolvimento PIB per capita = PIB / População. Brasil: o PIB per capita brasileiro deverá passar de US$ 7,9 mil, em 2009, para US$ 10,9 mil, em 2011. PIB per capita é uma média. Desenvolvimento depende da distribuição de renda e outros indicadores sociais: Saúde: esperança de vida, médicos/hab, leitos hospitalares/hab. (Cuba), doenças infecciosas. Saneamento: acesso a água potável, esgotos Educação: índice alfabetização Disparidades: mortalidade infantil no NE é 2,6 vezes maior que no sul. Paulo Tigre IE-UFRJ

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Crescimento do PIB no Brasil Entre os anos de 2001 e 2008, a taxa média de crescimento do PIB foi de 3,63%. Na década de 1990, a década do “vôo de galinha,” a alta tinha sido de 2,54%. Nos anos 1980, conhecidos como a década perdida, de 1,57%. Desde a segunda crise do petróleo, em 1979, o País não conseguia estabelecer uma década inteira de avanço econômico. Com PIB positivo desde 1993 e com tendência de nova alta para 2010, nem mesmo a esperada retração para 2009 é encarada como um problema nos fundamentos econômicos que ameaçam o crescimento, mas sim como reflexo da crise. Paulo Tigre IE-UFRJ

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Renda Per capita 2009 (Fonte FMI) Paulo Tigre IE-UFRJ

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Paridade do poder de compra A paridade do poder de compra (PPC) é um método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de dois países. A PPC mede quanto é que uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país para outro, ou seja, relaciona o poder aquisitivo de tal pessoa com o custo de vida do local, se ele consegue comprar tudo que necessita com seu salário. As diferenças entre a PPC e a taxa de câmbio real podem ser significativas. Por exemplo, o PIB per capita na República Popular da China é cerca de USD 1.400, enquanto que, com base na PPC, ele passa a USD 6.200. Na outra ponta, o PIB per capita nominal do Japão é cerca de USD 37.600, mas o valor em PPC é de apenas USD 31.400. Paulo Tigre IE-UFRJ

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) É uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em seu relatório anual. Paulo Tigre IE-UFRJ

Cálculo do IDH O IDH, calculado pela ONU, varia de 0 a 1 (melhor). Elaborado desde o início da década de 90 é uma média aritmética de 3 indicadores: Renda – PIB per capita Saúde: expectativa média de vida Educação: taxa de alfabetização de adultos e matriculas no ensino médio e superior. IDH Brasil 0,747 (74 posição em 170 países) IDH Canadá 0,935 IDH RS 0,869 IDH Piauí 0,5 Paulo Tigre IE-UFRJ

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Esperança de vida Numa dada população, esperança de vida ou expectativa de vida é o número médio de anos que um individuo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas no momento (ano de observação). É calculada tendo em conta, além dos nascimentos e obituários, o acesso a saúde, educação, cultura e lazer, bem como a violência, criminalidade, poluição e situação econômica do lugar em questão. Paulo Tigre IE-UFRJ

Indicadores de esperança de Vida A evolução dos indicadores de saúde está estritamente relacionada ao desenvolvimento socioeconômico. A melhoria da renda familiar, as novas tecnologias e a aceleração do processo de urbanização modificaram consideravelmente o panorama da saúde, propiciando um maior acesso da população aos serviços de saúde e saneamento. As recentes transformações no comportamento demográfico e nos indicadores sociais, com a queda da fecundidade, mortalidade e um aumento da esperança de vida ao nascer, também se refletem de forma intensa nas demandas por uma nova estrutura de saúde. Paulo Tigre IE-UFRJ

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Alfabetização no RJ Paulo Tigre IE-UFRJ

Distribuição de Renda no Brasil 1. Distribuição setorial da renda Participação de cada setor da economia no produto. Geralmente quanto + industrializado + desenvolvido. “Países industrializados” 2. Distribuição regional da renda: Sudeste tem 42% da população e 60% da renda NE – Menos de 30% da população e 15% da renda Centro Oeste em crescimento 3. Distribuição pessoal da renda: 20% + ricos tem 2/3 da renda 20% + pobres tem 2,5% da renda Paulo Tigre IE-UFRJ

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Indicadores de Distribuição de Renda Curva de Lorenz: relaciona as faixas de população acumulada (dos + pobres aos + ricos) com a participação acumulada da renda nesta faixa. Índice de GINI : correlaciona a área entre a curva de Lorenz e a reta AB. Varia de 0 (quando curva de Lorenz e a reta AB são as mesmas – nenhuma concentração) a 1 (curva de Lorenz é a mesma da curva AOB – concentração total). Quanto maior a área, maior é o Índice de Gini e pior a concentração. Paulo Tigre IE-UFRJ

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Coeficiente de GINI Paulo Tigre IE-UFRJ

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Pobreza GINI no Brasil é de 0,59 tem se estabilizado desde os anos 80. Índia é pobre porém + igualitário 0,29. Menos violência. Brasil: 10% mais ricos ganham em média 25 vezes + que 50% + pobres. Mesmo com má distribuição de renda é possível reduzir a pobreza. Pobreza é um estado de carência em relação a indicadores mínimos relativos as condições de vida da pop. Indigência (menos de ¼ de salário mínimo por pessoa). 29% da população com menos de R$ 80 de renda individual (soma da renda familiar divido pelo n. de pessoas). 50 milhões de pessoas. R$ 15 dos não indigentes para os indigentes mensais eleiminaria a pobreza. Paulo Tigre IE-UFRJ

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Distribuição de renda no Brasil Paulo Tigre IE-UFRJ

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Causas da má distribuição de renda no Brasil Condicionantes históricos: 300 anos de escravidão. Brasil foi o último país das Américas a abolir. Quando abolida não houve transição adequada. ► Leituras sugeridas: Povo Brasileiro (Darci Ribeiro); Casa Grande e Senzala (Gilberto Freire); Veias Abertas da América Latina (Eduardo Galeano) Riqueza concentrada: ► Terra concentrada: sesmarias, latifúndios (exceção do sul). Grande propriedade (2,9% do total) responde por 57% da terra cultivável. ► Brasil combate a desigualdade de renda mas não a desigualdade de riqueza. Capital humano: desigualdade salarial está vinculada a qualificação. Processo de industrialização: tecnologias que utilizavam + intensamente o K, menos oferta de empregos – tecnologias apropriadas? Paulo Tigre IE-UFRJ

Política de Distribuição de Renda Compensatórias: Renda mínima Bolsa família Seguro desemprego. Estruturais (transferência de ativos): microcrédito, reforma agrária, educação, regulação fundiária urbana e rural. etc. (dá a vara de pescar). “Pobre precisa de oportunidade e não de caridade” Marcelo Néri. Paulo Tigre IE-UFRJ