UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Tipos de vacinas E Vacinação Passiva Mestranda: Patrícia Cisneiros
Referências ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Anrew H. Imunologia celular e Molecular. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. FIOCRUZ BIO-MANGUINHOS. Vacinas.2006 Disponível em http://www.bio.fiocruz.br/interna/vacinas.htm Acesso em 30/05/2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O Programa Nacional de Imunizações. 2006 Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/svs/visualizar_texto.cfm?idtxt=21483>Acesso em: 20 jun 2006. ROITT, Ivan; RABSON, Arthur. Imunologia Básica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2003.182p. STITES, Daniel P. et al. Imunologia Médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2004.683p. VAZ,ª J; Tkei, K.; Bueno,E.C. Imunoensaios – Fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2007 328-349p.
IMUNOPROFILAXIA ATIVA- VACINAÇÃO PASSIVA- SOROTERAPIA Tipos: Atenuada Inativada DNA Recombinante Subunidades Peptídeos sintéticos Vetores modificados Alimentos transgênicos PASSIVA- SOROTERAPIA IMUNOPROFILAXIA
VACINA COM MICROORGANISMOS VIVOS ATENUADOS Menor virulência Conservam epítopos dominantes Desencadeiam resposta imunes inata e adaptativas (http://www.brasilblogs.com.br/busca/virus+e+bacterias) (http://www.brasilblogs.com.br/busca/virus+e+bacterias) Vacinas bacterianas atenuadas ou mortas em uso hoje em dia Induz proteção limitada e são eficazes apenas em curtos períodos. ex: Cólera, BCG >80%, Vacinas virais freqüentemente induzem imunidade específica de longa duração sendo mais efetivas ex: Pólio, sarampo,caxumba e febre amarela Baixo Custo! (ABBAS et al, 2005; VAZ, etal 2007)
Formas de minimizar a virulência Riscos vacinais Repique em meios de cultura, tratamento a frio para alguns vírus Uso de microorganismos de outra espécie não tão virulenta Alteração do genoma da porção virulenta de cepas selvagens D. Rosalina Indivíduos imunodeprimidos, mal nutridos, idosos, com administração de corticóides... Rubéola com vírus atenuado contra-indicada p/ mulheres grávidas Problemas de segurança se não acontecer a devida atenuação
ATENUAÇÃO JANEWAY et al, 2007
Vacina com Microorganismo Morto ou Inativado Inativados por radiação, por altas temperaturas, por gradientes de pH, formaldeído Induzem boa resposta imune celular Apesar de ser uma vacina segura e eficaz, na maioria das vezes, é uma vacina que induz uma resposta imune limitada Não tem capacidade de multiplicação, ficando exposto dessa forma a uma pequena parcela de células do Sistema Imune (Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais, 2005 VAZ et al, 2007)
Vacina com Microorganismo Morto ou Inativado Problemas de segurança se não for devidamente inativado Endotoxinas de bactérias mortas podem oferecer risco grave ex: Bordetella pertusis (coqueluche) morta, Cólera Alto nível de segurança! Baixo custo
Atualidade Agência FAPESP – Até o fim do século 20, a vacinação oral era vista como a principal arma para erradicar a poliomielite em todo mundo. Mas especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) já discutem a necessidade de substituir a vacina oral pela vacina de vírus inativado. Estudo recomenda substituição da vacinação oral contra a poliomielite por vacina de vírus inativado. Segundo a pesquisa, risco de contrair a paralisia pelo vírus derivado da vacina é hoje maior que pelo vírus selvagem (Foto: Wilson Dias - Agência Brasil www.agencia.fapesp.br/fotos/materia2_boletim_ 25/03/2008
VACINAS DE SUBUNIDADES Endotoxinas Inativadas Tratamento químico de endotoxinas com formol ou glutaraldeído Nova molécula : Toxóide tetânico (tétano e difteria, toxóides botulínico e coléricos). Induzem forte resposta de anticorpos São geralmente administradas com adjuvantes (PARSLOW et al, 2004)
VACINAS DE SUBUNIDADES Proteína nativa Purificada diretamente do MO Purificação: cromatografia, extração com solventes orgânicos Bom indutor de resposta humoral, médio indutor de resposta celular Alto custo devido a manutenção do MO em cultura em laboratório Problemas com a purificação – efeitos colaterais tais como toxicidade, hipersensibilidades (VAZ, etal 2007, PARSLOW et al, 2004)
Proteína recombinante VACINAS DE SUBUNIDADES Proteína recombinante Estabelecimento do sistema de expressão/hospedeiro adequado. Identificação do gene que codifica para a proteína imunodominante Amplificação do gene Inserção do gene em uma bactéria ou fungo Indução da produção da proteína pelo fungo ou bactéria Critérios de avaliação: purificação toxicidade caracterização (físicos, químicos e biológicos) atividade biológica ( farmacocinética e farmacodinâmica) Associação com adjuvante Boa indução de resposta humoral, e celular Rigor com a estabilidade da vacina Problemas de purificação Baixo custo! produção em larga escala !
VACINAS DE SUBUNIDADES
VACINAS DE SUBUNIDADES Antígenos sintéticos São compostos de peptídeos sintetizados quimicamente Identificação do antígeno imunodominante de epítopos B, epítopos para ancoragem em MHC Tipo II (CD4), Tipo I (CD8) – Direcionamento da resposta para celular ou humoral Purificação e definição química Baixa estabilidade Baixo custo!
VACINAS EXPERIMENTAIS DNA Resposta imune forte e duradoura, humoral e celular Integralização aleatória do plasmídeo nos cromossomos e a possível recombinação homóloga são riscos potenciais!
VACINAS EXPERIMENTAIS VETORES MODIFICADOS Identificação do gene que codifica a proteína imunodominante Amplificação do gene Inserção em um plasmídeo Recombinação em um vírus Crescimento do vírus Inoculação do vírus
VACINAS EXPERIMENTAIS VETORES MODIFICADOS Célula do indivíduo Vetor viral Transcrição Tradução Peptídio
VACINAS EXPERIMENTAIS VETORES MODIFICADOS
VACINAS EXPERIMENTAIS Alimentos Transgênicos Alimentos expressando proteínas vacinais!??? Proteínas alimentares via oral induzem tolerância Questionamentos: Segurança biológica e ecológica de vegetais transgênicos
IMUNIZAÇÃO PASSIVA LT Administração de produtos da resposta imune Injeção de hormônios Tímicos Terapia com células tronco e de transfecção genômica Citocinas (IFN) (qto ao antígeno são imunomodulatória inespecífica) LT Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais, 2005
IMUNIZAÇÃO PASSIVA Modelo natural Feto recebe IgG da mãe Passagem de IgA secretora do colostro e em uma menor concentração IgG e IgM.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA Soroterapia Utilização de anticorpos imune de doadores para neutralização de venenos de animais peçonhentos ou toxinas bacteriana Anticorpos obtidos por hiperimunização de animais- Heterólogos Pool de soro ou plasma de doadores humanos - Homólogos (ex; IGHHB) Monoclonais de camundongos- Heterólogos (podem ser humanizados) Não há memória imunológica!
IMUNIZAÇÃO PASSIVA Soroterapia Imunização de mães Rh-negativas que tiveram filhos Rh-positivos até 48h
IMUNIZAÇÃO PASSIVA RISCOS Transmissão acidental de agentes infecciosos Igs Heterólogas podem levar a formação de anticorpos anti-Ig que se complexa a anti-Ig numa segunda administração depositando-se em orgãos e tecidos ( Doença do soro) F:\ANTICORPOS HUMANIZADOS.htm
IMUNOTERAPIA
CRIES Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais Existem no País 38 CRIEs, distribuídos por todo o estado. Eles são vinculados às Secretarias Estaduais de Saúde e contam com equipe técnica mínima composta de médico, enfermeiro e auxiliar/técnico de enfermagem, capacitados para atuar na área de imunizações. Funcionam em um período integral para dispensação dos imunobiológicos em caso de urgência, inclusive feriados e períodos noturnos. Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira-UFBA Tel: 3339-6161 / 3339-6162
REFERÊNCIAS ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Anrew H. Imunologia celular e Molecular. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. FIOCRUZ BIO-MANGUINHOS. Vacinas.2006 Disponível em http://www.bio.fiocruz.br/interna/vacinas.htm Acesso em 30/05/2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O Programa Nacional de Imunizações. 2006 Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/svs/visualizar_texto.cfm?idtxt=21483>Acesso em: 20 jun 2008. ROITT, Ivan; RABSON, Arthur. Imunologia Básica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2003.182p. STITES, Daniel P. et al. Imunologia Médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2004.683p. VAZ,ª J; Tkei, K.; Bueno,E.C. Imunoensaios – Fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2007 328-349p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual dos Centros de Referência pra Imunobiológicos especiais, 2006.