Classificação de Solos

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Transcrição da apresentação:

Classificação de Solos

AS 13 CLASSES DOS SOLOS NEOSSOLOS CAMBISSOLOS NITOSSOLOS LATOSSOLOS ARGISSOLOS PLINTOSSOLOS VERTISSOLOS CHERNOSSOLOS LUVISSOLOS ESPODOSSOLOS PLANOSSOLOS GLEISSOLOS ORGANOSSOLOS

NEOSSOLOS Grupamento de solos pouco evoluídos, com ausência de horizonte B diagnóstico. Solos em via de formação, seja pela reduzida atuação de processos pedogenéticos ou por características inerentes ao material de origem. Apresentam exígua diferenciação de horizontes, com individualização do horizonte A seguido de C ou R. Predomínio de características herdadas do material originário.

NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS Areia quartzosa Solos com sequência de horizontes A-C, apresentando textura areia ou areia franca nos horizontes até a profundidade de 150cm a partir da superfície; essencialmente quartzosos, tendo nas frações areia grossa e areia fina 95% ou mais de quartzo, calcedônia e opala e ausência de minerais primários menos resistentes à erosão.

CAMBISSOLOS Solos pouco desenvolvidos com horizonte B incipiente; pedogênese pouco avançada; ausência ou quase ausência da estrutura da rocha. Na região dos Campos de Cima da Serra e dos Aparados da Serra , com relevos ondulados a forte ondulado, baixas temperaturas e altas pluviosidades Cambissolo hístico

LATOSSOLOS Grupamento de solos com B latossólico; evolução muito avançada com expressiva latolização (ferralitização ou laterização); intemperização intensa dos minerais primários e secundários menos resistentes e concentração relativa de argilominerais resistentes e/ou óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, com inexpressiva mobilização ou migração de argila, ferrólise, gleização ou plintitização. LATOSSOLO VERMELHO LATOSSOLO PODZÓLICO

LATOSSOLOS LATOSSOLO VERMELHO AMARELO

ARGISSOLOS Solos com B textural, com argila de atividade baixa (1:1). Evolução avançada com atuação incompleta de ferralitização; mobilização de argila da parte mais superficial, com concentração ou acumulação em horizonte superficial. Os Argissolos tendem a ocupar o terço inferior das colinas e morros do Cerrado. O acúmulo de argila no horizonte Bt reduz muito a permeabilidade dos Argissolos. Isso somado ao fato do horizonte superficial ser muitas vezes arenoso faz com que a grande limitação agrícola dos Argissolos seja o risco de erosão. Por esse motivo, os Argissolos devem preferencialmente ser utilizados com culturas perenes ou pastagens.

PLINTOSSOLOS Solos com expressiva plintitização com ou sem formação de petroplintita; segregação localizada de ferro, como cimentação, com consolidação irreversível sob ação alternada de umedecimento e secagem; neoformações endurecidas de ferro. Solos minerais formados sob condições de restrição à percolação de água, sujeitos ao efeito temporário de excesso de umidade, em geral imperfeitamente ou mal drenados. Predominantemente são solos fortemente ácidos,com saturação de bases baixa. Ocorrem em várzeas, áreas com relevo plano ou suavemente ondulado, podendo ocorrer também em terços inferiores de encostas ou áreas de surgentes, sob oscilação de lençol freático ou alagamento ou encharcamento periódico.

GLEISSOLOS Solos com expressiva gleização. Hidromorfia expressa por forte gleização, resultante de intensa redução de compostos de ferro, em presença de matéria orgânica, com ou sem alternância de oxidação, por efeito de flutuação de lençol freático, sob condições de excesso de umidade permanente ou periódico com muita deficiência ou mesmo ausência de oxigênio. Comumente, desenvolvem-se em sedimentos recentes próximos a cursos dágua e em materiais colúvio-aluviais sob condições de hidromorfia, podendo formar-se também em áreas de relevo plano de terraços fluviais, lacustres ou marinhos e em materiais em depressões. Ocorrem sob vegetação higrófila ou higrófila herbácea, arbustiva ou arbórea. A gleização gera cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas devido a compostos ferrosos (redução e solubilização de ferro).

ESPODOSSOLOS Grupamento de solos com B espódico em seqüência a horizonte E (álbico ou não) ou A. A cor do horizonte A varia de cinzenta até preta e a do horizonte E desde cinzenta ou acinzentada-clara até praticamente branca. Processo de podzolização com eluviação de compostos de alumínio com ou sem ferro em presença de húmus ácido e acumulação iluvial desses constituintes amorfos. Horizonte B espódico: é um horizonte mineral subsuperficial que apresenta acumulação iluvial de matéria orgânica e compostos de alumínio, com presença ou não de ferro iluvial e fraco grau de desenvolvimento de estrutura. Espodossolo. Município de Cananéia – SP. Foto: M.N. Camargo.

ORGANOSSOLOS Grupamento de solos orgânicos, pouco evoluídos, de coloração preta, cinzenta muito escura ou marrom e com elevados teores de carbono orgânico. São solos fortemente ácidos, com baixa saturação em bases. Predomínio de constituintes orgânicos em relação a inorgânicos. Ocorre em ambientes de drenagem livre ou em condições de saturação com água, permanente ou periódica (mal drenados a muito mal drenados, ou úmidos de altitude elevada). Difere dos outros por apresentar horizonte turfoso, isto é, teor de carbono orgânico superior a 50% nos primeiros 80% de profundidade. Ocorrem predominantemente em áreas baixas de vázeas, depressões ou locais de surgentes, sob vegetação higrófila campestre ou florestal; ou em áreas saturadas com água por poucos dias no período das chuvas, situadas em regiões de altitude elevada e úmidas.

CHERNOSSOLOS Possui, necessariamente, horizonte A chernozêmico (espesso, escuro, rico em matéria orgânica e com alta saturação por bases) e é um dos solos mais ricos do Brasil, com presença de argilominerais 2:1 e de um horizonte rico em matéria orgânica e com alto conteúdo de cálcio e magnésio. Normalmente são pouco coloridos, bem a imperfeitamente drenados, moderadamente ácidos a fortemente alcalinos Ocorre principalmente associado a rochas máficas. Ocorre em maior escala na Bahia.

NITOSSOLOS São solos minerais, não-hidromórficos, de cor vermelho-escura tendendo à arroxeada. São derivados do intemperismo de rochas básicas e ultrabásicas, ricas em minerais ferromagnesianos. Na sua maioria, são eutróficos com ocorrência menos freqüentes de distróficos e raramente álicos. Apresentam horizonte B textural, caracterizado mais pela presença de estrutura em blocos e cerosidade do que por grandes diferenças de textura entre os horizontes A e B. A textura varia de argilosa a muito argilosa e são bastante porosos (normalmente a porosidade total é superior a 50%). Uma característica peculiar é que esses solos, como os Latossolos Roxos, apresentam materiais que são atraídos pelo imã. Seus teores de ferro (Fe2O3) são elevados (superiores a 15%).

NITOSSOLOS Apresentam riscos de erosão se estiverem localizados em relevos ondulados. Compreendem solos de grande importância agrícola; as eutróficas são de elevado potencial produtivo, e as distróficas e álicas respondem bem à aplicação de fertilizantes e corretivos. Quando comparados aos latossolos, as Terras Roxas apresentam maior potencial de resposta às adubações, conseqüência de sua CTC (capacidade de troca catiônica) mais elevada.

VERTISSOLOS Solos constituídos por horizonte vértico, apresentando fendas profundas na época da seca e expansão quando úmidos. Apresentam slickensides em função da grande movimentação da massa do solo devido à presença de argilas expansivas. Possuem cores e profundidades variadas, textura argilosa a muito argilosa. Os vertissolos têm grande representatividade no ambiente semi-árido do Nordeste Brasileiro. Por suas características intrínsecas, destacadamente a presença de argilas expansivas, necessitam de um manejo todo especial. Por serem essencialmente argilosos, esses solos ainda apresentam produtividades razoáveis com irrigação superficial, exemplificada pela irrigação por sulcos.

LUVISSOLOS Solos minerais, não hidromórficos, têm horizonte B textural ou B nítico, apresentam em sua constituição mineralógica elevados teores minerais primários facilmente decomponíveis, que se tornam fontes de nutrientes para plantas. Têm argila de atividade alta, altos valores para saturação e soma de bases, caracterizando-os de alta fertilidade natural. Quanto à acidez, têm reação moderadamente ácida a praticamente neutra, ocorrendo também solos com reação moderadamente alcalina. Em geral, são medianamente profundos a rasos (60 a 120 cm). Apresentam seqüência de horizonte A, Bt e C, e nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre os mesmos. Em sua área de ocorrência, observa-se presença de pedregosidade superficial, constituída por calhaus e, às vezes matacões, caracterizando o que se denomina pavimento desértico. São solos bastante susceptíveis à erosão, com horizonte A fraco ou moderado, ou horizonte E.

Solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, com horizonte superficial ou subsuperficial eluvial que contrasta com horizonte B com acentuada concentração de argila, permeabilidade lenta ou muito lenta. Diferenciação bastante acentuada entre os horizontes A ou E e o B, possuindo este estrutura forte em blocos angulares ou prismática ou colunar. PLANOSSOLOS Ocorrem preferencialmente em áreas de relevo plano ou suave ondulado, sob condições ambientais e do próprio solo que favorecem vigência periódica anual de excesso de água, mesmo que de curta duração, e até mesmo sob condições de clima semi-árido. Podem ocorrer ainda nas baixadas, várzeas e áreas de depressões.