O CÂNON DAS ESCRITURAS.

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Transcrição da apresentação:

O CÂNON DAS ESCRITURAS

O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO

O desenvolvimento do cânon é testemunhado pela própria bíblia. A coleção mais antiga das palavras de Deus são os Dez Mandamentos. A coleção de palavras de Deus aumentou ao longo da história de Israel. Moisés acrescentou palavras para serem depositadas ao lado da arca (Dt 31.24-26). Josué também ampliou (Js 24:26). Mais tarde, outros, em geral os profetas, acrescentaram palavras de Deus: 1Sm 10.25; 1 Cr 29:29; 32:32; 2 Cr 20.34; 26.22; Jr 30.2.

Em várias vertentes da literatura judaica, a crença de que haviam cessado as palavras de Deus autorizadas é atestada: Em 1 Macabeus, o autor escreve sobre o altar profanado: “Demoliram-no, pois, e depuseram as pedras sobre o monte da Morada, em lugar conveniente, à espera de que viesse algum profeta e se pronunciasse a esse respeito” (1 Mac 4.45-46). Parece que eles não conheciam ninguém que poderia falar com a autoridade de Deus como os profetas do AT. A lembrança de um profeta credenciado pertencia ao passado, pois o autor falara de um grande sofrimento: “qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um profeta no meio deles” (9.27; 14.41).

Flávio Josefo (37/38 d.C) disse que: “Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas” (Contra Ápião 1.41).

A literatura rabínica declara que o Espírito Santo (em sua função de inspirador de profecias) havia se afastado de Israel: “Após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel, mas eles ainda se beneficiavam do bath qôl” (Talmude babilônico).

No Novo Testamento não há registro de qualquer controvérsia entre Jesus e os judeus a respeito da extensão do cânon. Jesus e os autores do NT citam mais de 295 vezes várias partes das Escrituras como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer citam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro livro como se tivessem autoridade divina.

E OS APÓCRIFOS? Jerônimo incluiu esses livros na VULGATA, mas ele mesmo disse que esses não eram “livros do cânon”, mas apenas “livros da igreja”, úteis e proveitosos para os crentes. A VULGATA foi muito usada pelo povo, por isso os apócrifos se tornaram populares, porém esses livros não tinham nenhum original hebraico; não eram reconhecidos pelos próprios judeus e nem citados pelo Novo Testamento.

A mais antiga lista dos livros do AT que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em 170 d.C. Em sua lista, Melito não menciona nenhum livro apócrifo, mas cita todos do AT, exceto Ester. Eusébio de Cesaréia cita também Orígenes que teria confirmado a maioria dos livros do nosso presente cânon do AT, inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico. Atanásio em 367 d.C. escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do NT e do AT, exceto Ester.

FOI APENAS NO CONCÍLIO DE TRENTO (1546) QUE A IGREJA CATÓLICA DECLAROU QUE OS APÓCRIFOS FAZEM PARTE DO CÂNON Esses livros eram a esperança deles para combater os ensinos bíblicos de Lutero, pois continham apoio para doutrinas de oração pelos mortos; justificação pela fé com obras (não pela fé somente como ensinara os reformadores) e outras mais.

OUTROS ERROS DOS LIVROS APÓCRIFOS Nesses livros não há nenhuma indicação de origem divina. Tanto Judite como Tobias contêm erros históricos, cronológicos e geográficos. Ambos apóiam a falsidade e a fraude e a salvação como dependente das obras meritórias. Eclesiástico e Sabedoria de Salomão inculcam uma moralidade baseada em conveniências. Sabedoria ensina a criação do mundo a partir de matéria preexistente (11.17). Eclesiástico ensina que dar esmolas propicia expiação pelo pecado (3.30). Baruc diz que Deus ouve as orações dos mortos (3.4). Em 1 Macabeus há erros históricos e geográficos.

UMA SÍNTESE DOS APÓCRIFOS: Não atribuem a si o mesmo tipo de autoridade que têm os escritos do AT; Não foram considerados palavras de Deus nem pelo povo judeu, nem por Jesus, nem pelos escritores do NT; Contêm ensinos incoerentes com o restante da Bíblia; A igreja católica romana precisava desses livros apócrifos para combater o ensino bíblico dos reformadores.

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

OS APÓSTOLOS O Novo Testamento consiste de escritos dos apóstolos. Foram eles que recordaram e interpretaram corretamente as palavras e os atos de Jesus para as gerações posteriores. Aqueles que possuem o ofício de apóstolo na igreja primitiva são vistos como detentores de autoridade igual à dos profetas do Antigo Testamento, para falar e escrever palavras do próprio Deus (2ª Pedro 3.14-16).

OS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO Uma vez que os apóstolos tinham autoridade para escrever palavras das Escrituras, seus ensinos autênticos, ministrados por escrito, eram aceitos pela igreja primitiva como parte do cânon das Escrituras. Porém, isso deixa de fora cinco livros: Marcos, Lucas, Atos, Hebreus e Judas, que não foram escritos por apóstolos.

POR QUE OS CINCO LIVROS FORAM INCLUÍDOS NO CÂNON? Marcos, Lucas e Atos foram reconhecidos por todos bem cedo, provavelmente por causa da associação com os apóstolos. Judas foi aceito em virtude da relação do autor com Tiago e pelo fato de ele ser irmão de Jesus. Hebreus: as qualidades intrínsecas impressionantes do livro por si só convenceram os leitores antigos de que sua autoria era de Deus.

AS LISTAS CANÔNICAS MAIS ANTIGAS A lista de Marcião em 140 d.C. Marcião acreditava que o Deus do AT é diferente do NT. Ele foi excomungado em 144 d.C. Em 367 d.C., a 39a. Carta Pascal de Atanásio continha uma lista exata dos 27 livros do NT que temos hoje. Era a lista dos livros aceitos pelas igrejas na parte oriental do mundo mediterrâneo. O Concílio de Hipona em 393 d.C. e o Concílio de Cartago em 397 d.C. concordaram com as igrejas orientais quanto à mesma lista.

CONCLUSÃO 1) Nosso cânon tem os livros que deveria conter e não há nenhum candidato que ao menos se aproxime da coerência doutrinária com as Escrituras e o tipo de autoridade que reclamam para si. 2) No mais, podemos confiar na fidelidade de Deus, que não levaria seu povo a confiar em algo, por quase dois mil anos, pensando ser sua Palavra, caso não fosse.