C-2) O Sistema de Navegação em Função do Perfil Longitudinal do Curso D’Água. Declividade máxima navegável = 25 cm/Km = 25x1/10³= 0,00025 m/m Justificativa: a declividade influencia na velocidade do escoamento.
FIGURA 19: Análise da Declividade do Rio
Características do TRECHO SUPERIOR: Fortes declividades; Maior freqüência de regiões acidentadas (cachoeiras); Regime hidráulico turbulento (velocidade alta, e tirante baixo – NA); Regime efêmero (só tem água quando tem chuva); Instabilidade de calha e erosão maior (maior declividade); Maior capacidade de transporte de sedimentos (graúdos: seixo rolado, cascalho, areia grossa); Águas límpidas; Presença de matacões no leito fluvial.
Obras fluviais típicas para navegação: Barragens com eclusas (para cachoeiras); Canais de partilha (proporciona a navegação de uma bacia para outra); Obras de proteção das margens: espigões, diques; Obras de balizamento (direcionamento da hidrovia); Soleiras; Canal de desvio (cachoeiras).
FIGURA 20: Obras Típicas – Trecho Superior
Características do TRECHO MÉDIO Perfil fluviomorfológico equilibrado (no trecho superior não é equilibrado, devido à alta velocidade e erosão); Equilíbrio de sedimentos; Presença do cone de dejeção (formação sedimentar localizada na mudança de declividade); Menor declividade (< velocidade, e > tirante água); Regime fluvial mais regular com vazões mais uniforme (regime perene, devido ao maior potencial do L.F.); Transporte de sedimentos com menor diâmetro;
Vazões mais robustas (> área de drenagem); Águas turvas (sedimentos mais finos); Início de poluição; Obras fluviais típicas para navegação: Barragens com eclusas; Obras de proteção das margens (espigões, diques longitudinais); Obras de balizamento.
FIGURA 21: Cone de Dejeção
Características do TRECHO INFERIOR Águas muito turvas; Grande transporte de sedimento em suspensão; Formações sedimentares (baixios, ilhas fluviais); Alto grau de poluição; Menor declividade do talvegue; Menor velocidade (< declividade); Presença de meandros;
Presença de estuários (foz do rio ocorrendo no oceano); Maior vazão (> área de drenagem); Maior área molhada; Obras fluviais típicas para navegação: Retificação de calha; Dragagem de baixios; Molhe (proteção contra ondas); Proteção de margem (diques e espigões); Sinalização (balizamento).
C-3) Classificação das VN’s Classificação segundo suas condições naturais, ou a partir de realizações de obras de melhoramento artificiais (regularização e/ou canalização): Rios de corrente livre - A profundidade nas estiagens mais críticas supera os calado máximo da embarcação tipo.
FIGURA 22: Rio de Corrente Livre
Características: Largura ≥ 30 m; Raios das curvas permitam a nav. (Raio longo); Velocidade máxima do escoamento de 2 m/s; Médios e Grandes rios (análise hidrológica); No Brasil: Rios Amazônicos; Centro Oeste; Sul; Sudeste (análise hidrológica). Deve-se analisar a capacidade de tráfego na hidrovia (Análise da embarcação tipo: transporta soja, minério, etc.). A embarcação tipo é projetada em função dos recursos naturais (presente-futuro). Essa análise é feita para um tempo atual e futuro.