Aquele que come carne humana

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A maior flor do mundo José Saramago Ilustração: João Caetano
Advertisements

Estava triste, desmotivado, Sua mulher havia deixado de amá-lo
A Semana de Arte Moderna de 1922 e a contestação na arte brasileira
INTERTEXTUALIDADE.
A Bela e o Monstro.
Canção do Exílio Gonçalves Dias
Canção do exílio.
CANÇÃO DO EXÍLIO Gonçalves Dias.
CANÇÃO DE EXILIO Gonçalves Dias
As relações entre os textos
Literatura Prof. Henrique
Oswald de Andrade.
Ana Cláudia Saldanha Jácomo
Filmado Por Joaquim Pedro de Andrade
Eu só reclamava da vida... Reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma, reclamava.
O Vestido Azul VÁ CLICANDO.
Pequenas e grandes maneiras....
Muito pesado é o meu espírito quero cancelar E eu em urrando contra a conformidade, mentindo Enquanto em meu redor me ditavam como agir e pensar Pode.
Interpretação Textual
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer.
Rolagem automática dos slides...
Intertextualidade.
Pequenas e grandes maneiras....
Progressão automática
Rolagem automática...aguarde Nossa história inicia-se no ano de 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra Mundial...
Seth é o anjo interpretado por Nicholas Cage no filme Cidade dos Anjos
INTERTEXTUALIDADE. INTERTEXTUALIDADE INTERTEXTUALIDADE É uma interação entre textos, um “diálogo” que se dá entre eles. A intertextualidade está ligada.
O Príncipe Feliz.
INTERTEXTUALIDADE.
O BONECO DE NEVE QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA
Vestido Azul.
Conceito e características
E eu só reclamava da vida... Reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma, reclamava.
ESPERO QUE ESTA MENSAGEM
VOCÊ DIZ EU TE AMO?.
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer.
CARTA DE SETH Seth é o anjo interpretado por Nicholas Cage no filme Cidade dos Anjos Crystal
Intertextualidade Metalinguagem.
Interdiscursividade e Intertextualidade
Trabalho feito por: Ana Santos nº2 5ºA
Certa vez, mamãe e papai levaram Marli e seus dois irmãozinhos menores – Cláudia e José – para passearem no campo. Os passarinhos voavam baixinho, as.
A Marca de Amor.
JOSÉ DE ALENCAR IRACEMA
PROJETO PEQUENOS LITERATOS
Autor desconhecido Formatado por Leonil
LUZ DE LUAR....
CANÇÃO DO EXÌLIO GONÇALVES DIAS.
CANÇÃO NO EXÍLIO Gonçalves Dias.
Quadrinhas Populares Professora Janete.
Sou feito de sentimentos, de emoções, de luz e de amor...
MARIO DE ANDRADE • Foi um dos principais responsáveis pela Semana de Arte Moderna. • Dedicou-se ao estudo de literatura, música, artes plástica e folclore.
Boas mensagens vão para a alma. Um homem, passeando pelo bosque, sussurrou: _ Deus, fale comigo...
Sincronizado Com a Música
EDELWEISS By Búzios Slides Automático
Era uma vez uma menina ajuizada. Chamava-se Menina Vírgula
Toques Serenos Beijando as Praias Secretas do Coração
A eterna relação entre textos
O vestido azul Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado.
Interpretação textual
AME ENQUANTO TIVER OPORTUNIDADE....
Equipe:Daniel Danilo Elias Lacerda Felipe Louriel Renato
( Filme Cidade dos Anjos )
Almas perfumadas Ana Claudia Saldanha Jácomo.
INTERTEXTUALIDADE Diálogo entre dois textos
Prof. Florêncio Caldas. Principais nomes do modernismo brasileiro Manuel Bandeira literatura (poesia)
Ela era alta demais, gorda demais, tinha um lábio côncavo e o outro convexo, fartos cabelos negros que nasciam no meio da testa e olhos apertados parecendo.
Colacio.j COLACIO. J SLIDES APRESENTA Clique p/ mudar o slide.
Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança.
Classes gramaticais Numeral; Pronome; Interjeição.
A Semana de Arte Moderna de 1922 e a contestação na arte brasileira
Transcrição da apresentação:

Aquele que come carne humana Modernismo Primeira geração Aquele que come carne humana

Ritual antropofágico

As subcorrentes da primeira geração Pau-Brasil (1924) - Nacionalismo crítico Antropofagia (1928) aprofunda e amplia antropofágica: de degustação, devoração crítica de suas influências de modo a recriá-las, tendo em vista a redescoberta do Brasil, em sua autenticidade primitiva

Abaporu (Tarsila do Amaral) Aba = homem Poru = que come Aquela figura monstruosa, com os pés enormes plantados no chão brasileiro, onde também há um cacto, sugeriu a Osvaldo a idéia da terra, do homem nativo, selvagem, antropófago...

Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português Osvaldo de Andrade

Vamos pensar? Título – refere-se a processo de colonização Verso – “O índio tinha despido” – subverte as normais da gramática. “(...) TERIA (...)” Efeito de sátira.

PARÓDIA Imitação cômica de uma composição literária

Canto do regresso à pátria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Sem que volte para São Paulo Sem que veja a rua 15 E o progresso de São Paulo (Osvaldo de Andrade)

Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em  cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Onde canta o Sabiá. (Gonçalves Dias)

X Paródia Palmeiras X palmares Nacionalismo românico, ufanista Nacionalismo crítico e irreverente X

PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da nação brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (Osvaldo de Andrade)

Batizado de Macunaíma (Tarsila do Amaral)

Macunaíma (Mário de Andrade) No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: _ Ai! Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho de outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém.

Continuação... E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados, por causa dos guaimuns diz-que habitando a água-doce por lá. [...] Nos machos guspia na cara. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto eram sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam muito simpatizadas...

Iracema Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo do jati não era doce como seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem [...].

Iracema é virgem, bela e veloz Macunaíma é feio, preguiçoso e sensual – só fala aos seis anos, gosta de dinheiro, mexe com as mulheres, urina na mãe e sonha obscenidades.

PARÁFRASE Desenvolvimento de um texto sem alteração das idéias originais.

PRINCIPAIS ESCRITORES Mário de Andrade (1893-1945) Osvaldo de Andrade (1890-1954) Manuel Bandeira (1886-1968)