ROLAGEM AUTOMÁTICA FAIXA 7 DO CD “JOHANNA MARIA EM RIMAS E MELODIAS”

ERRANTES, Vagueamos por nossas vidas como crianças abrindo presentes; como crianças abrindo presentes. PARCEIROS, Fizemos a cama, a feira e os filhos, como equilibristas no picadeiro; como equilibristas no picadeiro.

AMIGOS, Caminhamos pela alegria do riso, pela tristeza da dor, como na mina a lanterna e o mineiro; como na mina a lanterna e o mineiro. AMANTES, Navegamos por lagos e mares da paixão como difusão de luz no diamante; como difusão de luz no diamante.

Nem viola balançando a lira, nem a dança da forma do pincel com a tinta, é a rima que pinta pra festejar nossos trinta. Nem viola balançando a lira, nem a dança da forma do pincel com a tinta, é a rima que pinta pra festejar nossos trinta.

A seguir a crônica “Casal 30” propõe uma identificação aos casais e complementa a celebração da canção “A Rima dos Trinta”. Caso seja de interesse é só utilizar o “ratinho”. IMAGENS DO ÁLBUM DE FAMÍLIA E DOS SITES: gabihenn. blogger.com.br; sinapeslinks.blogspot; e detudoblogue.bloguespot.

É nossa opinião que, como aquele casal do longo seriado da televisão, “Casal 20”, todos os casais deveriam ser identificados por um numeral. Assim como o indivíduo tem número para CPF, RG, Carteira Profissional etc., os casais seriam identificados por um numeral, que representaria o tempo de convivência. Os recém-casados, “Casal 0” cheirando, ainda, a mel... Os casados há dois anos - “Casal 2”, “Casal 50”, para aqueles que acabaram de completar bodas de ouro e, assim, para todos os outros tempos de convívio. Estão cheios de razão aqueles que discordarem, argumentando que o numeral característico dos casais é a unidade. Nossa intenção é identificar as quantas primaveras a unidade assistiu. Nossa prosa é dedicada aos “Casais 30”, em consideração a um amigo que pertence a essa categoria - “Marido 30”. Contou sobre sua certeza de que, se casamento fosse loteria, teria tirado a sorte grande.

Confidenciou-nos que era um admirador do caráter de sua mulher e que, pelo tempo e história de seu casamento, concluíra que era um casal de errantes, parceiros, amantes e amigos. Percebendo nosso interesse em compreender, continuou: digo que somos errantes pelo fato de, apesar de ter minha origem no interior do norte do Brasil e ela na Europa Oriental, termos nos encontrado e vivido com a curiosidade e a alegria de crianças abrindo presentes; parceiros, porque construímos tanto e vencemos outro tanto de dificuldades, como verdadeiros equilibristas no picadeiro; amantes, não só pelo dueto de gemidos e sussurros, mas porque nos interessamos em conhecer e respeitar um ao outro; e amigos, porque vivemos a solidariedade dos simples que se juntam na alegria do riso e na tristeza da dor. Cheio de insegurança, mas explodindo de orgulho, sacou do bolso uma fita, aproximou-se e disse: “Gordo Velho”, isto é o testemunho e a lembrança da celebração dos meus trinta anos de casamento.

Só a alegria e a força desse momento poderiam fazer o milagre: este grande desafinado e analfabeto musical compor. Encabulado por não querer que a sua menina dos olhos fosse flagrada no banho, despediu-se apressadamente e misturou-se ao burburinho da cidade. Como o papel, ainda, não tem a capacidade de registrar o som, as rimas da letra acompanham esta prosa. Rimas que podem celebrar não só as bodas do nosso amigo, mas as de todos os “Casais 30” - “A Rima dos Trinta”. A Rima dos Trinta ERRANTES, Vagueamos por nossas vidas como crianças abrindo presentes. PARCEIROS, Fizemos a cama, a feira e os filhos, como equilibristas no picadeiro.

AMANTES, Navegamos por lagos e mares da paixão como difusão de luz no diamante. AMIGOS, Caminhamos pela alegria do riso, pela tristeza da dor, como na mina a lanterna e o mineiro. Nem viola balançando a lira, nem a dança da forma do pincel com a tinta, é a rima que pinta para festejar nossos trinta.