Anchieta Mendes (DA APAL E DO IHGGP)
Certa feita comentamos sobre o VER, OUVIR E CALAR. Todos sabemos que é de suma impor- tância para nós, para a nossa vida, sabermos ver, ouvir e calar. É muita sabedoria, tudo isso, que não chega pra todo mundo.
Saber ficar calado ou falar quando deve faze-lo, sa- ber ouvir sem se molestar ou perder-se com palavras desnecessárias ou graves, eis o grande desafio aos pob- res mortais. Há uma propensão natural, dentro de nós, de.bater- mos com a língua.. Uns falam pouco, outros muito, out- ros demais. Uns se calam e não se dão conta disso, tor- nando-se mudos até mesmo quando deviam falar, enquanto outros falam o quê e quando não deviam.
Para muitas criaturas o silêncio é impossível, porque vivem na balbúrdia, na zoada, no barulho e no falatório sem eira nem beira; nas conversas sem rumo ou nas pa- lavras sem nexo. É do íntimo de certas pessoas falar por falar, para não calar. Calar, portanto, é difícil. É só fazer uma pesquisa e a- notar.
Por falar nisso, pedimos permissão para transcrever in- teressante comentário sobre A ARTE DE FALAR, de autor desconhecido. Vejam os pacientes leitores: O silêncio é um momento vivificante de graça, em que a criatura se cala, mas o espírito fala..
Calar sobe sua própria pessoa é humildade. Calar sobre o defeito dos outros, é caridade. Calar quando a gente está sofrendo, é heroísmo. Calar diante do sofrimento alheio é covardia. Calar diante da injustiça é fraqueza. Calar quando o outro está falando, é delicadeza. Calar quando o outro espera uma palavra, é omissão.
Calar e não falar palavras inúteis, é prudência. Calar quando Deus nos fala ao coração, é silêncio. Calar diante do mistério que não entendemos, é sa- bedoria.. Procuremos aprender a CALAR, porque FA- LAR é fácil.