À contemplação do rosto de Cristo só podemos introduzir-nos escutando, no Espírito, a voz do Pai porque, “ninguém conhece o Filho senão o Pai”. Nas proximidades de Cesaréia de Filipe, perante a confissão de Pedro, Jesus especificará a fonte de uma tão clara intuição da sua identidade:
Não foram a carne nem o sangue quem te revelou, mas o meu Pai que está no céus”. É pois, necessária a revelação do alto. Mas, para a acolhê-la, é indispensável colocar-se a escuta:
O Rosário é um dos percursos tradicionais da oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo. “Só a experiência do silêncio e da oração oferece o ambiente adequado para maturar e desenvolver-se um conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente daquele mistério”.
O Papa Paulo VI assim o descreveu: “Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora. O Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica.
Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do “Alegra- te Maria” – torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do Anúncio do Anjo e da saudação de Santa Isabel: Bendito o fruto do teu ventre”.
Para que o Rosário possa considerar- se mais plenamente “Compêndio do Evangelho”, é conveniente que, depois de recordar a Encarnação e a vida oculta de Cristo, (mistérios da Alegria) A contemplação dos mistérios nos faz lembrar, em cada Ave Maria, Jesus Filho de Deus e da Virgem Santíssima.
determos nos sofrimentos da Paixão, (mistérios dolorosos) e no triunfo da Ressurreição, ( mistérios gloriosos) a mediação concentre também sobre alguns momentos significativos da vida pública de Jesus (mistérios da Luz). O Rosário, é a profundidade da espiritualidade cristã, do Coração de Cristo, abismo de alegria e de luz, de dor e de glória.
18/10/2008