Simão Vasconcelos (UFPE) Mércia Arruda (FIOCRUZ)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Biomas brasileiros.
Advertisements

Agricultura e Meio Ambiente
GEOGRAFIA.
Análise isotópica do oxigênio em folhas, ramos e vapor d’água em uma área de vegetação primária submetida à exclusão parcial de chuva na Flona Tapajós,
CLIMATOLOGIA DA REGIÃO
Seminário Ecologia Energética Macrófitas Aquáticas
Renaturalização de cursos d’água
Tatiana Schor PROCAM/USP
VEGETAÇÃO E MEIO AMBIENTE
Ásia: diversidade física e impactos ambientais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mudanças Climáticos: desafios Pedro L. da Silva Dias Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de São Paulo.
MONITORAMENTO DE DESMATAMENTOS E QUEIMADAS FLORESTAIS EM RORAIMA
As Florestas e a sua preservação.
PROFESSORA: Marise Rabelo
Protozooses endêmicas: Mal de Chagas, Malária e Leishmaniose
ANÁLISE DE RISCO E TENDÊNCIA CLIMÁTICA DEFESA CIVIL DE SÃO PAULO JANEIRO DE 2012.
GEOGRAFIA I – 3º BIMESTRE
Na década de 1960, o geógrafo Aziz Ab’ Saber reuniu as principais características do relevo e do clima das regiões brasileiras para formar, Com os elementos.
Prof. Jeferson C. de Souza
4º Ano Professora Alessandra Stock
Biomas brasileiros.
OS COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS
REGIÃO NORTE EQUIPE Judson Geovane Fernanda Isabela Profª Alessandra 4ª A.
Sumário das mudanças de clima projetadas pelo INPE CCST para o Brasil até final do Século XXI, e dos seus impactos, para um cenário de altas emissões.
O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: IMPACTOS, VULNERABILIDADE E ADAPTAÇÃO
Capítulo 7 A contrastante natureza do Nordeste
Nelson XABREGAS 1, Paulo Monteiro BRANDO 1, Daniel Curtis NEPSTAD 1,2 1 – IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia 2 – The Woods Hole Research.
Sistemas Urbanos, Padrões de Uso da Terra, Saúde & Ambiente Inter e Intra-Institutional Research Groups INPE-OBT CCST, Maio de 2011.
BIOMAS BRASILEIROS.
Programa Nacional de Controle da Malária Reunião da CAMS
CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODOVERSIDADE E CLIMA
GOMES SOBRINHO, T.R. Estudos Ambientais ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO ( E ), EM 4 ESTADOS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL. Andreza Carla A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO (
The Effects of Climate and Land Cover Change on mosquito (Anopheles sp) vectors of malaria in northern Amazonia, Brasil Elainne Gomes (UFPE – Depto. Biologia)
Mudança Climática Global e Saúde ULISSES E. C. CONFALONIERI FIOCRUZ 50ª Reunião Extraordinária do CONAMA 30 de maio, 2007.
CAPÍTULO 15 – NORTE FLORESTA E GRANDES RIOS
Regiões geoeconômica ou complexos regionais
climatologia Fatores climáticos: o que interfere no clima de um lugar
O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA DESTRÓI MILHÕES DE HECTARES DE FLORESTAS POR ANO.
BIOMAS.
Legenda 1 • Amazônia, 2 • Centro-Sul, 3 • Nordeste
VEGETAÇÃO DE TUNDRA Típica de regiões polares (Polo Norte). Vegetação herbácia/arbustiva. Aparecem na paisagem durante o curto verão polar.
GEOGRAFIAGROTH.
Atmosfera, clima e tempo.
GEOGRAFIA Climas e vegetação.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
EPIDEMIOLOGIA PAISAGÍSTICA
VEGETAÇÃO 6º ano – 2009 Prof. Maria Inês.
As grandes paisagens vegetais da Terra
BIOMAS DO BRASIL.
Prof. Marcos Aurélio Vasconcelos de Freitas
A Nova Dinâmica do Desflorestamento em Mato Grosso: Implicações para os Processos do Ecossistema Douglas Morton, Yosio Shimabukuro, Ruth DeFries, Fernando.
CLIMAS DO BRASIL.
Ecossistemas Mundiais e Brasileiros
Exercício optativo 2 – Desenho de reservas  Caráter: Optativo - domiciliar – individual  Prazo: 18/11(noturno) e 20/11 (diurno).  Objetivo: Aplicar.
2015/16 VEGETAÇÃO BRASILEIRA EMERSON MODESTO.
O papel dos Rios na Ciclagem de Carbono na Amazônia
CONTEÚDO? REPETIR A MESMA FÓRMULA? CADA ÁREA IRÁ PREPARAR O SEU MATERIAL? OU ACEITAMOS UM DESAFIO?
O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL.
Curso Educação Ambiental – Construindo novos valores de Cidadania e Sustentabilidade Maio 2011.
Padrões e Processos em Dinâmica de Uso e Cobertura da Terra Associando padrões a processos de mudança de uso e cobertura da terra CST-312.
Evolução do arranjo espacial urbano e das terras agrícolas no entorno de Santarém (Pará) no período de 1990 a 2010 Ana Paula Dal’Asta Silvana Amaral Maria.
Modelagem Hidrológica de uma Micro-bacia em Floresta não Perturbada na Amazônia Central Luz Adriana Cuartas Pineda CST-311 – Metodologia Científica Aluna:
Localização geográfica.... fatores climáticos temperatura pluviosidade umidade relativa tipo do substrato.
Interpretação de Mapas e gráficos
Interpretação de Mapas e gráficos
Distribuição do Anopheles darlingi
MANAUS: DADOS TERRACLASS 2010
Transcrição da apresentação:

Simão Vasconcelos (UFPE) Mércia Arruda (FIOCRUZ) Ecoepidemiologia da malária em Roraima, em relação ao clima e ecossistemas naturais e antropizados Fábio Barros (UFPE) Simão Vasconcelos (UFPE) Mércia Arruda (FIOCRUZ) Ulisses Confalonieri (FIOCRUZ) (IAI/LBA) 1

Environmental change (Land Use/Cover) ECOSYSTEMS (vegetations, hydrology) CLIMATE Malaria Behavior (exposure) Demography Medical care Immunity Environmental change (Land Use/Cover) Species Genetics Ecology Strains Vector Parasite Diversity Natural Factors Social Factors Disease “Ecology” “Epidemiology”

Savanna in Roraima (I) 4

Savanna in Roraima (II) 5

A- projeto de colonização no sudeste (área de floresta) Estudo entomológico e epidemiológico por 12 meses (2003-2004) em duas áreas de Roraima: A- projeto de colonização no sudeste (área de floresta) B- Beira de mata ciliar, próximo a Boa Vista, em área de savana 6

Savanna in Roraima (III) 7

Vicinal 19 (Rorainópolis - RR)

:

Os criadouros de Anopheles darlingi

Characteristics of the Malaria Landscapes Land Use Population Mobility Physical Access Disease Dynamics Population Immunity Risk Perception Vector Control Gold Mining Agriculture Settlements Large Projects “Pioneer” Indian “Urban” High Low Variable Difficult Easy Unstable High Incidence Stable Low Incidence Very Low Medium Good

Malária na floresta e savana

Malaria Vector Species in Forest and Savanna, Roraima, Brazil Dry Season Rainy Season An. darlingi 78,5% 77,6% 1,9% 35,3% An. albitarsis 18,5% 20,2% 93,7% 59% An. brasiliensis 0,0% 3,0% 2,0% An. nuneztovari 1,5% 1,3% Others 0,9% 1,4% 2,2%

A.darlingi A. albitarsis Densidade de picada médias para An. darlingi e An. albitarsis s.l. A.darlingi A. albitarsis Nov. (chuva) 34,13 176,96 Jan. (seca) 45,02 33,3 Mar. (seca) 3,18 21,48 Mai. (seca) 47,66 61,08 Jul. (chuva) 26,38 193,42 16

capturados nas áreas e pequeno e grande rios, respectivamente. Variações nas capacidades vetoriais de An. darlingi (linha contínua) e An. albitarsis s.l. (linha pontilhada) capturados nas áreas e pequeno e grande rios, respectivamente. Os intervalos de confiança de 95% são demonstrados e refletem variações nas densidades médias dos vetores. 17

River Water-Level, Rainfall and Mosquito Breeding Habitats

River Water-Level, Rainfall and Mosquito Breeding Habitats 19

Estação chuvosa

Estação seca

Deforested and control site

Conclusões * Diferentes fatores limitantes podem estar atuando sobre a capacidade vetorial dos mosquitos. Onde ocorrem chuvas muito fortes, a longevidade pode apresentar papel primordial. Em locais onde extensas áreas são alagadas no período de chuvas e as quedas d’água são menos severas, as densidades podem ser mais determinantes 29

Conclusões * Dados de densidade larvária e paridade apontam para modelos distintos de transmissão da malária em locais com diferentes tipos de drenagem hídrica * Observaram-se picos de densidade de A darlingi no fim da estação seca, na floresta e durante as chuvas, na savana * O desmatamento aumenta a formação de criadouros de Anopheles e altera a sazonalidade da reprodução do vetor 30

Conclusões * Estudos loco-regionais da dinâmica da malária e seus vetores são fundamentais para subsidiar a elaboração de cenários amazônicos de transmissão que levem em conta as mudanças esperadas no clima, no uso e cobertura da terra e na demografia 31