O QUADRO ENERGÉTICO Jim Wygand-Presidente Singular Strategies Ltda.

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Transcrição da apresentação:

O QUADRO ENERGÉTICO Jim Wygand-Presidente Singular Strategies Ltda. Risk Management and Strategic Planning jwygand@uol.com.br

EVOLUÇÃO DO PREÇO DE PETRÓLEO

QUESTÕES GEOPOLÍTICAS 1949-1964: Consolidação “pós-guerra”, Bretton Woods, Marshal Plan, contenção de comunismo, intervenções norte-americanas – Irã, América Central, Coreia, Vietnam. 1964-1973: As primeiras multis, ditaduras na América do Sul, “sub-desenvolvimento”, Mercado Comun Europeu, LAFTA, “boom” de “commodities”, primeira crise de petróleo, Proácool. 1974-1989: Volatilidade e queda nos preços de “commodities” e petróleo, derrota dos EUA em Vietnam, produtos “mundiais” e “outsourcing”, segunda crise de petróleo, fim das ditaduras militares na América do Sul, crise financeira de dívida externa, início da “década perdida” no Brasil, “tigres” Asiáticos. 1989-2000: Colapso da União Soviética, mundo unipolar, políticas econômicas “heterodoxas”, derrota da inflação no Brasil, “globalização”. 2000-presente: recuperação dos preços de “commodities”, eleição do Lula, consolidação da economia “global”, Doha Round, guerra contra “terrorismo”, aumento do preço do petróleo, o fenômeno do etanol e bio-diesel.

“DRIVERS” ENERGÉTICOS Mudança na composição e volume da demanda de petróleo. Não há escassez de recursos físicos energéticos mas há pressões de demanda e problemas com o uso de reservas já conhecidas. A demanda está prevista a crescer 50% nos próximos 25 anos. Falta infraestrutura, capacidade de refino, e distribuição. O problema do petróleo não é de oferta física e sim, de turbulência política e geopolítica além de constrangimentos ambientais. Perda de influência geopolítica dos EUA, esp. no Oriente Médio. Dependência de petróleo dos EUA. Volta da Rússia como “player” geopolítica. Crescimento dos “emergentes”. Desvalorização do dólar. Distribuição geográfica/política da produção de petróleo. Crise financeira nos EUA.

PETRÓLEO-QUEM COMPRA E QUEM VENDE Compradores (% do mercado): EUA – 25% China – 8% Japão – 7% Alemanha – 3% Rússia – 3% Índia – 3% Korea – 3% Canadá – 3% França – 2% México – 2% Resto do Mundo – 41% Vendedores (% das reservas): Arábia Saudita – 23% Irã – 11% Iraque – 10% Kuwait – 8% EAU – 8% Venezuela – 6% Rússia – 6% (72% até aqui) Kazakhstan – 3% Líbia – 3% Nigéria – 3% EUA – 2% Resto do Mundo – 17%

QUEM ESTARÁ COMPRANDO? Taxa de crescimento da demanda Dois-terços (67%) do total do crescimento da demanda originam na China e no “resto do mundo” A participação de cada um destes dois grupos separadamente é mais que o dobro da participação dos EUA no crescimento da demanda.

BRASIL Brasil não está “blindado” mas, sim relativamente mais “protegido”. Auto-suficiente em produção de petróleo mas deficiente em refino, geração, e distribuição. Continuará a importar derivados. Investimento necessário estimado no Brasil no período 2005-2030: US$ 470 bilhões distribuído como segue abaixo: Eletricidade: 55% Geração:50% Transmissão:50% Petróleo: 28% Exploração:74% Refino:26% Gas: 10% Exploração: 55% LNG:9% Distribuição:36% Bio-combustível: 7% Qual será o ambiente financeiro e político neste período?

POR QUÊ NÃO FALEI DE ETANOL? Não requer comentários porque: Brasil é claramente o líder mundial em termos de custo de produção e o segundo maior em termos de volume. Automóveis flex-fuel asseguram uma camada de “blindagem” energética. (70% das vendas agora). O futuro dependerá das pesquisas com celulose. Bio-diesel requer 15% de etanol na sua formulação. Os riscos energéticos para o Brasil são de curto e médio prazo. Nestes períodos, o etanol terá o seu papel assegurado – nem que seja uma “bolha”.

RECOMENDAÇÕES Prepare-se para uma “crise” política/energética no futuro próximo – criar scenários. Comece criar alternativas AGORA. Melhorar e fortalecer fluxo de caixa. Atenção para os custos. Analisar e mapear processos. Atenção para situação financeira de clientes. Estejam preparados para um aumento no preço de caipirinhas.