- FATORES GEOGRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO AGRÀRIA -

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Transcrição da apresentação:

- FATORES GEOGRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO AGRÀRIA - GEOGRAFIA DO BRASIL - FATORES GEOGRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO AGRÀRIA -

ÊXODO RURAL O êxodo rural é o abandono do campo em busca das cidades. Tem sido muito comum no Brasil, após nosso grande surto industrial. As cidades em fase de crescimento e de industrialização oferecem melhores condições de trabalho e de vida. Em busca dessas condições, milhares de retirantes abandonam o "sossego" dos sítios e das fazendas e migram para as cidades.

As conseqüências do êxodo rural mais desastrosas ocorrem nas cidades As conseqüências do êxodo rural mais desastrosas ocorrem nas cidades. São elas: desemprego e subemprego, quando o mercado de trabalho é pequeno para a quantidade de mão-de-obra disponível; falta de habitações, gerando preços elevados no aluguel ou na compra das habitações; formação de favelas e de bairros operários, sem as benfeitorias da cidade;

desaparecimento do cinturão verde(chácaras e sítios que envolvem a cidade), devido à especulação imobiliária; deficiências nos serviços públicos urbanos, como água encanada e esgoto, coleta de lixo, transportes coletivos; crises de abastecimento no mercado urbano, com falta de gêneros alimentícios e outros produtos; marginalidade social, com delinqüência, mendicância e prostituição.

As cidades brasileiras que mais sofrem as conseqüências do êxodo rural são as capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza e outras mais.   O aparecimento do bóia-fria é, também, conseqüência do êxodo rural. Os bóia-frias são trabalhadores rurais que moram nas periferias das cidades. Os deslocamentos desses trabalhadores entre a cidade e o campo são feitos, muitas vezes, de maneira arriscada, em veículos sem nenhuma segurança.

A explosão demográfica Explosão demográfica é o grande aumento da população da Terra, ocorrido principalmente no século XX. É, na verdade, com se fosse uma bomba de pavio acesso prestes a explodir, daí a comparação da explosão com a população. Até o século XIX, a mortalidade era extremamente elevada, pois a humanidade não tinha recursos suficientes para combater grande parte das doenças. As grandes descobertas do nosso século, como a penicilina, as vacinas e os antibióticos. Diminuíram bruscamente o índice de mortalidade. Como a natalidade não foi reduzida, o resultado foi o aumento do crescimento vegetativo.

O cenário rural brasileiro sempre foi dominado pela grande propriedade, ficando a pequena propriedade e a agricultura familiar relegadas à subalternidade e, por vezes, ao esquecimento, na formulação das políticas públicas para o setor. A monocultura e a mecanização foram estimuladas por sucessivos governos, como "modelo" de agricultura "moderna" e "racional". O resultado disso foi a expulsão maciça de pequenos proprietários e trabalhadores rurais do campo para as cidades. O setor urbano-industrial brasileiro foi incapaz de gerar, na quantidade e na velocidade necessárias, os empregos para absorver todo esse contingente deslocado pelo êxodo rural.

Assim, enquanto o homem do campo dos Estados Unidos migrou porque predominaram os fatores de atração das cidades, o brasileiro deixou o meio rural porque os fatores de expulsão mostraram-se mais fortes; Expulsos do campo, esse homem e sua família foram constituir os batalhões de mal-empregados, subempregados e desempregados das periferias das grandes cidades brasileiras, compondo o dramático quadro social, marcado por profundas desigualdades, que perdura até hoje;

Os números desse processo abrupto de urbanização do Brasil são eloqüentes: em 1940, a população brasileira era de 41 milhões de habitantes, 70% vivendo na área rural e 30%, nas áreas urbanas. Em 1980, a população havia triplicado, chegando a 121 milhões, dos quais 68% - 82 milhões de pessoas - já residentes nas cidades. Em 2010, o Brasil com 190 milhões de habitantes, dos quais 84% residentes nas áreas urbanas e 16%, nas áreas rurais.

Atrasado e com pressa, o Brasil queimou etapas para se industrializar e urbanizar, e abdicou de um processo indispensável para crescer com mais equilíbrio e menos desigualdades: o de desconcentrar e fortalecer também os pequenos.

Na luta contra o modelo agrícola concentrador de riqueza, contra as desigualdades sociais e pela superação da pobreza, o apoio e o fortalecimento dos pequenos produtores rurais podem ser políticas tão relevantes quanto a reforma agrária que democratiza a posse da terra. Sem reverter o êxodo rural provocado pelo desamparo dos pequenos agricultores, a política de assentamento dos sem terra poderá se tornar inócua, pois não conseguirá concorrer com o processo de desassentamento, que significa, na prática, uma reforma agrária ao contrário.

São 4,5 milhões de agricultores familiares, a maioria pobre, mas que garantem a sobrevivência de 17,6 milhões de pessoas, entre agregados e membros não-remunerados da família - gente que trabalha em seu próprio estabelecimento ou é arrendatário, que paga pelo direito de trabalhar na terra dos outros.

A atual valorização do rural, quer para moradia, lazer, ou preservação ambiental e ecologia, tem estimulado a proliferação de atividades no meio rural que pouco ou nada tem em comum com as atividades agrícolas (Turismo). Esse crescimento na oferta dos Empregos Rurais Não-Agrícolas (ERNA), a partir de várias dinâmicas econômicas, tem viabilizado a dissociação supra mencionada entre o êxodo rural e o êxodo agrícola.

Obrigada!