ANÁLISE de MUDANÇAS CLIMÁTICAS no ATLÂNTICO : Parte B TSM na COSTA das AMERICAS 1964-2005 Teresinha de Ma. Bezerra S. Xavier Airton Fontenele Sampaio Xavier.

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Transcrição da apresentação:

ANÁLISE de MUDANÇAS CLIMÁTICAS no ATLÂNTICO : Parte B TSM na COSTA das AMERICAS Teresinha de Ma. Bezerra S. Xavier Airton Fontenele Sampaio Xavier DCA/IAG/USP 2010 “Ciclo de Palestras sobre Técnicas Estatístico- Estocásticas em Climatologia e Meteorologia Geral”

INTRODUÇÃO Esta é a Parte 2 do artigo (apresentação) anterior. Agora, consideramos possíveis mudanças ou flutuações da TSM /SST em áreas próximas às Américas: Áreas D3, D2, D1 no Atlântico norte, entre 20 o N e 30 o N, entre 10 o N e 20 o N, e entre a linha equatorial e 10 o N, respectivamente. Bem como, Áreas A1 e A2 no Atlântico sul, na costa do Nordeste setentrional, entre a linha equatorial e 10 o S, e entre 10 o S e 20 o S, respec-tivamente.

DADOS E METODOLOGIA TSM / SST no Atlântico [ período ] Omitimos as informações apresentadas na Parte 1 deste artigo. Veja-se, para as áreas D1 e D2 no Atlântico norte, bem como as áreas A1 e A2 no Atlântico sul, a FIGURA 1. Quanto à área D3, é superposta às área D2. Metodologia As informações são aquelas já prestadas na Parte 2.

Figura 1 Áreas (“caixas”) escolhidas para cálculos de temperaturas médias e componentes escalares da “pseudo-tensão” do vento no Atlântico ou respectivas anomalias

RESULTADOS Áreas D1, D2, D3 próximo à costa das Américas no Hemisfério Norte, entre o equador e 30 o N. no Hemisfério Norte, entre o equador e 30 o N. Nas FIGURAS 2, 3 e 4 teremos a variação conjunta da TSM de junho a dezembro nas Áreas (D1) (D2) e (D3) desde o equador até 30 o N. As linhas marcadas por (1)(2)(3)(4), referem-se às médias nos sub-períodos consecutivos em , com 10,11,10,11 anos de durações Nas FIGURAS 2, 3 e 4 teremos a variação conjunta da TSM de junho a dezembro nas Áreas (D1) (D2) e (D3) desde o equador até 30 o N. As linhas marcadas por (1)(2)(3)(4), referem-se às médias nos sub-períodos consecutivos em , com 10,11,10,11 anos de durações.

Área D1 sobreposta à costa norte da América do Sul (costa norte do Brasil e Guianas), no Hemisf é rio Norte, entre o equador e 10 o N. Percebe-se claramente, examinado a Figura 2, que de junho até dezembro não ocorreram variações notáveis da TSM/SST nos três primeiros períodos (1)(2)(3), com respeito ao seu comportamento neste área (D1). Contudo, no último sub-período (4), ou seja, nos últimos dez anos aproximadadamente, denota-se um aumento nítido das médias da TSM com respeito aos três sub- períodos precedentes, nos meses junho, julho, agosto, setembro,...., dezembro. Porém, olhando cuidadosa- mente a escala de temperaturas, a variação não é tão grande, em geral não ultrapassando 0,5 o C ( meio grau Celsius, em cada um desses meses.

Figura 2 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área D1

Na FIGURA 3 exibe-se o comportamento na Área D2 entre 10 o N e 20 o N, também junto à costa das Américas, no hemisfério norte Assim, percebe-se que o comportamento das médias da TSM/SST, de junho até dezembro, na área (D2), é muito semelhante ao ocorrido em (D1). Além disso, como no caso anterior, um aumento mais nítido da TSM/SST dá- se com respeito ao último sub-intervalo (4), ou seja, nos últimos dez anos aproximadamente.

Figura 3 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área D2

Na FIGURA 4 exibe-se o comportamento na Área D3 entre 20 o N e 30 o N, também nas proximidades da costa americana, ainda no hemisfério norte. Finalmente, inspecionando essa Figura 4 conclui-se que os aumentos das médias da TSM/SST não se revelam importantes, mas são ainda menores de outubro a dezembro.

Figura 4 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área D3

Áreas A1, A2 junto á costa das Américas no Hemisfério Sul Na Figura 5 temos a variação das médias da TSM/SST nos sub-períodos (1)(2)(3)(4), de junho a dezembro, na área (A1) adjacente à costa do Nordeste seten- trional. Em junho e julho as variações são pouco importantes, porém mais nítidas de agosto a dezembro. Não obstante, a maior variação das médias do sub-período (1) para o sub-período (4) não excede cerca de 0,5 o C. Contudo, embora os aumentos não sejam de grande monta, tem-se uma progressão crescente das médias da TSM/SST com respeito aos quatro sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4).

Figura 5 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área (A1)

Na Figura 6 temos a variação das médias da TSM/SST nos sub-períodos (1)(2)(3)(4), de junho a dezembro, na área (A2) adjacente à costa do Nordeste seten- trional e também à costa leste (“zona da mata”) Não existe uma progressão exatamente crescente das médias das TSM/SST com respeito aos sub-períodos consecutivos. Com efeito, de setembro a dezembro observam-se médias das TSM/SST mais baixas no sub- período (2) comparativamente ao sub-período (1). Por outro lado, as médias das TSM/SST no sub-período (4) não se apresentam significativamente mais elevadas. Finalmente, de junho até agosto não se denota existir tendência de aumento das médias da TSM/SST nos sub- períodos consecutivos.

Figura 6 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área (A2)

Comportamento de Máximos e Mínimos da TSM Também foi examinada a variabilidade de valores máximos e mínimos da TSM/SST em sub-períodos consecutivos. Em geral, não existe um padrão detec- tável; pelo contrário, o comportamento de certa forma pode ser considerado errático. O que seria de esperar, pois tais máximos e mínimos constituem medidas extremas da TSM/SST. Contudo, é curioso o comportamentos dos máximos na área (D1) do hemisfério norte, na Figura 7 a seguir, pois existem máximos muito elevados de agosto a outubro, com respeito ao sub-período (4), o que pode possuir um significado climatológico.

Figura 7 Variação dos máximos nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área (D2)

Finalmente, na área (A1) do hemisfério sul, conforme a Figura 8 a seguir, observa-se tendência de valores mínimos mais elevados, nos sub- períodos (3)(4), de agosto a dezembro. Por outro lado, em junho e julho o comportamento é muito errático. Tais resultados, contudo, são difíceis de interpretar por se tratarem de medidas extremas, não representativas das respectivas classes (ou sub-períodos).

Figura 8 Variação dos máximos nos sub-períodos consecutivos (1)(2)(3)(4) de , de junho a dezembro, na Área (A1)

CONCLUSÕES E DISCUSSÃO Em suma, as tendências de aumento das TSM no Atlântico inter-tropical observadas anteriormente, em XAVIER & XAVIER (2005) e XAVIER et al (2006-a) (2006-b), são reencontradas para áreas nas adjacências das Américas, embora não sejam tão dramáticas quanto as observadas nas proximidades da África. Omitimos os resultados com respeito à análise para 6 (seis) sub-periodos, em vez de 4 (quatro).

Obviamente, tal análise exploratória necessitaria seguir-se da aplicação de testes estatísticos para avaliar a significância estatística dos resultados. Porém, mais uma vez, lembramos que em parte isto já havia sido empreendido nos trabalhos precedentes. Ou seja, no contexto da aplicação de outros procedi- mentos não utilizados, aqui. Como a Análise de Variância e a Análise de Regressão. Interpretações diversas já foram consideradas na Parte 1, em termos de seus possíveis impactos climáticos (sobre as chuvas, atividade ciclônica, etc).

BIBLIOGRAFIA XAVIER, A.F.S., XAVIER, T. de Ma.B.S. & ALVES, J.Ma.B. (2000), Evidências de Variações Climáticas no Atlântico Intertropical no Período , Anais/CD-ROM XI CBMET, 10 pp. Brasília. XAVIER, T. de Ma.B.S. & XAVIER, A.F.S. (2005), Aumentos Dramáticos da TSM/SST em Áreas e Sub-Áreas do Atlântico Intertropical Leste no Período , Anais CD-ROM, SIC-Simpósio Internacional Climatologia/SBMET-2005, 8 pp. XAVIER, T. de Ma.B.S., XAVIER A.F.S., SILVA-DIAS, P.L. da & SILVA-DIAS, Ma.A.F. da (2006-a), Aumentos Dramáticos da TSM/SST em Áreas do Atlântico Intertropical na Costa Africana (1950/ ): Implicações sobre Eventos Climá- ticos nas Américas, 1ª Conferência Lusófona sobre o Sistema Terra, Lisboa, de março 2006, IGBP-Portugal, 4 pp.

XAVIER, T. de Ma.B.S., XAVIER A.F.S., SILVA-DIAS, P.L. da & SILVA-DIAS, Ma.A.F. da & ALVES, J.Ma.B. (2006-b), Apresentação “power-point”, I Encontro Internacional de Eventos Climáticos Aplicados ao Nordeste Brasileiro– FUNCEME, de janeiro 2006, Fortaleza-Ceará. XAVIER, T. de Ma.B.S., XAVIER A.F.S. & ALVES, J.Ma.B. (2006-a), Mudanças Climáticas no Atlântico e sua Análise Exploratória pela “Linguagem” R: 1. TSM nas Adjacências da Costa Africana , XIV CBMET-Congresso Brasileiro de Meteorologia, Florianópolis, nov./2006, Anais em CD-ROM, 8 pp. [apresentado em “pôster”] XAVIER, T. de Ma.B.S., XAVIER A.F.S. & ALVES, J.Ma.B. (2006-a), Mudanças Climáticas no Atlântico e sua Análise Exploratória pela “Linguagem” R: 2. TSM nas Proximidades das Américas , XIV CBMET-Congresso Brasileiro de Meteorologia, Florianópolis, nov./2006, Anais em CD-ROM, 8 pp. [apresentado em “pôster”].