O QUE TEMOS FEITO PELA GRANDE OBRA? GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL jurandi@juraemprosaeverso.com.br www.juraemprosaeverso.com.br 15 de julho de 2014 CLIQUE PARA AVANÇAR OS SLIDES PP-1-013 O QUE TEMOS FEITO PELA GRANDE OBRA? IrSamuel Macêdo Guimarães  Rito Brasileiro

Estava a refletir sobre este quadrilongo que nos cobre do mundo profano, para levantarmos templos as virtudes e cavarmos masmorras aos vícios.

Ao intuir sobre seus propósitos, não perco de vista que o aspecto físico da arquitetura interior, esta me aponta do Oriente ao Ocidente, do Sul ao Norte, da Terra ao Céu e da Superfície ao Centro da Terra e percebo que algo mais misterioso e insondável pressente o além do universo que esta oficina me conduz a algo mais além das aparências.

Os símbolos e alegorias podem ser a chave da ciência para uma análise que não perde de vista a intuição. mas que ciência é esta? É preciso ser um mestre das ilusões, sem jamais nos iludirmos pelas aparências, pois, um símbolo é sempre uma idéia consciente que representa ou encerra a significação de outra inconsciente.

Enquanto fazemos o que achamos ser o melhor possível, como homens livres e de bons costumes, ainda assim, não estamos garantidos de que temos todas as respostas de imediato.

A nossa marcha para o alto, depende do nosso próprio anseio de perfeição. e o que é a perfeição senão a nossa própria integridade?

Creio que quando estava como Aprendiz, adquiri o meu salário pela fé, e acredito agora, que através da esperança, alcançarei mais um degrau. De todos os meus Irmãos maiores, espero a caridade.

Sei, Venerável Mestre, que as ferramentas necessárias para o momento estão guardadas dentro das colunas, e que estes dois pontos solsticiais, nos demarcam a união justa e perfeita entre Irmãos.

Mas quem são os Irmãos. Apenas os homens livres e de boa vontade Mas quem são os Irmãos? Apenas os homens livres e de boa vontade? Ou estes são os Irmãos parceiros, da construção de um mundo melhor através de uma sempre renovada arquitetura, referenciada por um mistério ainda maior e que sabemos, mora no centro e em todos os pontos da Estrela Flamejante?

E tudo isto reflito, porque no caminho encontrei as Quatro Virtudes Cardeais: Temperança, Justiça, Coragem e Prudência , das quais intuí pela análise de que a quinta ponta é o homem livre e de bons costumes e de que a partir da união destas cinco pontas, pelo poder da síntese, faz com que nossos corações se rejubilem com a presença da Letra G. Sim V.'.M.'., E.'.V.'.A.'.E.'.F.'..

E aos estimados Irmãos que os reconheço mesmo na obscuridade, por que sois homens da luz, relembro a Régua no ombro direito, que nos recorda o juízo reto, a correção moral e espiritual.

Não menos importantes são a força, a potência, a sabedoria e a procura incessante da justiça simbolizada pelo Maço, Cinzel, Alavanca, Esquadro e o Compasso tatuado nos nossos corações pela força do juramento. E ainda relembro, quando anteriormente falei dos símbolos, de que é preciso ver também além das aparências.

Sendo assim gostaria de refrescar a nossa memória com a última fala do V.'.M.'. no Manual de A.'.:

— "Meus irmãos! Depuremos incessantemente a nossa Ordem de tudo quanto lhe for nocivo, enriqueçamo-la de Obreiros dignos para que ela continue a ser a maior força social e espiritual, a influir beneficamente nos destinos do mundo."

Isto meus Irmãos, associo a uma fala do Segundo Vigilante nas ferramentas e símbolos do Grau de Companheiro quando cita Amós 7: 7-8: "— Isto me mostrou o Senhor: Javé estava sobre um muro e, na mão, tinha um Prumo. E Javé me disse: "O que você está vendo Amós? ”Eu respondi: "Um Prumo". E ele me disse: "Vou tirar o Nível do meu povo Israel, não o perdoarei mais."

Nesta reflexão, acho uma possível resposta: o que intuí e analisei na lapidação da Pedra Bruta é que ao transformá-la em Pedra Cúbica, nela coloquei o meu espírito e obtive a abundância do conhecimento. Mas que além de todas as aparências estão a estabilidade e a firmeza e, mais ainda, a força e a alegria. E encontrei a cruz no cubo da pedra polida e no centro da cruz vi escrita a frase "O homem nasceu para trabalhar assim como o pássaro para voar".

Alerto para uma frase do Manual de Companheiro: "Grande e bela é realmente a nossa Ordem, tudo nela se faz pela dignificação do espírito. Sejamos, pois Irmãos, incansáveis na edificação da grande obra". Por esta razão encerro com uma pergunta para nossa reflexão: o que temos feito pela Grande Obra?

GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL TEXTO: IrSamuel Macedo Guimaraes – Loja 28 de Julho -Itabuna-Bahia – Rito Brasileiro Fotos: Do arquivo do Jura em Prosa e Verso FORMATAÇÃO: JURA EM PROSA E VERSO MÚSICA: SOLITUDE – Ernesto Cortazar