A LAPIDAÇÃO DA PEDRA BRUTA ATRAVÉS DO ESTUDO MAÇÔNICO GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL jurandi@juraemprosaeverso.com.br www.juraemprosaeverso.com.br 04 de julho de 2014 CLIQUE PARA AVANÇAR OS SLIDES PP-1-069 A LAPIDAÇÃO DA PEDRA BRUTA ATRAVÉS DO ESTUDO MAÇÔNICO Autor: Ir Caio Fonseca Dias Santana
O estudo maçônico, invariavelmente, leva o Aprendiz a suscitar maiores e mais complexas dúvidas. Isto ocorre porque o estudo tem como conseqüência natural o enriquecimento do conhecimento e a dúvida é o impulso ao constante processo evolutivo.
Uma Pedra Bruta poderá um dia tomar forma, mas jamais se tornará pura se em sua origem não o for. Assim, um Maçom jamais caminhará à perfeição se seu coração não for aberto à virtude e antipático aos vícios, pois o homem nasce bom e livre.
As tentações que se lhe apresentam ao longo de sua jornada vital lhe impõem escolhas que nem sempre são bem sucedidas. Situa-lhe entre a virtude e o vício, neste tempo não bem decifrados.
Assim, escolher um ou outro caminho não se traduz em ceder ao vício ou tampouco aceitar a virtude, pois o estado de ignorância em que se encontra não lhe permite traçar os contornos da virtude para precisar até que ponto a bondade não é vaidade e a perseverança não é obsessão.
Essa zona limítrofe somente passa a se tornar mais nítida quando o profano deixa aquela universalidade de valores mal definidos e, ao nascer para a Maçonaria e se dedica a compreendê-la, trazendo-a em seu seio não como culto ou religião, mas como ordem pregadora de bons valores morais e éticos, do livre e do bom.
Livre é o homem que renega vaidades tolas, que não se permite escravizar por suas paixões e que sabe fazer uso de sua liberdade, sem, contudo, confundi-la com permissão moral para praticar abusos.
Ser livre é conhecer que sua liberdade é fronteiriça à liberdade de outro homem e que cruzar essa fronteira implica em ferir direito alheio, ou, ainda, ferir preceitos legais que a vida em uma sociedade de direito lhe obriga a respeitar, sob pena de ter a própria liberdade cassada.
Por outro lado, respeitar o direito alheio não significa suprimir a própria opinião, pois o homem é livre em seus pensamentos, desde que de boa fé e que verossímeis suas palavras.
Não significa, também, permitir a outrem mais do que lhe é permitido, pois àquele que viola seu direito não há direito e a ele devem ser dispensadas duras críticas, porque está a ferir o equilíbrio indispensável à perfeita harmonia entre os homens, à liberdade, pois só o homem livre pode exercer a bondade com plenitude.
A bondade é inerente a todo ser humano e com ele nasce, sob forma de vontade livre e consciente de fazer aquilo é que certo, conforme lhe é ensinado em seu lar. Contudo, essa vontade é, por vezes, vaidosa.
Quem não quer ser reconhecido por seus méritos, já que estes são antagônicos àqueles atos que lhe ensejam repreensão e vergonha? Porém, não é lícito perder a noção de que a bondade é pura em todos os aspectos.
A vaidade, todavia, pode ser nociva porque o homem é fraco à sedução das vantagens que ela pode proporcionar, esquecendo que podem levá-lo a violar as leis de seu país e os direitos de seus irmãos, material ou moralmente.
O vaidoso difama seus Irmãos para satisfazer prazeres ilegítimos O vaidoso difama seus Irmãos para satisfazer prazeres ilegítimos. Arruína a sociedade familiar que jurou ao Grande Arquiteto do Universo proteger, em troca da vida mundana e promíscua. Renuncia aos bons valores morais e mergulha nos maus hábitos, elementos que compõem o costume.
E são os exatamente os bons costumes que pautam o cotidiano do Maçom, sem constituir-se, contudo, em normas rígidas de convívio social. Ao contrário, é a manifestação da pureza que emerge de seu coração e se apresenta espontaneamente, sem preordenação, pois se preordenada fosse, pura não seria porque a pureza é sensível à vontade e, portanto, jamais convergem.
GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL TEXTO: Ir CAIO FONSECA DIAS SANTANA -Ap M Fotos: Do arquivo do Jura em Prosa e Verso Formatação: Jura em Prosa e Verso MÚSICA: Hino da Dinamarca Resulta dessa análise a conclusão de que estão no L.´. da L.´., no Esq.´. e no Comp.´. a expressão simbólica da eqüidade, da retidão e dos limites dos direitos dos homens, e o estudo profundo de cada um desses elementos é a chave para que o Maçom possa lapidar-se sob a égide do Grande Arquiteto do Universo.