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1 Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e Análise para um MODELO SUSTENTÁVEL Salomé Abreu Universidade do Porto.

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1 1 Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e Análise para um MODELO SUSTENTÁVEL Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras

2 2 O objecto deste trabalho de investigação incide nos diversos modelos de gestão aplicados nos museus portugueses e que integram a Rede Portuguesa de Museus (RPM). Museus Nacionais - Instituto de Museus e da Conservação, I.P.– Ministério da Cultura; Museus Locais - Autarquias Locais; Museus Privados - Fundações e Associações. Não se pretende neste trabalho apresentar um estudo exaustivo de gestão, mas tão só uma análise da forma como os museus trabalham com os diferentes modelos de gestão, suas vantagens e desvantagens, no sentido de apresentar um modelo sustentável. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras INTRODUÇÃO

3 3 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus O que é um museu? Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Desde a sua origem chamou-se museu a um espaço de diálogo, de fruição cultural e preservação de objectos de arte. Actualmente, museu é instituição de serviço público, espaço de cultura, de conhecimento, de diálogos, de preservação, de lazer e de memórias. 1.º Espaços fechados, câmaras de maravilhas, onde apenas os eruditos se encontravam para exercerem o diletantismo cultural. 2.º Espaços abertos, a começar pelo Museu Britânico, o Louvre, o Prado, entre outros, com obras de arte expostas a todos sem excepção.

4 4 Missão e organização de museus Peter Drucker refere que, “As organizações sem fins-lucrativos começam pelo desempenho da sua missão.” (DRUCKER, 1998:181) MISSÃO é a razão de ser de uma organização, e os OBJECTIVOS são as metas a atingir. A missão é então todo um conjunto de serviços, previamente traçados, cujo objectivo neste caso pressupõe preservar, estudar e garantir o acesso aos bens culturais a todos sem excepção. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável São objectivos “primários”: preservar, coleccionar, investigar, divulgar, promover o conhecimento, a educação, a cultura e o lazer. São objectivos “secundários”: gerir toda a organização para que a instituição, não perca a capacidade financeira de suportar o cumprimento da sua missão.

5 5 Um museu para quê e para quem? A nova função do museu, muito marcada pela democracia cultural e pela valorização do património e do conhecimento, proporciona ao homem um instrumento pedagógico, ao serviço do saber, da cultura e do lazer. Esta evolução histórica permite-nos verificar como a missão dos museus foi reflexo das mutações sociais e culturais, passando não só a evidenciar a natureza dos factos já passados e consequentemente históricos mas também a ter uma função orientadora da civilização. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

6 6 Um museu para, Preservar o património e divulgar terá a sua origem na Revolução Francesa como considera Carlos Alberto Ferreira de Almeida: “O actual sentido dominante começou a aparecer, furtivamente, aquando da Revolução Francesa. Ao notarem o iconoclasmo revolucionário, as pilhagens e as distribuições dos bens da Igreja e da Monarquia, alguns responsáveis políticos daquele tempo, culturalmente lúcidos, começaram a falar, metaforicamente, no “património artístico e monumental da nação” que era necessário salvaguardar, tentando, assim, sensibilizar as pessoas para o seu respeito.” (ALMEIDA, 1998:12-13) Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

7 7 Um museu para, Coleccionar Já no século XVI (Itália Renascentista) as colecções começam a ser classificadas e ordenadas, mas foi nos finais do século XIX e início do século XX, que os museus começaram a dar sinais de desenvolvimento e as colecções começam a ser exibidas com critérios estéticos e científicos, organizadas e expostas por temáticas e cronologias. O coleccionismo deixa de ter carácter privado e começa a invadir os organismos públicos que originou a formação de notáveis museus europeus. Deu-se o renascer do mercado da arte. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

8 8 Um museu para, Inventariar A inventariação refere-se aos procedimentos relativos à identificação do objecto, que deve ocorrer logo que este seja recepcionado nos serviços, promovendo-se o seu registo com a respectiva codificação e valoração. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Um museu para, Investigar Investigar é promover o conhecimento, é recolher informação e submetê-la a análise, é conhecer o desconhecido e compreender o passado para melhor avaliar o presente. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

9 9 Um museu para, Educação e serviço educativo O objecto da educação é o ser humano, mas andamos sempre a tentar saber o que é a educação e para que serve? Educar é produzir, construir, orientar, ordenar e descobrir o ser humano. A educação nos museus alargou-se aos vários níveis de público, aquilo a que hoje se chama serviço educativo, sendo um projecto museológico que tem por detrás o objectivo de sensibilizar públicos menos formados e que, através de serviços direccionados, responde a graus de exigência diferente. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

10 10 Um museu para, Cultura e acção cultural “O Estado deve promover a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural”. (art.73.º n.º3 da C.R.P. de 1976) A cultura faz parte da essência do homem, é um modo de vida, de ser e de estar perante a sociedade; uns produzem-na, outros consomem-na. Os gregos entendiam esta categoria como sinónimo de erudição, mas também de civilização, constituindo um conjunto de valores, sociais, intelectuais, éticos e estéticos. Cultura é simultaneamente informação e comunicação, aquisição de conhecimento e modo de vida. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

11 11 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Um museu para, Valorização social A valorização social é igual a investimento, mas só há investimento quando a valorização social é permitida a todos sem excepção. Razão pela qual, o Estado deve financiar este serviço, já que o museu tem como missão o seu desempenho, que se traduz de facto num serviço público. Um museu com, Informação e comunicação Dispondo correctamente da informação e da comunicação, o museu pode ser um espaço, de excelência, onde as relações humanas através de processos cognitivos, afectivos, sociais e culturais atinjam o mais elevado grau dos saberes e do conhecimento. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

12 12 Um museu com, Marketing e divulgação O marketing nos museus está fortemente direccionado para a captação de públicos, tendo por base a criação de novos produtos e serviços que posicionem o museu numa situação favorável, face à panóplia dos serviços que presta e ao cumprimento da sua missão. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Capítulo I – TEORIA E PRÁTICA: Missão e Organização de Museus Um museu para, Públicos O público parece ser actualmente a razão de ser e existir dos museus. Mais do que preservar, conservar, restaurar e estudar a colecção, hoje os museus preocupam-se com o seu público e com os serviços que podem oferecer, expectantes de um alargamento qualitativo e sobretudo quantitativo. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

13 13 Museus – modelos de organização e gestão Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus O Museu é uma instituição e a Museologia é a ciência que estuda a sua missão e organização, abrangendo não só a museografia, mas todo o conjunto de regras, princípios, observações e conhecimentos indispensáveis à organização e ao funcionamento do museu. Uma organização pressupõe um conjunto de pessoas hierarquicamente organizadas, que cooperam de forma a atingir os objectivos da organização. A gestão pressupõe rentabilizar os serviços, obtendo deles um retorno patrimonial, cultural e social. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

14 14 Liderança e gestão de recursos humanos Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus É gestão de recursos humanos, a forma como o líder consegue que cada trabalhador desenvolva todo o seu potencial intuitivo, racional e criativo, e use as capacidades e conhecimentos na prossecução dos objectivos do serviço. Liderar é a forma como os dirigentes desenvolvem e prosseguem a missão e definem os valores necessários para sustentar e implementar, a longo prazo, uma cultura de excelência na organização. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

15 15 Orçamento e Planificação Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus O Orçamento do Estado é o principal financiamento e é com base nele que tudo se regula, principalmente os orçamentos dos institutos, das autarquias locais, bem como das associações do Estado e fundações. Planificar é programar a execução de actividades para um determinado período de tempo. A planificação implica uma estratégia que assegure o normal funcionamento de uma organização, sem perder de vista os interesses e objectivos a atingir. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

16 16 Modelos de gestão São cerca de 93 os museus a analisar neste trabalho e todos eles pertencem à Rede Portuguesa de Museus. Obedecem estes museus a um padrão de organização e gestão único? Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus 29 museus nacionais, tutelados pelo Instituto de Museus e da Conservação, I.P., instituto que depende do Ministério da Cultura – (tutela pública) 50 museus locais, tutelados pelas Autarquias Locais – (tutela pública) 9 museus tutelados por Fundações e 5 museus tutelados por Associações – (tutela semi- pública ou privada). Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

17 17 Museus Nacionais tutelados pelo Ministério da Cultura (IMC, I.P.) Estes museus executam actos administrativos, gerem serviços e orçamentos, mas não detêm uma verdadeira liberdade de decisão e de execução. A gestão de cada museu depende do IMC, I.P. que, por sua vez, também depende do Ministério da Cultura que é quem detém a “fatia” do orçamento proveniente do Orçamento do Estado. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

18 18 Museus Locais – tutelados pelas Autarquias Locais Estes museus dependem economicamente das Câmaras Municipais, possuindo receitas próprias e processos próprios para a elaboração e aprovação dos respectivos orçamentos. Como dependem de uma administração local com autonomia administrativa e financeira beneficiam de um modelo de gestão mais flexível. A autonomia financeira permite uma actuação mais célere e a promoção de actividades não previstas. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

19 19 Museus privados – tutelados por Fundações e Associações Estes museus são autónomos, acabam por ter uma gestão público-privada, ou seja, pública porque é na maioria financiada pelo Estado e privada porque a gestão depende exclusivamente da fundação ou associação sem intervenção directa do Estado. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO II - MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: aplicados nos museus da Rede Portuguesa de Museus Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

20 20 Estudo de caso e análise SWOT Neste trabalho, é verdade que a pesquisa efectuada não incidiu especificamente e apenas num único modelo de gestão, de instituição, fundação ou associação, a que se possa chamar genericamente de “um caso”. O Estudo de Caso deve ser conduzido sobre fontes de dados que podem constituir todo o processo de estudo, são indicadas quatro fontes: Documentação; Observação directa; Observação participante e Questionários. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO III – ESTUDO DE CASO Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

21 21 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO III – ESTUDO DE CASO Questionários O número total de questionários enviados foi de 93 e recebidos foi de 26, estes considerados válidos, que corresponde a 28%, sendo 9 dos Museus Nacionais, 9 Museus Locais, 5 das Fundações e 3 das Associações. A amostra obtida constituída pelos 26 questionários recebidos válidos será a amostra que servirá de referência para o estudo deste trabalho. Apresenta-se, de seguida, uma síntese destes resultados: - Universo do estudo... 93 Museus (29 MN - 50 ML - 09 F - 05 A) - Amostra teórica do estudo.................................... 93 Museus - Envio dos questionários.............19 e 20 de Novembro de 2007 - Recepção............20/Novembro de 2007 e 31/Janeiro de 2008 - Questionários recebidos.................................................. 26 - Questionários válidos...................................................... 26 - Amostra obtida = Amostra do estudo................................ 26 Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

22 22 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO III – ESTUDO DE CASO Convém referir neste estudo de caso, dois museus da mesma tutela (IMC) que, por via telefónica e correio electrónico informaram que não iriam responder ao questionário indicando as razões seguintes, justificativas desta decisão: num dos casos, “não respondiam sem terem o aval da tutela para o fornecimento de dados” e, no outro, diz-se, “O serviço não possui ainda, nem departamento contabilístico nem Divisão deste âmbito que possa responder com facilidade e objectividade ao questionário”. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

23 23 Iniciaremos esta análise, que mostrará os pontos fortes e fracos pelos Museus Nacionais, seguindo-se os Museus Locais, Fundações e Associações. Posteriormente, confrontaremos os resultados de diferentes questões, mas idênticas nos diferentes tipos de museus estudados. As questões a analisar foram seleccionadas, considerando-se aquelas que melhor se identificam com os casos em estudo. Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CAPITULO III – ESTUDO DE CASO Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

24 24 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Como primeira conclusão e após a análise dos resultados globais dos questionários, no que refere à concordância ou não de uma gestão mais autónoma, conducente a um modelo sustentável, parece ser de relevar o facto de um grande número de Directores e/ou Conservadores a quem dirigi os questionários, (44%) não concordarem com a autonomia administrativa e financeira, apesar de referirem que gostariam de ter mais autonomia. PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Em tese, a não concordância prende-se quase exclusiva-mente com o facto de o museu ter que apresentar receitas na ordem dos 2/3 do valor total do seu orçamento. Esta tese é comprovada pela declaração do director do IMC, I.P ao Público: “têm que ser capazes de gerar mais receitas”. (Público 06-10-2008; p.5) Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Preferência pela Autonomia Administrativa e Financeira 44% Não 28% Sim 28% sem resposta

25 25 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Pontos Fortes Gozam de um notório reconhecimento público. Possuem maior dimensão Patrimonial e Cultural. Possuem um modelo único, apresentando por isso um modelo mais organizado, o que permite controlar a gestão nos museus. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Pontos Fracos 23% Orçamento reduzido; 19% Muita burocracia e Falta de equipamentos; 22% Recursos humanos insuficientes; 17% Recursos humanos pouco habilitados. Museus Nacionais

26 26 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Pontos Fracos 24% Orçamento Reduzido; 16% Muita burocracia e Falta de equipamentos; 23% Recursos humanos insuficientes; 21% Recursos humanos pouco habilitados. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Pontos Fortes Como dependem de uma administração local com autonomia administrativa e financeira, beneficiam de Um modelo de gestão mais flexível. Museus Locais

27 27 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Pontos Fracos 26% Orçamento Reduzido; 17% Muita burocracia; 19% Falta de equipamentos; 23% Recursos humanos insuficientes; 15% Recursos humanos pouco habilitados. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Pontos Fortes O facto de estarem sujeitos a fontes de rendimento, não dá lugar para serviços condenados ao fracasso, procuram estar sempre na vanguarda. Horários mais alargados. Através do marketing muito desenvolvido, conseguem promover uma imagem superior à de outros museus com valiosas colecções. Museus Privados – Fundações

28 28 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Pontos Fortes Horários mais alargados. Bom marketing. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Pontos Fracos 45% Orçamento Reduzido; 11% Muita burocracia; 11% Falta de equipamentos; 22% Recursos humanos insuficientes; 11% Recursos humanos pouco habilitados. Museus Privados – Associações

29 29 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Pontos Fortes e Fracos M. Nacionais M. Locais Fundações Associações Orçamento Reduzido 23% 24% 26% 45% Muita burocracia 19% 16% 17% 11% Falta de equipamentos 19% 16% 19% 11% Recursos humanos pouco habilitados 17% 21% 15% 11% Recursos humanos insuficientes 22% 23% 23% 22% Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

30 30 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras A maior parte dos inquiridos responderam que: O melhor modelo de gestão é sempre o de outras tutelas e não o da sua. Apenas 5% consideraram melhor modelo o da sua tutela, 8% das Associações e Museus Nacionais, 16% dos Museus Locais, 44% preferem o modelo das Fundações, justificada pelos inquiridos como sendo o modelo mais funcional. No entanto, verifica-se ainda 24% de ausência de respostas. PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

31 31 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Na sua maioria, constatou-se que as respostas relacionadas com gestão, isto é, referentes a receitas e despesas, serviços e recursos humanos, não tinham consistência. Existe alguma ou até muita contradição: Refere-se o desconhecimento dos valores de receitas e despesas, para logo a seguir se dizer que um dos problemas do museu é o orçamento reduzido. Assinala-se que o plano de actividades de Museus da mesma Tutela é feito sem conhecimento do orçamento, outros, referem que este é feito com base nele. Este serviço é considerado em inquéritos enviados aos quatro tipos de museu, como sendo marginal às funções de um Director e/ou Conservador, referindo-se ainda o seu não relacionamento com os serviços de gestão da tutela. PRIMEIRAS CONCLUSÕES: Análise e avaliação Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

32 32 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras A partir desta análise foi possível traçar o perfil possível do panorama museológico português, no que se refere às práticas museológicas e de organização e gestão. Este tema, gestão, não é muito familiar aos inquiridos. Tal como defende Graça Nunes, “A competição global exerce uma pressão sobre as metodologias de trabalho, levando à consequente mudança da estruturação organizacional e dos modelos de gestão”. (NUNES, 2007:4) É nosso entendimento que, uma gestão adequada, proveniente de projectos promissores, pode num futuro próximo retirar os museus da asfixia financeira em que vivem. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

33 33 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras A comprovar a tese de que o panorama museológico português vive dias de grande preocupação financeira, no decorrer desta investigação, no telejornal das 20horas do canal da SIC, do dia 10 de Março de 2007, é noticiado que; “o Museu Nacional de Arte Antiga está aberto com metade das salas por questões de segurança, uma vez que não havia pessoal suficiente que garantisse a segurança do espólio”. No dia seguinte, 11 de Março de 2007, novamente no telejornal das 20horas do canal da SIC, é noticiado também que; “o Museu Nacional do Azulejo estava a fazer uma promoção de 50%, devido ao facto do museu também só ter metade das suas salas abertas”, pela mesma razão do anterior, falta de recursos humanos. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

34 34 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Que tipo de organização e gestão deve ser praticada nos museus? Quais os modelos e quais os mais adequados? Graça Nunes defende que: “Ao virar de século, os museus portugueses encontram-se cada vez mais credenciados e firmados no contexto nacional, regional e local, tendo que adoptar modelos de gestão, quer da organização a que pertencem, quer da sociedade que integram, buscando a sustentabilidade pretendida”. (NUNES, 2007:4) Ou ainda como sugere Filipe Serra: “Há muito que as tutelas e os responsáveis pelos principais museus mundiais compreenderam a utilidade, a conveniência e, acima de tudo, a necessidade de reconhecer a devida relevância destes instrumentos, constituindo, por sua vez, complemento fundamental do trabalho dos conservadores e demais técnicos à frente de uma gestão museológica integrada”. (SERRA, 2007:11) ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

35 35 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Em Portugal, esta gestão integrada é ainda muito incipiente. Os inquiridos consideraram que a formação em gestão é agora uma necessidade e até a consideram como 2.ª prioridade da lista: 1.Conservação Preventiva 18%, 2.Gestão 14%, 3.História de Arte 14%, 4.Património e Marketing 13%, 5.Design 11%, 6.Antropologia 9% 7.Arquitectura 8%. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

36 36 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Exigir uma boa organização, gestão e programação museológica, com rigor e responsabilidade, são certamente contributos de sustentabilidade. No nosso entender, a sustentabilidade dos museus, não passará só certamente pelo princípio da autonomia administrativa e financeira, mas equacionar um trabalho conjunto de Directores e Gestores. Propor um modelo que se ajuste a museus de tutelas diferentes é um desafio um pouco difícil mas não impossível. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Sendo certo que, para haver um modelo único, teria que haver uma instituição que fosse promotora, orientadora, fiscalizadora e avaliadora das regras desse mesmo modelo.

37 37 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Assim, parece-nos razoável que uma instituição como a Rede Portuguesa de Museus - IMC, IP que já avalia os museus e os certifica para integrarem a Rede Portuguesa de Museus, fosse uma instituição capaz de implementar tal modelo. Sendo um modelo, um conjunto de regras, estas deveriam contemplar no mínimo os seguintes requisitos: Autonomia administrativa e financeira; Programa museológico, com missão e objectivos; Orçamento para cada ano económico; Quadro de pessoal, contemplando categorias e formação adequadas, Museologia e Gestão; Planificação anual das actividades; Relatório anual de actividades e contas. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável Parte destes requisitos já são propostos mas ninguém os fiscaliza.

38 38 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras CONCLUSÃO O reduzido número de respostas obtido, para um trabalho de investigação científica – numa base de confirmação que partia do zero, obrigou a uma análise mais atenta e a questionar telefonicamente a não resposta ao questionário. Foram dadas algumas explicações como: “o assunto era polémico” Sobre este facto constatou-se que o momento era de Remodelação de Directores e estava precisamente a decorrer o processo de demissão da ex-directora do Museu Nacional de Arte Antiga, Dalila (Fernandes) Rodrigues. Outros responderam que: “não possuíam nem dados nem autorização por parte da tutela para responder às questões” ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

39 39 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Já no final desta investigação, no programa televisivo Câmara Clara do Canal 2 da RTP, do dia 13/04/2008 o Presidente da Fundação de Serralves, António Gomes de Pinho, e o ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho declararam sobre esta problemática.[1] O Presidente da Fundação de Serralves referiu: o modelo das Instituições Criativas que estão a surgir na Inglaterra, como modelo a analisar, pela importância dos eventos interessantes e sustentáveis que apresentam, salientando a combinação, cultura e turismo como promotores do desenvolvimento social mas também económico. Referiu ainda que é importante para estas instituições serem detentoras de autonomia, constituindo um ponto forte, necessária para desenvolver projectos inovadores e consistentes, sendo, por isso, o modelo de Serralves fazer cada vez melhor com o mesmo dinheiro. Acrescentou que Cultura e Economia devem estar cada vez mais próximas. O ex-ministro da cultura considerou também: a autonomia um ponto forte para os museus mas, receia que numa economia frágil esta seja prejudicial em algumas situações. http://www.dois.tv/programas/camaraclara/arquivo.htm http://www.dois.tv/programas/camaraclara/arquivo.htm ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

40 40 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Como exemplo temos: “O chamado «Modelo Barcelona» considerado um marco nas transformações urbanas do século XX e uma referência em boa parte do mundo ocidental, notadamente na América Latina. (…) a cidade ‘precisava’ ter mais museus de padrão internacional, salas de concertos e de ópera, equipamentos culturais modernos e atrativos. (…) As atividades culturais devem procurar ser auto-sustentáveis e vistas como atração turística para a cidade. (…) Contrato, autonomia e avaliação são os três pilares onde se assentam as bases desta nova forma de gestão. (…) O chamado “Modelo Barcelona”, ao eleger a cultura como vitrine para atrair turistas, faz uso das manifestações culturais com finalidades primordialmente econômicas ”.[1][1] [1] http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.painel/palestras/aulasp-jordi- arti/?searchterm=tem%C3%83%C2%A1ticohttp://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.painel/palestras/aulasp-jordi- arti/?searchterm=tem%C3%83%C2%A1tico ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

41 41 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Sendo a amostra deste inquérito reduzida, não deixa de traduzir dados muito representativos, como se pode verificar num inquérito a 34 museus nacionais, efectuado pelo Jornal PÚBLICO, em 6 de Outubro de 2008, cujo título é, Falta de dinheiro e de funcionários está a asfixiar a rede de museus. Como consequência deste problema, falta de pessoal, estão museus fechados às terças-feiras e, por falta de dinheiro, os planos expositivos estão adiados, abdicaram obras de manutenção e restauro e, restringiram as actividades educativas. A notícia salienta ainda, maior autonomia, uma vez que este modelo “impede uma programação plurianual culturalmente ambiciosa e responsável”. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

42 42 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Sem mais considerações, e como já foi analisado ao longo deste trabalho existem já modelos de gestão cultural sustentáveis, que poderão servir de referência. A “imaginação e a polivalência” são atributos insuficientes. Com a falta de dinheiro nos museus e de um modelo de organização e gestão promissor, o panorama museológico português será certamente aflitivo. Assim, parece-nos que o regime jurídico da gestão das instituições públicas / museus necessita de se modernizar, para isso é necessário um adequado modelo de organização e gestão, de uma direcção responsável pelas várias áreas afins (Museologia e Gestão), de uma avaliação rigorosa, mas essencialmente, de autonomia administrativa e financeira associada a estes requisitos. ARGUMENTO - MODELO SUSTENTAVEL para museus da R.P.M. Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável

43 43 Salomé Abreu Universidade do Porto – Faculdade de Letras Obrigada Dezembro de 2008 Dissertação de Mestrado em Museologia ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE MUSEUS: Estudo e análise para um modelo sustentável


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