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MOVIMENTOS ARGUMENTATIVOS
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Argumentação: transformação de estados de julgamento do interlocutor E1 E2
Para tanto, faz-se necessário que se organize, do estado 1 ao estado 2 (E1 E2), um movimento argumentativo global, ou seja, uma seleção e uma articulação dos argumentos por meio de conectores específicos que definam a orientação e a força argumentativas.
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MOVIMENTOS ARGUMENTATIVOS
aprovação refutação concessão
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APROVAÇÃO E1 = E2 movimento que consiste em reforçar a proposição inicial através de argumentos, partindo do pressuposto de que o acordo existente não é tão evidente: em vez de se discutir ou contestar um ponto de vista, este é defendido / problematizado, desenvolvendo-se a proposição
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REFUTAÇÃO E1 totalmente E2
movimento em que se passa da formulação de uma contra-argumentação à afirmação de uma argumentação anulam-se os argumentos contrários à tese defendida (os contra-argumentos), salientando-se o aspecto errôneo do julgamento inicial (não é verdade que... / mas isso não...) pode assumir duas formas: mostrar que os argumentos em questão não correspondem aos fatos verdadeiros (não é verdade que...) ou colocar em dúvida a validade dos argumentos, apontando as conseqüências inevitáveis (mas isso não parece verdadeiro neste momento...)
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Principais marcadores de refutação
a negação alguns verbos: refutar, discordar, contestar, opor-se etc. algumas expressões metalingüísticas: é falso que..., não é verdadeiro que... etc. alguns lexemas: você cometeu erros, ledo engano... alguns operadores argumentativos: ao contrário, mesmo assim etc.
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CONCESSÃO E1 parcialmente E2
movimento mais complexo que os anteriores: fundamentando-se na existência de uma contradição aparente que será resolvida, apresentam-se, inicialmente, argumentos que conduzem a uma conclusão x, para em seguida, apresentar argumentos que negam parcialmente a conclusão x e conduzem a uma conclusão y
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Principais marcadores de concessão
as conjunções concessivas: embora, mesmo que...; as conjunções adversativas em algumas construções: concordo, no entanto...; sim, mas...
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A existência de um movimento argumentativo global dominante não exclui a de movimentos argumentativos locais diferentes.
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FONTES CHARAUDEAU, P. Grammaire du sens et de l'expression. Paris: Hachette, 1992. DARRAS, F. et al. Apprentissages de la dissertation 3e . / 2 e. Lille: CNDP-CRDP de Lille, 1994. VIGNER, G. Argumenter et disserter: parcours d'une écriture. Pratiques, n. 68, p
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